BIOLOGIA DO BICHO DO CESTO Oiketicus kirbyi EM ... - SciELO

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e determinou o período larva] como sen do de 6 a 8 .... e tendo como agente de dispersão o vento. .... pula não interfere no período de vida do macho adulto.
BIOLOGIA DO BICHO DO CESTO Oiketicus kirbyi (Lands.-Guilding, 1827) (Lepidoptera, Psychidae) EM FOLHAS D E Eucalyptus s p p . *

J . J . Campos A r c e * * O. P e r e s Fº * * * E . B e r t i Fº * *

RESUMO O b i c h o do c e s t o , Oiketicus kirbyi ( L a n d s . - G u i l d i n g , 1 8 2 7 ) , i n s e t o extrema¬ mente p o l í f a g o , é p r a g a de v á r i a s c u l t u ¬ r a s de i m p o r t â n c i a e c o n ô m i c a , p r i n c i p a l ¬ mente na r e g i ã o s u l do B r a s i l . S u a o c o r ¬ r ê n c i a em á r e a s r e f l o r e s t a d a s com e u c a ¬ l i p t o é f r e q ü e n t e , embora não t e n h a c a u ¬ s a d o , a i n d a , danos e c o n ô m i c o s de m o n t a . E s t e t r a b a l h o t r a t a da b i o l o g i a deste i n s e t o em f o l h a s de Eucalyptus s p p . , com a f i n a l i d a d e de t r a z e r s u b s í d i o s p a r a o c a s o de e v e n t u a i s s u r t o s de O. kirbyi em f l o r e s t a s i m p l a n t a d a s . O b i c h o do c e s ¬ t o f o i c r i a d o em l a b o r a t ó r i o em tempera¬ t u r a de 2 5 ± 3 ° C , umidade r e l a t i v a de 70± 10% e f o t o f a s e de 13 h . Os s e g u i n t e s va¬ l o r e s m é d i o s f o r a m o b t i d o s : p e r í o d o emb r i o n á r i o de 43,1 d i a s , p e r í o d o larval de 140 d i a s ( m a c h o s ) e 151 d i a s ( f ê m e a s ) ,

* ** ***

Entregue

p a r a p u b l i c a ç ã o em 2 3 / 0 3 / 8 7 .

Departam.

de E n t o m o l o g i a -

ESALQ/USP,

Piracicaba/SP.

F u n d . U n i v e r s i d a d e F e d e r a l de Mato G r o s s o , - D e p a r t a m e n t o de E n g e n h a r i a F l o r e s t a l .

Cuiabá,

p e r í o d o p u p a l de 3 8 , 2 d i a s ( m a c h o s ) , lon¬ g e v i d a d e dos a d u l t o s de 3,0 d i a s (machos) e 3,9 d i a s (fêmeas) e período de o v i p o s i ç ã o 2 , 1 d i a s . Foram determinad a s , também, a s d i m e n s õ e s de O V O S , pu¬ p a s , a d u l t o s e das c á p s u l a s cefálicas, o número de í n s t a r e s l a r v a i s , período de c ó p u l a , a l é m da e s t i m a t i v a do dano foliar.

mente c i t a d a na l i t e r a t u r a , no e n t a n t o a l g u n s a u t o r e s a dotam Oe.ceti.cus, designação esta proposta por Harris ( 1 8 4 2 ) , c i t a d o por 0S0RI0 ( 1 9 5 5 ) , com finalidade corr e t i v a em f u n ç ã o da l a t i n i z a ç ã o do nome g r e g o m a i s freqüentemente c i t a d o . MONTE ( 1 9 3 3 ) d e s c r e v e u a f o r m a ç ã o do c a s u l o do b i cho do c e s t o e c o n s i d e r a ç õ e s s o b r e o comportamento alimentar. O autor f e z r e f e r ê n c i a s sobre o dimorfismo sex u a l na f a s e p u p a l , comportamento de e m e r g ê n c i a dos a d u l t o s , comportamento de c o p u l a e de e c l o s ã o l a r v a l . No t r a b a l h o nao c o n s t a a i d e n t i f i c a ç ã o da e s p é c i e estudada, c o n t u d o o a u t o r t r a z d e s c r i ç õ e s m o r f o l o g i c a s do macho e fêmea n a s f a s e s pupal e a d u l t a . COSTA ( 1 9 3 7 ) nada a c r e s centou ãs observações f e i t a s sobre a b i o l o g i a do bicho do c e s t o em r e l a ç ã o ao t r a b a l h o de Monte. OSÓRIO ( 1 9 5 5 ) t e c e u c o n s i d e r a ç õ e s s o b r e o c o m p o r t a mento de O. kirbyi e d e t e r m i n o u o p e r í o d o l a r v a ] como s e n do de 6 a 8 s e m a n a s . 0 a u t o r f e z d e s c r i ç õ e s m o r f o l o g i c a s s o b r e t o d a s a s f a s e s de d e s e n v o l v i m e n t o do i n s e t o e também do c e s t o , f o r n e c e n d o também d i m e n s õ e s do o v o , q u a n t i dades de o v o s por c e s t o e e n v e r g a d u r a dos machos adultos . Todos o s t r a b a l h o s da l i t e r a t u r a b r a s i l e i r a , encon t r a d o s p o s t e r i o r m e n t e s a o r e p e t i t i v o s e com p o u c a s i n f o r mações a serem a p r e s e n t a d a s ; g e r a l m e n t e l i m i t a m - s e ãs d e s c r i ç õ e s do c e s t o , h a b i t o a l i m e n t a r d a s l a g a r t a s , f o r mação p u p a l , d i m o r f i s m o s e x u a l , comportamento da c o p u l a , distribuição g e o g r á f i c a , plantas hospedeiras e métodos de c o n t r o l e (MENSCHOY, 1 9 5 4 ; BAUCKE, 1 9 5 8 ; COSTA, 1958; MAR I CON I , 1 9 6 3 ; GALLO ctaZÀ.i, 1 9 7 0 ; MARICONI e ZAMITH,

1971). A i d é i a de que os p s i q u í d e o s podem s e c o m p o r t a r co mo e s p é c i e s de r e p r o d u ç ã o p a r t e n o g e n é t i c a f o i levantada por L i z e r e T r e l l e s ( 1 9 4 9 ) , B e r g ( 1 8 7 4 ) e Weyenbergh 0 8 7 4 ) , c i t a d o s por MAG I S T R E T T I e t o l . i i ( 1 9 7 1 ) ; no entan• to nada f i c o u c o m p r o v a d o . Com o i n t u i t o de s o l u c i o n a r de

finiti vãmente tal dúvida MAG I STRETT I et alti ( 1 9 7 1 ) realizaram e x p e r i m e n t o s de campo e laboratório e m três lug£ res d i s t i n t o s ; a nível de campo nos dois primeiros anos e em laboratório no último a n o . Os autores concluíram q u e , nas condições ecológicas de Mendoza (Argentina), Oi keticus kirbyi não é u m a espécie partenogenética. STEPHENS ( 1 9 5 2 ) estudou a biologia de O. kirbyi

a-

1 i m e n t a n d o as lagartas c o m folhas de bananeira. O perío-

do de incubação obtido v a r i o u de 27 a 32 dias e o e s t a gio larval de 207 a 382 d i a s . O autor determinou o perío do pupal q u e foi d e 10 a 33 dias para a fêmea e de 39 a 111 dias para o m a c h o . Na fase adulta os resultados obti dos foram de 14 dias de longevidade para as fêmeas e de 3 a 5 dias para os m a c h o s , os quais não conseguiram c o ^ lar as fêmeas q u a n d o foram criados e m cativeiro. Em fêmeas adultas c o m dimensões p e q u e n a , média e g r a n d e , o nu m e r o de ovos colocados foi de 2 5 9 5 , 4 l 8 9 e 6 7 5 6 , respect i v a m e n t e . O autor também realizou estudos sobre controle químico e b i o l ó g i c o .

MATERIAL E M É T O D O S Esta pesquisa foi desenvolvida no Laboratório de Entomologia Florestal do Departamento de Entomologia da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Q u e i r o z " - U S P , em P i r a c i c a b a , S P . Utilizou-se urna sala com controle de t e m p e r a t u r a , umidade relativa e fotofase ( 2 5 , 0 ± 3 ° C ; 70± 10%; 13 h o r a s ) . Os insetos que deram o r i g e m a pesquisa foram coletados e m agosto de 1977 e m cafezais instalados no parque da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Q u e i r o z " - U S P , P i r a c i c a b a , S P . Os bichos cestos coletados e trazidos pa_ ra laboratório foram separados e m dois g r u p o s , o primeiro c o n s t i t u í d o apenas por indivíduos na fase larval e o segundo por indivíduos na fase pupal. Do segundo grupo foram obtidos duas eclosões sendo que d a primeira u t i ^ zou-se mil lagartas Dara medições de cápsula cefalica e

30 para avaliações de d a n o s . As lagartas provenientes da segunda eclosão foram empregadas para a criação de m a n u tenção. As observações morfologicas foram realizadas um microscópio estereoscópico b i n o c u l a r .

com

Dos ovos obtidos das fêmeas criadas em laboratório, examinou-se as variações cromáticas no decorrer da m a t u r a ç ã o , período embrionário e a taxa de f e r t i l i d a d e . Os ovos foram observados atraves das aberturas feitas nos c e s t o s . Determinou-se também o numero de ovos por fé meas e as dimensões dos ovos recern-postos, através de ocular micrometrica acoplada ao microscópio e s t e r e o s c ó p i co binocular. As lagartas foram mantidas em gaiolas de 60x59x59 c m , com as partes laterais e superior t e l a d a s , sendo ali rnentadas diariamente com folhas de Eucalyptus s p p . Nessa fase foram determinados o número de ínstares, duração de cada ínstar, comprimento do corpo em cada ínstar e consu mo foliar no período larval. Para a medição da cápsula cefalica utilizou-se a mesma ocular m i c r o m e t r i c a empregada nas medições dos o v o s , sendo que inicialmente op tou-se pela técnica da medição diária de lagartas cujos cestos foram abertos. C o n t u d o , essa técnica foi abandona da devido a alta mortalidade e medição muito d e m o r a d a . A técnica adotada então foi a de matar um indivíduo diária mente sendo conservado em álcool 7 0 % , anotando-se a d a t a , gaiola e o numero de lagarta, até o final da fase larval. Para o consumo foliar considerou-se área raspad a , area comida e area c o r t a d a . No primeiro caso a lagar ta não chega a perfurar a f o l h a , danificando apenas a c ü tícula. No segundo caso a lagarta consegue perfurar ã~ f o l h a . No terceiro caso a lagarta corta a f o l h a , mas não a utiliza para consumo ou para c o n s t r u ç ã o de cesto trat a n d o - s e , portanto, de folhas que tiveram seus pecíolos cortados com o propósito de emprega-los na c o n f e c ç ã o do c e s t o , excetuando-se assim o limbo foliar. No cálculo da area foliar consumida até o quarto ínstar empregou-se u ma grade de pontos em plástico transparente subdividida

em quadros com 100 pontos cada e com área de 0,8 mm/pont o , dessa forma pôde-se calcular a área sobrepondo a gra de sobre a área c o n s u m i d a / l a g a r t a , determinando-se o n ú m e r o de pontos contidos e m u l t i p l i c a n d o - s e a seguir pelo fator 0,8. Posteriormente empregou-se o método da relação peso/área do papel devido ao consumo e corte que se tornaram m u i t o intensos. As pupas p e r m a n e c e r a m nos mesmos recipientes da fa se larval. Na fase pupal foram determinados compriment o , maior largura e duração de acordo com o sexo. Na fase a d u l t a foram determinadas a longevidade do m a c h o v i r g e m , período de pôs-côpula para os machos e período de p o s t u r a , período de p ô s - p o s t u r a , período de copula e tamanho em pré- e pôs-oviposição das fêmeas. Foram o b s e r v a d a s as características morfologicas para a de_ terminação do dimorfismo sexual. Observou-se também o c o m p o r t a m e n t o no a c a s a l a m e n t o . Foram determinadas as medias e os respectivos intervalos de confiança para os vários parâmetros estudad o s . Para efeitos comparativos empregou-se o teste t a nível de 5%.

RESULTADOS E DISCUSSÃO . Ovo Os ovos a p r e s e n t a m forma cilíndrica e retangular com arestas a r r e d o n d a d a s . Quando recém-ovipositados apre sentam cor a m a r e l o - c l a r o , tornando-se escuros até ficarem quase negros quando próximos da eclosão das lagartas . A postura é e f e t u a d a dentro da última exuvia pup a l , a fêmea neotênica arruma os ovos com a ponta dt> a b d o m e , cuja estrutura e provida de penugem amarelada que e d e p o s i t a d a sobre os ovos no término da postura.

O período embrionário médio de ovos obtidos de dez fêmeas foi de 43,1±1,4 dias (intervalo de v a r i a ç ã o : 39 4 7 ) . A viabilidade média dos ovos foi muito próxima de T00%. O número de ovos por fêmea variou de 3.500 a 6.000, sendo mais freqüente a quantidade de 5.000 o v o s . Nas determinações das dimensões dos ovos tomou - se vinte ovos para obtenção das médias sendo de 0,89±0,02 m m (intervalo de v a r i a ç ã o : 0,85-0,96) para o comprimento e 0,59±0,01 mm (intervalo de v a r i a ç ã o : 0,55-0,62) para a maior largura.

. Lagarta As lagartas recém-eclodidas a p r e s e n t a m a coloração amarelada e medem de 1,2 a 1,5 m m de c o m p r i m e n t o . Quando completamente desenvolvidas podem atingir ate 39 mm nos indivíduos machos e 55 mm nas fêmeas. Nos últimos ínstares as lagartas apresentam coloração ligeiramente acinzen tada, mais escura nos m a c h o s , com máculas negras de tamanho e forma irregulares situadas nos três segmentos toracicos e na cabeça. Essas m á c u l a s , p r o v a v e l m e n t e , têm propósito de camuflagem, pois é a parte do corpo que se expõe por ocasião da a l i m e n t a ç ã o , locomoção e da fixação do cesto no substrato. As pernas toracicas são bem d e s e n v o l vidas e as abdominais e anais reduzidas (Figura 1 ) . As lagartas recém-eclodidas a b a n d o n a m a e x u v i a p u >pal e o cesto materno deixando-se cair por um fio de seda e tendo como agente de dispersão o v e n t o . Á medida que a lagarta cresce o cesto aumenta o seu tamanho na parte s u perior através da agregação de pequenos pedaços de folhas e nas lagartas mais desenvolvidas através de ramos pequenos e pecíolos. Por ocasião das ecdises a lagarta prende-se a um galho e fecha o cesto pela abertura superior para sua proteção. Na maioria dos indivíduos os c e s tos das fêmeas sao maiores do que os dos m a c h o s , devido ao maior tamanho das lagartas que o r i g i n a r ã o as futuras fêmeas.

O período larval variou de 145 a 185 dias com valo res médios de 140 dias para os machos e de 151 dias para as fêmeas. Os machos a p r e s e n t a r a m 8 ínstares e as fêmeas 9 ínstares. Foram determinados a duração média de cada ínstar, a largura m é d i a das cápsulas cefálicas e o comprimento m e d i o do corpo (Tabela 1 ) . Pode-se observar que o o i t a v o ínstar é o de maior duração tanto para machos como para fêmeas (Tabela 1 ) . A m é d i a da razão de crescimento da largura da cápsula cefálica de O. kirbyi é de 1,22 a p r o x i m a n d o - s e , por t a n t o , da regra de Dyar.

. Consumo fol iar O S valores medios obtidos por l a g a r t a , em relação á área foliar raspada, area foliar c o m i d a , area foliar cortada e t o t a l , foram 9,2 c m * ; 848,8 c m , U ) / c m e 1025 c m , respectivamente. 2

2

2

. Pupa O dimorfismo sexual de O, kirbyi e bastante a c e n tuado na fase pupal. As fêmeas a p r e s e n t a m coloração c a s tanho-escura que e mais escura em relação ao m a c h o . As pupas fêmeas não a p r e s e n t a m sinais de p e r n a s , asas e a n tenas; cabeça e tórax nao muito distintos e com anéis ab dominais mais ou menos m a r c a d o s , e v i d e n c i a n d o dessa forma as características do adulto neotênico na fase pupal.

As pupas machos exibem marcantemente as do futuro a d u l t o (Figura 2 ) .

características

O período pupal médio para os machos foi de 38,2 dias (Tabela 2 ) . Para as fêmeas não foi possível d e t e r m ^

n á - l o , por motivos alheios ao controle da p e s q u i s a . As dimensões médias do comprimento e maior largura das pupas foram 2 7 , 7 mm e 6 , 7 mm para os machos e 35,7 mm e 9 , 3 mm para as fêmeas (Tabela 2 ) . E s t a t i s t i c a m e n t e , as pupas fêmeas são maiores do que as dos m a c h o s , cujos valores médios da comprimento e maior largura das fêmeas diferiram dos valores médios obtidos dos machos ao nível de 5%.

A emergência dos machos adultos é realizada por meio de movimentos da p u p a , que se desloca parcialmente para fora do cesto através da abertura inferior, e c o n s £ qüentemente facilitando a emergência do a d u l t o . Os m a -

chos adultos e m e r g e m geralmente entre 15 e 17 h o r a s . A e m e r g ê n c i a das fêmeas adultas é realizada dentro da propria exuvia pupal no interior do c e s t o , onde permanecem até o final da o v i p o s i ç ã o . O m a c h o adulto é uma mariposa de cor m a r r o m , antenas b i p e c t i n a d a s , aparelho bucal a t r o f i a d o , corpo densamente recoberto por escamas e com envergadura média de 42 m m . Foram feitos desenhos das asas e do corpo de um macho adulto (Figuras 3 e 4 ) .

A fêmea a d u l t a , sendo n e o t ê n i c a , conserva o a s p e c to larval e portanto não apresenta a s a s , aparelho bucal e a n t e n a s ; as pernas são atrofiadas e a cabeça diminuta situada ventralmente provida de olhos c o m p o s t o s . A cópula ocorre entre 1 7 e 19 h o r a s , imediatamente após a emergência do m a c h o . Inicialmente o macho pousa

sobre o cesto da fêmea esticando o a b d o m e , o qual penetra pela a b e r t u r a inferior do cesto atingindo a abertura genital da fêmea após penetrar na exúvia pupal. O período médio de cópula obtido foi de 3 0 , 7 minutos (Tabela 3). Durante a cópula o macho permanece com a cabeça voltada para baixo. A n t e s da cópula o abdome do macho estende-se na razão de duas vezes o comprimento anterior do corpo e após a sua retirada do c e s t o , c o m o término da cópula, o c o m p r i m e n t o atinge três vezes o comprimento do corpo. A longevidade do macho adulto foi considerada a partir da c ó p u l a , uma vez que esta ocorre uma ou duas ho ras após a e m e r g ê n c i a . A longevidade média dos machos adultos que copula ram foi de 3 , 0 dias e dos machos virgens de 3,2 dias f i c a n d o , portanto evidenciado que a cópula não interfere no período de vida do macho adulto (Tabela 3) . A longevidade média obtida para as fêmeas foi de 3 , 9 d i a s . Os períodos médios de postura e pós-postura fo ram de 1,8 e 2,1 d i a s , respectivamente (Tabela 3 ) . O inT cio da postura ocorre logo após a c ó p u l a , que é realizada dentro da exúvia pupal . Após a postura a fêmea a b a n ^ na o cesto pela parte inferior, deixa-se cair no solo e m o r r e . A longevidade da fêmea adulta foi considerada a partir da data da c ó p u l a , uma vez que esta é realizada logo após a emergência da fêmea. Antes da cópula a fêmea apresenta o abdome repleto de ó v u l o s , conferindo-lhe um volume bem g r a n d e . 0 tamanho da fêmea fica bastante reduzido ao final da p o s t u r a , de tal forma que a redução chega a atingir 1,9 vezes o comprimento anterior,con• forme pode ser constatado através das médias do comprim e n t o do corpo da fêmea antes e após a postura (Tabela 3 ) . Considerando-se os valores médios obtidos em cada fase de desenvolvimento pôde-se calcular o ciclo total me dio de 2 2 4 , 3 dias para os m a c h o s , levando-se em consideração que o período embrionário não foi separado a nível de sexo. 0 c i c l o total m é d i o pãrá as fêmeas não foi c a l -

culado devido a falta de período pupal por m o t i v o já ex­ plicado no item PUPA.

LITERATURA CITADA B A U C K E , O., 1 9 5 8 . Bicho do cesto e m e u c a l i p t o . A r r o z . , Porto A l e g r e , 12(137): 2 9 . COSTA, R.G., 1937. Alegre,

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Bicho do c e s t o .

Lav.

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O S O R I O , E . V . , 1 9 5 5 . A l g u n s dados s o b r e a b i o l o g i a de " b i c h o do c e s t o " ( O i k e t i c u s kirbyi G u i l d . , 1827). B o l . Campo, R i o de J a n e i r o , 11(80) : 1 1 - 1 5 . P I G A T T I , A . e R . H . MELLO, 1 9 7 4 . S e l e ç ã o de i n s e t i c i d a s em l a b o r a t ó r i o p a r a o c o n t r o l e do " b i c h o do c e s t o " Oiketicus kirbyi (Lands. - G u i l d i n g , 1827) (Lepidopte¬ r a : P s i c h i d a e ) . In: IX R e u n i o n L a t i n o A m e r i c a n a F i t o t e c ¬ n i a , Panama, R e s u m e n e s , 1 , p . 8 4 - 8 5 . STEPHENS, G . S . , 1 9 6 2 . Oiketicus kirbyi (Lepidoptera: P s i c h i d a e ) A Pest of Bananas in C o s t a R i c a . J . Econ. Entomol., Washington, 5 5 ( 3 ) : 381-386. VON P E R S E V A L , M., 1 9 3 7 . As m o l é s t i a s e p r a g a s m a i s c o muns da e r v a - m a t e no R i o Grande do S u l . B o l . da S e c r e t a r i a de E s t a d o dos N e g ó c i o s da A g r i c u l t u r a , In¬ d ú s t r i a e C o m é r c i o . nº 5 5 , P o r t o A l e g r e , 3 0 p .

SUMMARY

B i o l o g y o f t h e bagworm Oiketicus kirbyi ( L a n d s . - G u i l d i n g , 1827) ( L e p i d o p t e r a , P s i c h i d a e ) on Eucalyptus spp. leaves. The bagworm Oiketicus kirbyi ( L a n d s . -¬ G u i l d i n g ) , an e x t r e m e l y p o l y p h a g o u s i n s e c t , i s a pest of s e v e r a l crops of economic importance m a i n l y in the s o u t h e r n r e g i o n on B r a z i l . I t o c c u r s i n e u c a l i p t p l a n t a t i o n s a l t h o u g h no o u t b r e a k s have been r e g i s t e r e d u n t i l t o d a y . T h i s paper d e a l s w i t h t h e b i o l o g y o f 0. kirbyi on Eucalyptus s p p . l e a v e s . The i n s e c t was r e a r e d i n l a b o r a t o r y c o n d i t i o n s (temperature of 2 5 ± 3 ° C , relative h u m i d i t y o f 7 0 ± 1 0 % , and p h o t o p h a s e o f

13 hours) and the following mean values were o b t a i n e d : egg period of 43.1 d a y s ; larval period of 140 days (males) and 151 days (females); pupal period of 38.2 days (males); adult longevity of 3.0 days (males) and 3.9 days (females), and oviposition period of 2.1 d a y s . Other data obtained w e r e : dimensions of e g g , p u p a , adult and head c a p s u l e s ; number of larval instars; mating period and estimation of leaf damage.