... também é linguagem! Arte, acima de tudo, é ciência do subjetivo! ... rígidas de
visões de mundo. Nós também podemos .... Pollock – Cody –. Wyoming - EUA - ...
A Arte-Design e o Design-Arte
O Nascimento de Vênus Sandro Botticelli - 1483
• O que é arte e o que é design? • Luz e arte pictórica • A importância do estudo das artes. • Técnica e estética – dois lados da mesma moeda. • A importância do estudo das propriedades da Luz
Propriedades da luz Brilho Intensidade Direção Cor Forma Volume Movimento Velocidade Duração
Arte também é linguagem! Arte, acima de tudo, é ciência do subjetivo!
Expressão ou Impressão De quem é a razão?
Vincent Van Gogh Campo de Trigo com Corvos - 1890
A história nos mostra que a arte vaga no tempo como as ondas. Ora batem em praias de liberdade, ora em praias de escravidão; ora caem na escuridão da inquisição medieval, ora renascem trazendo de volta os valores humanos. Ora a arte é engajada, politicamente atuante, ora tímida, alienada, suntuosa por fora e vazia por dentro.
Expressionismo: Arte alemã de fins do séc. XIX; Surge como resposta ao movimento impressionista; É a antítese do impressionismo; A atitude expressionista é volitiva – vai de dentro para fora.
Impressionismo: Nasce na França em fins do séc. XIX Surge como resposta ao academicismo e rigidez estética; Seus artistas são pesquisadores da luz. A atitude impressionista é a da abertura para apreensão da realidade externa. O artista observa as próprias impressões e as exprime.
“Ao entendermos os processos subjetivos que encontramos no interior dos movimentos artísticos, podemos utilizar esses mesmos processos para criar linguagem e expressão visual através das propriedades da luz”
Tanto o movimento expressionista, quanto o impressionismo quebraram barreiras rígidas de visões de mundo. Nós também podemos por nossa vez dizer não às correntes que nos prendem à rigidez de ideias e conceitos.
Cubismo e Relativismo Um Salto na dimensão das ideias
Guernica Pablo Picasso - 1937
• Cubismo e relativismo • O observador, esse cara importante; • Os cubistas pretendem transformar a arte em um modelo de operação criativa, compensando a alienação da atividade puramente industrial; • O cubismo é a pesquisa da estrutura de funcionamento de uma obra de arte;
• Projetos que enganam a visão; • “Encaixe” da iluminação com o espaço e seus elementos; • Percepção dos elementos do espaço em diferentes referenciais de posicionamento; • Um mesmo elemento visto por diferentes observadores ao mesmo tempo.
Dadaísmo e Surrealismo Da subversão e acaso à realidade do inconsciente
A Metamorfose de Narciso Salvador Dali - 1937
• Em meio ao caos nasce Dada; • Queremos outra forma de arte; • O Dadaísmo se transformou no Surrealismo; • Pesquisas sobre o inconsciente e as teorias de Freud.
• Somos escravos de um racionalismo viciado e monótono? • É possível criar projetos livres mesmo sendo eles na sua grande maioria comerciais? • As ditaduras das receitas de bolo;
Futurismo A aventura do movimento, da forma e da luz
O Funeral do Anarquista Carlo Carrá – 1910 - 1911
• O movimento nasce juntamente com o Fascismo na Itália; • Exaltação do movimento, da tecnologia, das máquinas; • Ódio à arte e toda forma de manifestação clássica.
• Síntese dinâmica: emotividade imediata; • Pesquisas sobre a dinâmica: aerodinâmica; • Em projetos de iluminação: estudos dos elementos em movimento e da correta visualização desses elementos.
Michelangelo Merisi da Caravaggio A aventura de um barroco sangue quente
Ceia em Emaús Michelangelo Merisi da Caravaggio - 1601
• Caravaggio nasceu na itália em 1571; • A igreja tinha nessa época regras de “decoro” na pintura; • A arte de Caravaggio (barroca) desagrada os religiosos, mas seu talento era fantástico!
• Sombra, luz e dramaticidade; • Sombra e luz nos projetos de iluminação; • Iluminação de obras de arte: • As cores das sombras; • O respeito ao nosso estilo próprio.
Claude Monet estrelas que Nascem no Lago
Calude Monet Le Pont d”Argenteuil - 1874
• Nasceu em paris em 1840; • A magia de viver o momento presente; • Tempo é dinheiro? • Funda com os impressionistas a técnica de pintura ao ar livre; • Observação das mudanças da luz durante a passagem do tempo; • Os impressionistas não pintam as coisas, mas as luzes refletidas por elas.
• Descobrir como a luz afeta a percepção do observador; • Aprimoramento da nossa sensibilidade; • Projetos de iluminação do espaço construído devem levar em conta as mudanças das luzes naturais; • Que o estudo das cores e texturas das superfícies são essenciais nos projetos de iluminação.
Edward Hopper Um olhar bondoso em busca do espírito de uma época
Nightawks Edward Hopper - 1942
• Edward Hopper – julho de 1882 – Nyack – Nova York; • As obras de Hopper são uma fantástica viagem no tempo; • As informações subjetivas que emanam dos lugares históricos; • A degradação da história através de projetos discutíveis de iluminação;
• A importância do levantamento histórico em projetos de iluminação; • Os perigos de um passado flutuante – a reconstrução distorcida da • A importância da preservação dos espaços na implantação de projetos; história;
George Seurrat A ciência da luz e da cor
Une Baignade à Asnières George Seurrat – 1884 – retocado em 1887
• Seurrat – Paris – 1859; • A arte como pesquisa científica; • Da cor á cor inexistente; • O nascimento do Neoimpressionismo; • Seurrat estuda a fisiologia e a psicologia da percepção para chegar à técnica do pontilhismo; • Essa técnicas desembocaram no sistema RGB das primeiras televisões coloridas e hoje nos sistemas de iluminação: color mix
• O estudo das relações cromáticas em projetos de iluminação; • De que maneira as luzes e suas cores afetam nosso sistema visual? • As técnicas de misturas de cores do pontilhismo contribuíram para o avanço de vários setores de tecnologia;
Henri de Toulouse-Lautrec Como vemos as coisas e como as coisas são vistas
Henri de Toulouse-Lautrec Marcelle Lender dansant le boléro dans “Chilpéric” - 1895
• Loutrec – 24 de novembro de 1864 • Retratou sua época sem preconceitos; • Um antropólogo das artes; • Suas obras se constituem numa fonte inesgotável de pesquisa visual; • Lighting designers podem buscar informações sobre as luzes de uma época nas obras pictóricas
• Loutrec nos ensina o quanto é importante a despreconceitualização do artista; • Desvendar as sensações íntimas de cada um; • O estudo do ponto de vista do observador. Como as coisas serão vistas através de nossos projetos? • O estudo das áreas de força em projetos no espaço cênico e no espaço construído.
Henri Matisse O princípio da harmonia universal
Henri Matisse La Danse - 1909
• Matisse – 31 de dezembro de 1869 – Divisa da França com Bélgica; • A beleza é mais do que a forma – céus, montanhas, lagos e florestas; • A obra já existia anteriormente dentro do artista? • O que vive numa obra de arte? Existe vida se irradiando através da forma?
• Harmonia é o equilíbrio do todo com a soma do das partes entre si; • Cores, luzes e formas podem criar ambientes saudáveis. • A psicobiofísica aliada à uma estética harmônica é a saída para a busca do conforto ambiental.
Jackson Pollock Quando a pintura vira Jazz
Jackson Pollock A Chave - 1946
• Pollock – Cody – Wyoming - EUA - janeiro de 1912; Precursor do movimento “Beatnick” que deu origem ao movimento Hippye; Contestador do consumismo e do estilo de vida sem sentido que lhe é consequência; Suas ideias foram contra as ideologias dominantes de seu tempo - da visão de que tudo deve ser projetado racionalmente.
• Sua arte é jazz, onde o projeto é um roteiro e não o roteiro é o projeto; • Sua técnica é denominada de “dripping”; • Nos ensina a usar nossas ferramentas e técnicas com mais liberdade. • Podemos buscar inspiração através de diferentes técnicas: visualização, meditação, música, dança, etc.
• Que tal pensarmos em reunião de criação e não apenas em reuniões de projeto?
Joan Miró I Ferrá Inocência que transcende o mito da razão
Joan Miró O Belo Pássaro Decifrando o Desconhecido a Um Casal de Amantes - 1941
• Juan Miró – 20 de abril de 1893 – Barcelona – Espanha; • Os mitos universos simbólicos; • Um surrealista arredio; • Magia do Lúdico
• O Perigo dos mitos artificiais • Mitos – Filtros da percepção. • Para que servem as tecnologias? • Quem está criando os nossos mitos? • Quais são os mitos de nossa sociedade?
Wassily Kandinsky Lighting Design e Arte Abstrata
Wassily Kandinsky Composição VII - 1913
• Wassily Kandinsky – 4 de dezembro de 1866 – Moscou – Rússia. • Arte como linguagem visual; • Somos analfabetos visuais; • Uma arte de pesquisa; • A sintaxe visual das cores e das formas; • Como ser um poeta da luz se eu não sei ler e escrever imagens?
• Marc Shagall – 7 de julho de 1887 – Vitebsky – Biolorrússia; • Participa da revolução Bolchevique; • Uma arte que busca as fábulas essenciais; • A destruição da cultura – uma estratégia antiga (romanos); • As fábulas e mitos – Filtros de nossas escolhas;
• As técnicas de propaganda e a criação das fábulas modernas; • Joseph Gobells e Edward Barnays; • Como desmontaremos as nossas fábulas? • O subjetivismo das nossas obras; • Podemos valorizar os artificialismos ou buscar a nossa essência; • A importância do entendimento dos símbolos.
Paulo Cèzanne De linha em linha se constrói o mundo
Paul Cèzanne Large Bathers – 1899 - 1906
• Paul Cèzanne- 19 de janeiro de 1839- Aixen-Provence – França; • Como percebemos visualmente o mundo? • A pintura como pesquisa e filosofia;
• Como a mente percebe as coisas? • Relação entre cor e espaço.
• A importância das experiências visuais para os artistas da luz; • A diferença entre “olhar” e “ver”; • Os trinta matizes de verde que eu não via; • Quando enxerguei que as coisas eram feitas de forma, minha percepção visual mudou!
Paul Gauguin Antropologia da sensibilidade
Paul Gauguin Nature Mort Aux Trois Chiots
• Paul Gauguin – 7 de junho de 1848 – Paris – França; • O artista – esse contraventor; • A determinação de novos rumos às sociedades; • Um antropólogo na arte; • Funda o movimento primitivista;
• As culturas de mentes congeladas; • Um novo ar trazido pela Art Noveau; • Pesquisa de campo é fundamental – suporte de comprovação; • Como desenvolver projetos livres em meio às pressões?
Paul Klee A arte fundamentada no processo criativo
Paul Klee Insula Dulcamara - 1938
• Paul Klee – 18 de dezembro de 1879 Berna – Suiça; • Trabalhou na Bauhaus; • Sua arte está impregnada dos conceitos de funcionalidade e relação. • Estudos sobre o processo criativo; • A liberdade criativa na utilização das soluções;
• Ciência como pesquisa e arte como diversão. Isso é correto? • O que é e de onde vem o talento? • Como posso não ter algo que nem sei o que é? • Processo criativo é matéria de estudo? • Klee afirma que os projetistas, projetam para a vida, no espaço real da existência.
Piet Mondrian A razão a serviço da emoção
Piet Mondrian Composição com Vermelho, Amarelo e Azul - 1921
• Piet Mondrian – 7 de março de 1872 – Amersfoort – Holanda; • A humanização da arte através dos sígnos; • O contato com a teosofia; • O conhecimento da relação àurea • a+b/a = a/b = φ • 1,618
• A racionalidade às últimas consequências; • Estética, ética, matemática, física, metafísica, sem separação; • Na arquitetura, como as formas transmitem valores? • Iluminação, arte e linguagem; • Como a iluminação transmite valores?
Vincent Van Gogh A manifestação do invisível
Vincent Van Gogh Estrada Com Cipreste e Estrela - 1890
• Vincet Van Gogh – 30 de março de 1853 – Groot-Zundert – Holanda. • O invisível expressado no visível. • Expressionismo da alma. • Uma arte engajada pela vida. • A intuição como forma de percepção.
• Descobrindo a essência das coisas saberemos expressálas; • Apreciar é nos ligarmos amorosamente com as coisas; • Projetos de iluminação são obras também vindas do coração através dos canais da intuição.
“Luz e Arte” Um paralelo entre as ideias de grandes mestres da pintura e o design de iluminação Editora De Maio Comunicação http://www.luzearte.net.br/
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Referências:
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OSBORNE, Arnold. A Apreciação da Arte. São Paulo: Editora Cultrix, 1970. DONDIS, Donis A. Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo: Martins Fontes, 2003. CARMARGO, Roberto Gill. Funçao Estética da Luz. Sorocaba: Editora TCM Comunicação, 2000. WONG, Wucius. Princípios de Forma e Desenho. São Paulo: Martins Fontes, 1998. ARNHEIM, Rudolf. Intuição e Intelecto na Arte. Rio de Janeiro: martins Fontes, 1989. PEREZ, Valmir. Luz e Arte – Um paralelo entre as ideias de grandes mestres da pintura e o desgin de iluminação. São Paulo: De Maio Comunicação e Editora, 2012.
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Contato: Valmir Perez –
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Coletânea de Arquivos – Laboratório de Iluminação: http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/