O Departamento de Psicologia Geral e Comportamental da Faculdade de ......
AMIRALIN, M.L.T.M. - Psicologia do Excepcional - In: RAPPAPOT, C.R. (coord.).
APRESENTAÇÃO
O Departamento de Psicologia Geral e Comportamental da Faculdade de Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie sente-se muito gratificado por ter em seu quadro de colaboradores o prof. Paulo Afrânio Sant'Anna que enfrentou brilhantemente o desafio de coordenar os Trabalhos de Graduação Interdisciplinar, no decorrer do primeiro semestre de 1999. Sua bagagem profissional e sua intensa dedicação geraram esta publicação, de indiscutível qualidade, os Anais da I Amostra de T.G.I. da Faculdade de Psicologia. Os mais de 70 resumos aqui apresentados propiciam uma rápida e diversificada fonte de consulta, a respeito das mais diferentes áreas de atuação e aplicação dos conhecimentos da Psicologia. É notório que vivemos num ambiente em constantes transformações, extremamente velozes, que requer a contínua busca de "novas formas de pensar", exigindo um interminável comprometimento com a produção de conhecimento. O prof. Paulo Afrânio ao congregar e integrar a produção gerada pelos alunos do 5º ano de Psicologia, certamente está contribuindo com a promoção do desenvolvimento científico e técnico em psicologia. Cada resumo é um convite à reflexão, "habilidade" indispensável ao acadêmico comprometido com seu crescimento e capacitação profissional. Parabéns ao Prof. Paulo Afrânio por nos proporcionar esta oportunidade de análise e reflexão.
Sueli Galego de Carvalho Chefe do Departamento de Psicologia Geral e Comportamental e Vice-Diretora da Faculdade de Psicologia
INTRODUÇÃO
Com a constituição da Faculdade de Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie implementou-se o Programa de Iniciação Científica composto de por duas atividades: o T.G.I. (Trabalho de Graduação Interdisciplinar) e Grupos de Pesquisa. O presente volume é mais uma etapa na consolidação deste programa. A publicação e divulgação dos resumos dos trabalhos apresentados na I Mostra de T.G.I., ocorrida nos dias 8, 9 e 10 de Junho de 1999, visa registrar e estimular a produção científica de alunos e professores da graduação. Os trabalhos concluídos no primeiro semestre de 1999 surpreenderam pela qualidade e maturidade que apresentaram. Cabe enfatizar que este resultado é fruto do esforço coletivo de professores, alunos e direção no sentido de aprimorar a produção científica da Faculdade de Psicologia. Embora a atual estrutura do T.G.I. contemple linhas de pesquisa específicas por professor, os trabalhos aqui apresentados ainda não obedecem tal organização, uma vez que os mesmos foram iniciados antes da implementação do Programa de Iniciação Científica. As pessoas interessadas em consultar os textos na íntegra podem recorrer ao Arquivo de Trabalhos de T.G.I. Para tal, compareça à coordenadoria de T.G.I., prédio 16, 1º andar, munido de 1 disquete 3 1/2 para a realização de uma cópia do trabalho desejado. Espera-se que esta publicação atinja os objetivos acima propostos e venha a servir como fonte de inspiração e consulta para futuras pesquisas.
Paulo Afranio Sant´Anna Coordenador do Programa de Iniciação Científica, Grupos de Pesquisa e T.G.I.
SUMÁRIO
1-Orientador (a): Antônio Máspoli de A. Gomes 1.1-BATTAGLIA, R.M.C. Depressão: Estigma do Século XX? 1.2-FERNANDES, G. Os mitos sobre o aleitamento materno, em mulheres das classes populares. 1.3-FERREIRA, R.S.C. Frigidez Feminina. 1.4-MASTROCHIRICO, R. O corpo revela o que a fala esconde. 1.5-PETRECCA, A.B. O Cristianismo como proposta de Intervenção para Indivíduos homossexuais.
2-Orientador (a): Aparecida Malandrini 2.2-SERAGINI, A.C. A obesidade com o enfoque da psicossomática.
3-Orientador (a): Beatriz Regina Pereira Saeta 3.1-BORGES, F.P. A criança portadora de deficiência auditiva e o seu meio familiar. 3.2-CAMANHO, F.de A. Como a empresa pode influenciar no perfil profissional e pessoal de seus funcionários. 3.3-MOREIRA, V. A Inclusão de Portadores de Síndrome de Down em classe comum de pré-escola.
4-Orientador (a): Berenice Carpigiani 4.1-STRANGUETTI, A.A. Stress na Beca.
5-Orientador (a): Célia C. M. Klouri 5.1-BAPTISTA, D.G. “Sessão que Saudade de você”. 5.2-FREITAS, M.F.E. “A relação mãe e filha no desencadeamento da Anorexia.” 5.3-LEVY, A. A morte – Um estudo teórico. 5.4-LOPES, C.D.P. O Psicólogo na Pediatria.
6-Orientador (a): Cibele Freire Santoro 6.1-BUZO, A.C. A influência da mídia nos distúrbios alimentares e de comportamentos similares.
7-Orientador (a): Dinorah Fernandes Gióia Martins 7.1-DOI, E.S. “Um estudo sobre o vínculo afetivo na relação pais/ filhos.” 7.2-FILHO, R.G.F. “A psicodinâmica das representações sociais da maternidade em comissárias de vôo.” 7.3-PIOVAN, R.S.A importância da pós graduação: um estudo comparativo.
8-Orientador (a): Gilberto Ferreira da Silva 8.1-CROTTI, T.M. “O padrão estético corporal entre mulheres jovens e sua relação com os distúrbios alimentares.”
9-Orientador (a): João Garção 9.1-FIGUEIREDO, C.G. Desejo e saber em Freud e Lacan. 9.2-YONEHARA, C. “Psicodinâmica das relações de poder entre chefe/ subordinado.”
10-Orientador (a): José Rubens Naime 10.1-ANTUNES, F.G. A emergência do arquétipo do anti-herói no ICS coletivo do povo alemão, levando à II grande guerra. 10.2-NUSDEU, F.C. O uso de técnicas não verbais como recurso psicoterapeutico para o desenvolvimento do potencial egoico. 10.3-PIERONI, F. Depressão masculina: uma realidade a se conhecer. 10.4-SOUSA, C.F.B. de Os 12 trabalhos de Hércules e o caminho da Individuação.
11-Orientador (a): Jumara Sílvia Van Del Vieira 11.1-SILVÉRIO, A.A.T. “O uso do CAT na compreensão e confirmação da queixa de dificuldade de alfabetização: um estudo através de um caso atendido em Psicoterapia Breve”.
12-Orientador (a): Leda Gomes 12.1-CAMPOS, L.S. Avaliação e reeducação psicomotora e sócio-cognitiva de crianças de classe especial da E.E.P.G. Marechal Floriano. 12-2CAUCHIOLI, M.C.R. A memória da O.V. junto a artistas e estudantes de artes plásticas. 12.3-MARQUES, K.R.P. A terceira idade no cinema: uma contribuição ao estudo do idoso sob a ótica da psicanálise. 12.4-NANNI, D. de C. Adolescência e drogas nos filmes “Kids” e “Cristiane F.” 12.5-UCHIDA, V.S. Descrição de uma experiência de avaliação da aprendizagem em uma classe especial.
13-Orientador (a): Maria Alice Barbosa Lapastine 13.1-FURLANI, S.M. Psicoterapia com idosos. 13.2-GOMES, G.R. Psiquismo pré-natal: sua importância para a formação da personalidade do indivíduo. 13.3-MORAES, D.A. de Adolescência: uma discussão no contexto do complexo de édipo.
14-Orientador (a): Maria Leonor E. Enéas 14.1-GONÇALVES, F.F. As vivências do paciente internado. 14.2-RODRIGUES, T.S. Levantamento de Vivências junto aos pacientes adultos de hemodiálise.
15-Orientador (a): Maria Martha Hübner 15.1-OLIVEIRA, H.R. de “Relação dos desempenhos no teste de vocabulário por imagens Peaboby com os desempenhos em pesquisa sobre leitura.”
16-Orientador (a): Marilsa de Sá Rodrigues Tadeucci
16.1-CACCIACARRO, A.P.F. Comparação entre a cultura da organização e o clima organizacional. 16.2-FANTONI, D.S.A. Qualidade de Vida no Trabalho. 16.3-LESSA, É.C. A Escolha Profissional. 16.4-MARCONDES, A. do C. Pesquisa de Cultura Organizacional em uma Instituição de Segurança Pública do Estado de São Paulo. 16.5-MARQUES, R.T. “Stress na Organização”. 16.6-SILVA, F.A. A qualidade das relações interpessoais e a produtividade no trabalho em equipe.
17-Orientador (a): Mary Rosane Monesi 17.1-GANEU, C.M.A. A importância do Capital Humana na Qualidade nos serviços.
18-Orientador (a): Ney Branco de Miranda 18.1-BERTAGNI, A.M. A impotência psiquica à luz de “Inibições, Sintomas e Angústia.” 18.2-MERCADANTE, C. Relação entre a culpa e a religião. 18.3-OLIVEIRA, C.S. de Sentimentos e conflitos despertados pelo sexo.
19-Orientador (a): Patricia Pazinato 19.1-CAMPOS, V. A questão do foco em Psicoterapia Breve. 19.2-SOKOLOUKI, M.C. A intervenção da psicoterapia breve com atletas. 19.3-DOMINIADE, M.M.B. A influência da privação dos cuidados maternos na formação de distúrbios somáticos na infância. 19.4-FERNANDES, P.N. Aspectos estruturais da histeria de conversão masculina. 19.5-MONTEIRO, A. Sentimento Inconsciente de Rejeição como fator que contribui ao surgimento de sintomas autísticos. 19.6-QUEIROZ. F. A compreensão das Relações Humanas nas organizações, com base na teoria Winnicott.
20-Orientador (a): Paulo Afrânio Sant´Anna 20.1-SÁ, D.M.K. A importância da sincronicidade na interação do indivíduo com o meio externo. 20.2-ORIANDI, G.L. A representação do mundo afetivo de crianças superdotadas: um estudo junguiano através dos sonhos.
21-Orientador (a): Paulo Roberto de Camargo 21.1-CANHETE, T.C. de Estudo das percepções e fantasias dos fãs de Arquivo X acerca do relacionamento do casal protagonista.
22-Orientador (a): Paulo Roberto Monteiro de Araújo 22.1-SYDOR, N.R. A frustração Existencial e sua interferência no crescimento individual.
23-Orientador (a): Ricardo Alves de Lima
23.1-NEVES, S.D. A instabilidade econômico-financeira e disfunção erétil: possíveis relações.
24-Orientador (a): Rosa Maria Galvão Furtado 24.1-BORGES, M.F. “A nova LDB e a Reforma na Educação.” 24.2-GARCIA, C.M.S.X. Metodologia Teacch. 24.3-SOUZA, P.A. de Formas alternativas de expressões na tentativa de comunicação/ integração com o grupo.
25-Orientador (a): Sandra Regina S. Poça 25.1-GATTI, P.R. A Internet e a mudança de comportamento. 25.2-PORTO, A. de F. Testes de Q. I.: Garantia de Sucessos Futuros ?
26-Orientador (a): Sueli Galego de Carvalho 26.1-FORJAZ, M.T.M. de M. Menopausa e os seus conflitos. 26.2-GONZAGA, K.K.V. “Descrição e significados dos comportamentos não-verbais em diferentes interações sociais.” 26.3-MARUYAMA, L.S. Grafologia como método alternativo no complemento do processo seletivo de R.H. 26.4-MORAES, C.T.L. de Aspectos Psicológicos Envolvidos na Prática do Triathlon. 26.5-TOMINAGO, T.H.S. A escolha profissional de adolescente: a classe social e a escolaridade de pais como fatores de influência.
27-Orientador (a): Tânia Aldrighi 27.1-SALES, L. C. J. D. A visão do adicto dentro da abordagem familiar sistêmica. 27.2-KRAICZYK, J. O desenho e o abuso sexual.
28-Orientador (a): Tereza Marques de Oliveira 28.1-MONTENEGRO, M.R.G.N. “A gênese do autismo baseada no conceito de Posição Autística – Contígua.” 1999-1º Semestre.
29-Orientador (a): Terezinha Calil Padis Campos 29.1-BAI, S.A. A aplicação da ludoterapia em crianças ansiosas. 29.2-CARVALHO, G.de O desenho como forma da criança se comunicar com o mundo: aspectos psicológicos. 29.3-LIMA, J. de S. Arte-Terapia – A compreensão do seu sentido. 29.4-OLIVEIRA, F.R.M. de Sobre os sentimentos da mãe diante do encaminhamento de um filho para psicoterapia. 29.5-RODRIGUES, A.N.P. Psicologia da Gravidez. 29.6-ROSA, A.G.S. A importância do pai no desenvolvimento do indivíduo: aspectos psicológicos.
1-Orientador (a): Antônio Máspoli de A. Gomes 1.1-DEPRESSÃO: ESTIGMA DO SÉCULO XX? BATTAGLIA, R.M.C. A pesquisa aqui delineada trata sobre a Depressão, segundo a ótica dessa atual década, conforme a vertente do estudo psicanalítico e psiquiátrico. A depressão diagnosticada como um síndrome estendeu sua abrangência saindo do domínio dos especialistas, para ser tema de discussões do cotidiano das pessoas. O motivo deste acontecimento deveu-se ao fato de que muitas ocorrências tornaram-se constantes nos consultórios psiquiátricos, psicanalíticos e ambulatórios médicos, a ponto de ser considerado, esse síndrome, resultante da vida atribulada porque passa o ser humano nessa década. A ilustração de um caso diagnosticado como Dupla Depressão, veio colaborar com a intencionalidade de trazer para essa pesquisa um reforço real, emprestando a esse tema mais uma experiência de uma vivência desse problema, já que o homem contemporâneo parece repetir todos os ensaios comportamentais pelo qual passaram todas as gerações do nosso pretérito. Conclui-se que o estigma do século XX possui proporções desmedidas, o que faz pensar, que embora as técnicas de tratamento da doença da depressão sejam constantemente transformadas pela sofisticação das pesquisas farmacológicas, a dinâmica interna do sujeito continua tão primitiva na sua emergência de auxílio como o foi desde a primeira paciente a ser deitada num possível divã... REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BRANDÃO, M. L.. Neurologia das doenças mentais. São paulo,Lemos, s/d CID – 10. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10. Porto Alegre, Artes Médicas, 1993. EY, H. et all. Manual de psiquiatria. Porto Alegre, Atheneu, v.19. FENICHEL, O. Teoria psicanalítica das neuroses. Porto Alegre, Atheneu, 1997. JASPERS, K. Psicopatologia geral.. Porto Alegre, Atheneu, s/d. v.1 e 2. KAPLAN, B.; SADOCK, J.; GREBB, J.A. Compêndio de psiquiatria. Porto Alegre, Artes Médicas, 1997.
1.2-OS MITOS SOBRE O ALEITAMENTO MATERNO, EM MULHERES DAS CLASSES POPULARES. FERNANDES, G. O objetivo desta presente pesquisa foi revelar os mitos que as mulheres, das classes populares, carregam sobre o aleitamento materno, suspeitando que estes mitos são os maiores fatores que as impedem de amamentar seus filhos. Para a realização deste estudo foi realizado uma pesquisa de campo, com mulheres entre vinte e cinco à quarenta anos, que tinham filhos até seis meses de idade. Foram feitas três questões , além de dados como idade, escolaridade, estado civil e quantidades de filhos e gestações. As perguntas foram feitas com o objetivo de revelar os mitos e também fazer com que as mães reflitam sobre o assunto. Portanto, esta pesquisa foi apenas para levantamento e revelação dos mitos que as mães carregam sobre o aleitamento materno. Diante dos resultados, 73% das mulheres disseram amamentar seus filhos , sendo que 27% não amamentavam por problemas físicos ou fisiológicos, ou seja, não conseguiam formar bico na mama ou o leite empedrava, trazendo por parte das crianças rejeição da mama. Normalmente , alguns livros que orientam profissionais sobre como ajudar as mães a amamentarem , colocam que os mitos que as mães carregam são fatores que as impedem de amamentar seus filhos. Através da análise dos resultados desta pesquisa, verificou-se que estes mitos não são na verdade mitos que impedem a mãe a amamentar, o que existe é uma falta de orientação das mesmas. As mulheres estão em condições de elaborarem muito bem as informações negativas que possuem sobre o aleitamento materno, porém é necessário que se fortaleça as vantagens e importância de amamentar seus filhos com o próprio leite. O ato de amamentar sempre foi visto como algo puro, divino, momento importante para a criança e para a mãe, e o que parece é que esta visão não mudou, continua a vigorar , continua a ser expressada, acentuada e reforçada, e isso pode-se dizer que é o mito que prevalece sobre o aleitamento materno, um mito que favorece e não prejudica o amamentar. Assim, conclui-se que não foram encontrados mitos que impedem as mulheres de amamentarem , as causas do não aleitamento materno está relacionado , como mostrou a pesquisa em questão, muitas vezes com problemas físicos, fisiológicos e a falta de orientação oferecida às mães. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA KING, F.S. Como ajudar as mães a amamentar. Trad. Zuleika Thom-pon e Orides.Navarro Gordan. Reed. Brasília: Ministério da Saúde, 1994.177p. RAÑNA, W. Desmame: aspectos psicossociais. Apostila, 7p. BARROS, S.M.O. de. Visão Multidisciplinaar do Aleitamento Materno. O papel da enfermeira obstetra na assistência pré - natal. Apostila sobre a palestra proferida durante VII Encontro Paulista de Aleitamento Materno. 1996, 5p. PATAI, R. O Mito e o Modernismo. São Paulo, Cultrix, 1972. 310p. CRIPPA, A. Mito e Cultura. São Paulo, Convívio, 1975. 214 p.
1.3-FRIGIDEZ FEMININA FERREIRA, R. S. C. O trabalho em questão parte do princípio de que a frigidez feminina se dá a partir do desenvolvimento psicológico infantil podendo também estar relacionada com o rito sexual da vida adulta. Procurou-se esclarecer algumas das principais causas que leva a mulher ao estado de frigidez e definir o termo em questão, buscando esclarecer se está sendo este termo usado de forma adequada para definir o estado de pertubação em que a mulher se encontra. Para a elaboração do trabalho não foi realizado estudo de casos devido à delicadeza que esse assunto aborda, por isso a teoria não será restrita e sim se expandirá á vários autores, procurando esclarecer de forma mais objetiva os assuntos abordados. A frigidez se dá principalmente devida a fatores culturais repressivos que se desenvolveram desde a antiguidade, com o objetivo de controlar a sexualidade e condenando as mulheres pois estas tem o Dom de procriação o que faz com que o homem se sinta impotente frente a esse fator. Existem várias formas de condenar as mulheres a serem submissas aos homens, desde as histórias infantis que tratam de donzelas, bruxas e punições até a propaganda, que hoje é difundida por todos os lugares do mundo, ou seja, a influência social é responsável por vários fatores que interferem nos relacionamentos sexuais e principalmente nas suas disfunções, partindo do princípio que a repressão se dá de maneira a recalcar sentimentos e pensamentos relacionados com o prazer, e quando a mulher se realiza no sexo ela se sente culpada por sentir prazer, isso faz com que ela recalque os sentimentos que a levam ao gozo, se tornando insensível ao toque ,ao sexo, ao desejo. A frigidez é um termo usado habitualmente de forma errônea para definir outros tipos de disfunções como inibição do desejo sexual, onde a mulher se desinteressa pelo sexo mas se iniciada oa resposta ao toque o prazer pode acontecer; Fobia sexual ou medo do sexo; Disfunção sexual geral ou ou sídrome onde amulher não consegue sentir prazer no contato físico; anorgasmia ou dificuldade em obter orgasmos; vaginosmo ou espasmo da musculatura sexual no momento da penetração impedidndo que ela ocorra; Dispareunia , ou seja, quando amulher sente dores em algum momento do ato sexual. Esses fatos estão realcionados a fatores psicológicos porém podem acontecer Alguns casos fisiológicos como infecção vaginal que impedem amulher de ter prazer na relação. Quando se fala em disfunção sexual se quer dizer que algo não está funcionando convencionalmente. Convencional quer dizer que sexo é um comportamento naturam do ser humano. Porém é um comportamento que deverá ser aprendido ao longo de suas experiências. A mulher tendo disfunção sexual isso presumivelmente se deu em função dela não Ter condições externas do no ambiente em que se desenvolveu ou nos relacionamnetos que pôde estabelecer, ou também que não teve condições internas de subjetividade e individuação que propiciaram as experiências sexuais. Algumas dessas mulheres buscam ajuda na terapia ou no seu ginecologista, sendo esses um dos caminhos para se fazer um diagnóstico acertivo e muitas vezes um prognóstico em relação à disfunção. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA DOLTO, F. Sexualidade Feminina. São Paulo, Martins Fontes, 1982. RODRIGUES, O. M. Sexo, Tire Suas Dúvidas. São Paulo, Iglu, 1993.
FORBES. J. Psicanálise: Problemas ao Feminino. In: GOEDSEELS , L.J. Coleção Bibioteca Freudiana. São Paulo, Papirus, 1996. p.16–32. REUBEN, D.Porque Sexo Adquiriu Má Reputação. Rio de Janeiro, Record de Serviços de Imprensa S/A, 1961. PÉQUIGNOT, C. D. A Psicopatologia da Vida Sexual. São Paulo, Papirus, 1994. GIKOVATE, F. Dificuldades do Amor, Estudo Sobre o Comportamento Amoroso. São Paulo, EDITEC, 1976. p.19–41. FOLHATEEM – JORNAL FOLHA DA MANHÃ. Sallum, É. Publicado em maio de 1996. Disponível na Internet: http//Folio.pgi/Folha97.nfo/query=Frigide! COTIDIANO.Quadro: Principais Problemas Sexuais. Publicado em março e 1997. Disponível na Internet: http//FWS.uol.com.br/Folio.pgi/Folha97. Nfo/query=frigide!
1.4-O CORPO REVELA O QUE A FALA ESCONDE MASTROCHIRICO, R. O objetivo deste trabalho, foi mostrar como a linguagem não-verbal pode ter grande valor nas relações pessoais e como pode influenciar no comportamento geral de cada um. Visou, também, mostrar o desconhecimento da linguagem corporal pelos indivíduos e a diferença entre a linguagem verbal e a linguagem não-verbal. A comunicação é uma necessidade básica da pessoa humana, do homem social. Tão importante quanto andar e respirar, é comunicar-se; senão nos isolamos do mundo e terminamos marginalizados. Comunicar é atuar sobre a sensibilidade de alguém, buscando mobilizá-lo, convencê-lo ou persuadi-lo. Nosso corpo é um instrumento de causa eficiente sempre que, em presença de alguém, tencionamos compartir emoções, transmitir ordens, partilhar idéias, etc. É esta a comunicação do corpo. Comunicação é, então, a própria prática quotidiana das relações sociais: conservar aparências e guardar distâncias; vestir a roupa da moda; adotar tal ou qual atitude em relação a esta ou aquela pessoa; falar num certo tom de voz e assim por diante. Isto quer dizer que as situações de comunicação são muitas e diversificadas. Independentemente da lente pela qual seja analisado o processo de comunicação, parece possível chegar-se a um consenso no sentido de que a comunicação é decisiva para que as interações sociais aconteçam. A simples presença física imediata das pessoas não garante que venham a interagir, se não houver disposição para isso. A fala constitui o principal recurso, embora, habitualmente enquanto falam, as pessoas também se utilizem de outras formas que contribuem para a comunicação, como mudanças de postura, risos, olhares, expressões faciais, gestos, pausas, suspiros entre outros. O único instrumento utilizado foi a observação das reações de três grupos de pessoas em situações diferentes. Foi feita uma observação dos movimentos corporais dos grupos enquanto estavam se comunicando verbalmente. A observação teve a duração de aproximadamente 15 a 20 minutos. Para a análise dos resultados foi feito, primeiramente, um relatório para cada grupo observado, contendo uma síntese da situação apresentada e a interpretação dos principais movimentos corporais, para que, em seguida, fosse feito uma comparação entre os diferentes grupos e as diferentes situações apresentadas por cada um. Através dessas observações pôde ser constatado que a comunicação do corpo é a nível inconsciente. Todos esses gestos e movimentos mostram que a dinâmica do corpo é tão expressiva ou até mais do que a palavra. O corpo fala; usando-o e observando o uso que os outros fazem dela, todo homem pode entender seu próximo e comunicar-se com ele. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CABRAL, A.N.E. Dicionário técnico de psicologia. 7.ed. São Paulo, Cultrix, 406 p. PISANI, E.M, et all. Temas de psicologia social. Petrópolis, RJ, Vozes, 1994. 180 p. WEIL, P. & TOMPAKOW, R. O corpo fala. 29.ed. Petrópolis, RJ, Vozes, 1991. 288 p. RECTOR, M.; TRINTA, A.R. Comunicação do corpo. 3.ed. São Paulo, Ática, 1995. 88 p. SANTAELLA, L. O que é semiótica? 10.ed. São Paulo, Brasiliense, 1992. 83 p. FERRARA, L.D. Leitura sem palavras. 2.ed. São Paulo, Ática, 1991. 72 p.
1.5-O CRISTIANISMO COMO PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA INDIVÍDUOS HOMOSSEXUAIS. PETRECCA, A.B. A pesquisa visa primeiramente entender o que é homossexualidade tentando mostrar o que venha a ser o “Movimento Homossexual”. A homossexualidade é a qualidade ou estado de ser homossexual, ou seja, pessoa com tendência a dirigir o desejo sexual para outra pessoa do mesmo sexo, gerando o movimento homossexual, entendido como uma série de atividades organizadas por pessoas, principalmente homossexuais, que trabalham em conjunto com o objetivo de eliminar as restrições culturais e legais ao comportamento homossexual, e promover a citação dos atos homossexuais como uma variação normal da conduta, e do homossexualismo como um estilo de vida alternativo. Estudos mostram que há motivos suficientes para a aceitação do homossexualismo hoje, sendo que um dos fatores predominantes é a mudança de valores que a sociedade constrói. Realizamos pesquisas onde constatamos que a psicodinâmica da homossexualidade também englobam pensamentos divergentes e que por isso não nos deteremos nelas, uma vez que consta no trabalho. Por isso o fato dessa pesquisa estar restrita apenas ao método teórico-conceitual. A princípio o que queríamos era entender a psicodinâmica da homossexualidade; o movimento homossexual com suas considerações e divergências. Na história da humanidade nuca nasceu uma lei antes de surgir o problema. Primeiro se dá o problema, demais, surgem leis que o inibam. A “Resolução CFP Nº 01/99” citada anteriormente, surge no mesmo compasso histórico. Ela é fruto, também, do avanço e da organização da Psicologia no Brasil. É uma tentativa de colocar ordem nas relações de trabalho. Leis surgem após condutas erradas, ou acontecimentos que geram prejuízo moral, financeiro, ético, a alguém ou comunidade, nas tentativa de que tal fato não volte a acontecer, ou se acontecer novamente o infrator seja punindo. Por isso, o Conselho Federal de Psicologia em sua primeira resolução do ano de 1999, trata de um tema tão relevante como a homossexualidade. A referida resolução reafirma o papel e a função dos profissionais em Psicologia diante da sociedade, no que diz respeito à sexualidade humana. Fica claro que o Psicólogo é um profissional da saúde. Como em qualquer profissão há leis que regem e regulamentam a conduta do profissional, e que este está sujeito a elas. No caso da Psicologia estas leis são entre outras as resoluções do CFP. Há ou deveria haver o compromisso do profissional com estas regras. A área de trabalho do Psicólogo é a área da saúde, isso dentro de uma visão holística preocupada integralmente com o ser humano. Questões relacionadas à sexualidade fazem parte do universo de trabalho do Psicólogo independentemente da área de engajamento profissional. A sexualidade é uma questão de identidade, cabendo a cada sujeito construí-la. A opção homossexual não pode ser vista como doença, desvio, perversão ou distúrbio, outrossim, é uma prática sexual que foge do que é socioculturalmente estabelecido como normal, gerando, assim, inquietações e preconceitos em torno da homossexualidade.
A Psicologia contribui para o progresso das relações humanas ao possibilitar a superação de preconceitos e discriminações. Promovendo assim, o equilíbrio emocional do indivíduo tornando-o capaz de viver bem em sociedade. O Psicólogo bem instruído e capaz de exercer sua função é aquele que contribui com seu conhecimento para esclarecer as questões da sexualidade. Os padrões éticos são uma segurança, são trilhos, que em qualquer profissão conduzem à auto-realização e sucesso. Assim, todo aquele que seguir os princípios éticos de sua profissão terá um balizamento confiável de que suas práticas lograrão êxito. Todo aquele, porém, que prefere outros padrões pode ser um visionário, ou um irresponsável, cabendo receber em si o peso de seus atos. O problema é que os atos um Psicólogo têm relação direta com o indivíduo, cliente, e este pode não estar preparado para sofrer as conseqüências de condutas experimentais e/ou antiéticas. Por isso, seguir os trilhos da ética é também zelar pelo bem estar do cliente. A resolução é um desafio a todos os Psicólogos. Não remete à estagnação, à letargia profissional, à acomodação, mas, incentiva todo Psicólogo a ser um estudioso, um cientista que não aceita preconceitos como dogmas, e a se lançar à reflexão e à pesquisa. Assim, novos estudos muito contribuirão para o avanço da profissão. Para o desenvolvimento do presente trabalho, a metodologia consistiu na leitura e aprofundamento das bibliografias existentes sobre o tema da homossexualidade. Trata-se portanto de um estudo teórico-conceitual, deixando para outra etapa, um aprofundamento do tema, de forma mais empírica. Neste estudo teórico portanto, procuramos conceituar o tema, através de literatura que compreende desde autores que abordam o tema do ponto de vista psicológico, bem como do ponto de vista social e histórico. A metodologia desse trabalho visa aprofundamento a respeito do tema, ampliando o conhecimento do mesmo, e não desmerecendo opiniões formadas e registradas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AKOUN, A. Psicologia Moderna. Verbo. 1979. ANKERBERG, J. & WELDON, J. Obra Missionária Chamada da Meia-noite. Os fatos sobre a homossexualidade. Porto Alegre, 1997. ARIES, P. & BËJIN, A. Sexualidades Ocidentais. São Paulo, Brasiliense, 1975. BOM, M. & D’ARC, A. Relatório sobre a Homossexualidade Masculina. Belo Horizonte, Interlivros, 1979. CHAZAND, J. Perversões Sexuais ( Enfoque Psicanalítico). São Paulo, Ibrasa, 1978. D’ANDREA, F. F. Homossexualidade e Regressão Oral. Revista Brasileira de Medicina (Psiquiatria).n. 04. 1982. FERREIRA, J.A. Bíblia Sagrada. Edição Revista e Atualizada. São Paulo, Sociedade Bíblica do Brasil, 1993. FERREIRA, I.C.L. A Moda Homossexual. Revista Currículo Aventura Cristã. São Paulo, Trim.,1998. FERREIRA, J.A. Bíblia Sagrada. Edição Corrigida e Revisada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1994. FOUCAULT, M. História da Sexualidade. 8.ed. Rio de Janeiro, 1985. v.1. FREUD, S. Três Ensaios Sobre a Teoria da Sexualidade. Obras Psicológicas Completas. Rio de Janeiro, Imago, 1969. v. 7.
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2-Orientador (a): Aparecida Malandrini 2.1-A OBESIDADE COM O ENFOQUE DA PSICOSSOMÁTICA. SERAGINI, A.C. Este trabalho teve por objetivos aprofundar o estudo sobre a obesidade. Pesquisar as correlações entre obesidade e depressão, bem como compreender as interrelações entre obesidade e fases iniciais do desenvolvimento do bebê, à partir da visão psicanalítica. Inicialmente foi feito um enquadramento da psicossomática do ponto de vista histórico, ressaltando alguns autores principais deste movimento. Em seguida pretendeu-se estudar o indivíduo psicossomático, elucidando a sua relação primitiva com a “mãe-universo”, bem como a sua capacidade de elaboração psíquica. À partir da comunicação mãe-bebê, como foi visto, se instituirá, neste último, a capacidade de introjeção de sua imagem corporal. Foi possível através do estudo sobre o desenvolvimento inicial do bebê, estabelecer a relação entre depressão melancólica e o comer compulsivo. Conclui-se que os objetivos propostos relativos ao aprofundamento teórico sobre a obesidade, suas correlações com o desenvolvimento infantil e suas perturbações, à partir das perspectivas da psicanálise e da psicossomática, foram atingidos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRAHAM, K. (1965 [1916]). O primeiro estágio prégenital da libido. In: Teoria Psicanalítica da libido. 6 ed. Rio de Janeiro, Imago, 1970. p.51-80. _______________(1965 [1924]). Breve estudo do desenvolvimento da libido, visto à luz das perturbações mentais. op. cit., p.104-134. AVILA, L.A. Doenças do corpo e doenças da alma: uma investigação psicossomática. São Paulo, 1995. 88 p. Dissertação (Doutorado) – Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo. BORGES, M.B.F. Estudo do transtorno da compulsão alimentar periódica em população de obesos e sua associação com depressão e alexitimia. São Paulo, 1998. 136 p. Dissertação (Mestrado) – Escola Paulista de Medicina. CECCARELLI, P.R. (1998). Os destinos do corpo. In: Psicossomática II – Psicossomática Psicanalítica. São Paulo, Casa do Psicólogo. FÉDIDA, D. (1999). Introdução. In: Depressão. São Paulo, Escuta, p.7-14. _________________Canibal melancólico. op. cit., p. 61-69. FENICHEL, O. Depressão e Mania. In: Teoria Psicanalítica das Neuroses. Rio de Janeiro, Ateneu, s/d. p.361-385. ________________________Distúrbios psicossomáticos. op. cit., p. 224-227. ________________________Perversões e neuroses impulsivas. op. cit., p. 354-357. FERRAZ, F.C. (1987). Das neuroses atuais à psicossomática. In: Psicossoma – Psicossomática Psicanalítica. São Paulo, Casa do Psicólogo. FREUD, S. (1915). Luto e melancolia. In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas. Rio de Janeiro, Imago, 1980. v.14. KLEIN, M. et al.~Os Progressos da Psicanálise. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1982.
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3-Orientador (a): Beatriz Regina Pereira Saeta 3.1COMO O A EMPRESA PODE INFLUENCIAR NO PERFIL PROFISSIONAL E PESSOAL DE SEUS FUNCIONÁRIOS CAMANHO, F. A. A presente pesquisa foi realizada com o objetivo de identificar a influência que uma empresa pode exercer sob o perfil profissional e pessoal de seus funcionários. Foi feito um levantamento bibliográfico a respeito das influências culturais de um modo geral, e posteriormente, de como esse processo ocorre dentro das organizações , abordando o desenvolvimento da cultura e do perfil profissional nas empresas. Este embasamento teórico foi necessário para que se pudesse delinear o caminho para a pesquisa . A escolha pela realização de um Estudo de Caso, decorreu do interesse em se desenvolver um estudo profundo em uma determinada empresa, para assim alcançar o amplo e detalhado conhecimento de sua cultura e dos possíveis reflexos desta sob os seus participantes. Como Unidade-caso foi escolhida uma empresa varejista de grande porte .que já trazia a informação prévia de demonstrar uma influência na vida profissional e pessoal de seus funcionários. Ao longo do trabalho, está empresa aparece sempre referida como empresa G. Nos primeiros contatos com a empresa , o trabalho esteve focado em identificar sua cultura; para isso foram levantados documentos referentes a esta cultura. Para que a coleta de dados fosse completa, foi também realizada uma entrevista com o presidente da empresa tendo como foco principal levantar a imagem e a concepção do presidente da empresa a respeito do perfil ideal para seus funcionários. Com esta entrevista foi percebida uma grande identificação entre seu perfil (presidente) e o perfil da empresa como um todo . A fim de identificar possíveis influências da cultura da empresa no perfil de seus funcionários foram realizadas duas entrevistas . A amostra selecionada foi: um funcionário que havia passado por um programa de seis meses de treinamento, chamado de Programa de Trainees, e outro pelo menos, cinco anos de empresa. O foco das entrevistas foi observar possíveis influências da empresa, em momentos diferentes: um funcionário com dois anos e outro com onze anos de empresa. Em ambas as entrevistas foi possível se identificar pontos comuns a cultura da empresa já integrados ao perfil profissional dos mesmos. Houve uma grande dificuldade, por parte do funcionário mais antigo, em expressar qual seria o limite entre as suas características próprias, isto é, anteriores a entrada na empresa e as referentes ao seu papel dentro da empresa. A influência da organização na vida pessoal de seus participantes, foi constatada em ambos os casos Os dois funcionários possuíam novos padrões de comportamento ligados a sua cultura. . Além disso, muitas características pessoais encontradas na fala do presidente da empresa foram identificadas na descrição do perfil profissional, feito pelos funcionários.
Um dos fatos mais interessantes foi a constatação de que a imagem da empresa para seus funcionários, é a de juventude e força, tendo como um modelo a seguir o próprio presidente da organização. Através da realização da presente pesquisa foi possível constatar a grande influência que uma organização pode exercer; gerando modificações nos costumes, nas crenças e até alterando padrões de comportamento de seus funcionários. Esta influência foi comprovada tanto a nível profissional como é esperado, mas também na vida pessoal de seus participantes. A presente pesquisa teve a intenção de identificar a influência da organização na vida de seus participantes, gerando um reflexão a respeito do tema. Não houve pretensão de julgar os efeitos ou limites para esta influência. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CALDAS, W. Cultura. 4.ed. São Paulo, Global, 1991. CHIAVENATO, I. Recursos Humanos. 4.ed. São Paulo, Atlas, 1997. CHIAVENATO, I. Treinamento e Desenvolvimento de Recursos Humanos. 4.ed. São Paulo, Atlas, 1999. DORON, R. Dicionário de Psicologia. São Paulo, Ática, 1998. FRANCO, S. Criando o Próprio Futuro. São Paulo, Ática, 1997. GIL, A.C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 3.ed. São Paulo, Atlas, 1996. KAËS, R. A Instituição e as Instituições. São Paulo, Casa do Psicólogo, 1991. KANAANE, R. Comportamento Humano nas Organizações. São Paulo, Atlas, 1994. LARAIA, R.B. Cultura : Um Conceito Antropológico. 11.ed, Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1997. LUFT, C.P. Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa. 6. ed. São Paulo, Scipione, 1987. MACEDO, R. Seu diploma, sua prancha. 4.ed. São Paulo, Saraiva, 1998. MCGREGOR, D. O Lado Humano da Empresa. 2.ed. São Paulo, Martins Fontes, 1992. MEDEIROS, B.C. Revolução na Cultura Organizacional. São Paulo, STS, 1992. MOTTA, F.C.P Cultura Organizacional e Cultura Brasileira. São Paulo, Atlas, 1997. OLIVEIRA, M.A. Pesquisa de Clima Interno nas Empresas : O Caso dos Desconfiômetros Avariados. 2.ed. São Paulo, Nobel, 1995. PETERS, T. O Círculo da Inovação. São Paulo, Harbra, 1998.
3.2-A CRIANÇA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA E SEU MEIO FAMILIAR BORGES , F. P. O presente trabalho teve como objetivo principal, traçar um panorama sobre o que se significa a chegada de uma criança portadora de deficiência em uma família e como esta passa a funcionar a dinâmica familiar após a constatação da deficiência. Como fonte e referenciais teóricos para a realização da compilação e discussão de dados sobre o tema foram utilizados livros, revistas especializadas, monografias e teses. Este trabalho teve como proposta, trazer contribuição ao campo da Psicologia, no que se refere à busca de alguns conhecimentos sobre o que ocorre com a configuração familiar quando é detectada a deficiência auditiva em um de seus membros. Como primeira parte do trabalho, foram apresentados alguns dados no sentido de esclarecer ao leitor a respeito da deficiência abordando temas como: definição da deficiência auditiva, quais são suas classificações, suas causas, como é realizado seu diagnóstico e suas implicações para o desenvolvimento da criança, levando o leitor a adquirir uma compreensão do que é deficiência auditiva e suas implicações no desenvolvimento. Num segundo momento, o conceito da família foi trabalhado, como subsídio, tratando do impacto que é gerado no âmbito familiar quando há uma constatação da deficiência auditiva: o momento da crise. Nessa discussão apresentada há um aprofundamento de que maneira é alterada sua configuração e o caminho percorrido em direção à aceitação da deficiência. A tentativa da família em se reorganizar para lidar com a criança portadora de deficiência auditiva, acaba modificando a configuração familiar. O processo de elaboração da perda da criança sonhada e aceitação da criança como ela é, pode ser um processo longo e doloroso para a família. Nesse período de crise, que pode se estender de acordo coma capacidade de elaboração da família, sentimentos contraditórios convivem ao mesmo tempo. Amor, culpa, raiva, criam um ambiente tenso, dentro do qual os pais não conseguem olhar a criança como ela é, não sendo capazes portanto, de compreender suas reais necessidades A criança pôr sua vez, não consegue constituir uma história que lhe seja própria, já que está fortemente atrelada aos desejos dos pais. A criança não consegue ser sujeito de sua própria história. Dessa forma, o presente trabalho possibilitou a realização de uma análise profunda a respeito da deficiência auditiva e de como ainda é difícil para pais e demais familiares , a presença de uma criança surda e com qualquer deficiência , pois psicologicamente , para os mesmos , a deficiência é encarada como a própria incapacidade. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ALMEIDA, K & IORIO, M.C.M. - Próteses Auditivas. Fundamentos Teóricos e Aplicações Clínicas - São Paulo, Louise, 1996. AMIRALIN, M.L.T.M. - Psicologia do Excepcional - In: RAPPAPOT, C.R. (coord.). Temas Básicos de Psicologia. São Paulo, EPU, 1986. CODO, W.& LANE, S.- Psicologia social. O Homem em movimento. 8.ed. São Paulo, 1989.
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3.3-“A INCLUSÃO DE PORTADORES DE SÍNDROME DE DOWN EM CLASSES COMÚNS DE PRÉ-ESCOLA”. MOREIRA, V. O objetivo deste trabalho foi compreender como ocorre o processo de inclusão escolar das crianças portadoras de Síndrome de Down em classes comuns de pré-escola e perceber assim a viabilidade do processo de inclusão, podendo então traçar relações entre inclusão escolar, integração e o seu desenvolvimento físico e intelectual. Antes de movimentos nacionais e internacionais adotarem a idéia de uma sociedade inclusiva, profissionais já buscavam estratégias para que pessoas com deficiência tivessem uma vida mais digna. No âmbito da educação a busca de uma escola que atendesse a todos foi documentada pela primeira vez em 1979 no México, onde foi assinado o Projeto Principal da Educação. Outros documentos sucederam-se, entre eles a Declaração de Salamanca, assinada em 1994, que oficializou o termo inclusão. “A meta principal da inclusão é não deixar ninguém no exterior do ensino regular, desde o começo” Mantoan apud Werneck (1997, pg.52). A metodologia baseou-se em análise interpretativa, tendo como suporte o material coletado através da pesquisa bibliográfica de textos, livros, leis, jornais e revistas. A proposta do trabalho é que a educação inclusiva deva começar o quanto antes, neste caso, a partir da pré-escola, a criança entrará na escola, na turma comum e lá continuará até terminar o ensino fundamental. O que deve se ter em mente é que essa educação pré-escolar poderá ser decisiva para prevenir ou compensar as dificuldades que as crianças podem experimentar em conseqüências de uma deficiência. Além é claro de contribuir com uma educação voltada para uma prática social formando cidadões conscientes de que somos diferentes, porém, temos os mesmos direitos a igualdades de oportunidades. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BEE, H. A criança em desenvolvimento. São Paulo, Harbra, 1984. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: Mec/SEF, 1997. GESELL, A. A criança do 0 aos 5 anos. 2.ed. São Paulo, Martins Fontes, 1998. GESELL, A. A criança dos 5 aos 10 anos. 3ed. São Paulo, Martins Fontes, 1998. GOLEBSKI, A.A. et al. Você não está sozinho: temos um filho especial. São Paulo, Projeto momento da notícia/APAE, 1990. p.38. JOVE, A. Inclusão: Qualidade para todos. Revista Nova Escola, São Paulo, n.123, p.8-17, junho de 1999. LEI nº 7853, 24 de outubro de 1989, art.8º. Criminalização do Preconceito. Brasil,Diário Oficial, Natal, 1989. LEI nº 9324, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasil, Diário Oficial, Brasília, 1996. MANTOAN, M. T.E. et al. A integração de pessoas com deficiência: Contribuições para uma reflexão sobre o tema. São Paulo, Senac, Memon, 1998.
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4-Orientador (a): Berenice Carpigiani 4.1-STRESS NA BECA. STRANGUETTI, A.A. Este trabalho pretendeu verificar a presença de stress em alunos do décimo semestre do curso de Psicologia, através da aplicação do teste: Inventário de Sintomas de Stress – ISS ( Lipp 1994 ). Após a busca de subsídios teóricos, procedeu-se o levantamento dos dados estatísticos que nos apontou, a presença de stress, a fase de stress em que os sujeitos da pesquisa se encontram e os sintomas existentes ( se somático ou psicológico ). Observou-se que a maioria dos alunos apresentam stress, estão na fase se Resistência e com predominância de Sintomas Psicológicos. Os resultados apresentaram índices muito altos da presença de stress, este é muitas vezes gerado por expectativas que temos quanto a eventos do dia – a – dia. As fontes de stress no ambiente universitário envolve situações relacionadas diretamente com atividades de ensino, pesquisa, prestação de serviços ( estágios ), fatores vinculados à interrelacionamento com colegas, professores, funcionários da instituição e principalmente com as questões pessoais como: reconhecimento, auto- realização, limitação de tempo, pressão, identidade profissional. Este trabalho foi realizado apenas com sujeitos do sexo feminino, o que nos leva a pensar que uma das causas seja devido as funções duplas que são frequentemente requeridas a desempenhar, dentro e fora de casa. Com isso, seria de grande importância desenvolver novos trabalhos nessa área para melhor delineamento do problema. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Lipp M.N. (1991) Estresse, hipertensão e qualidade de vida. Campinas, Papirus. Lipp M.N. (1991) Como enfrentar o estresse infantil. São Paulo, Icone. Lipp M.N. (1996) Pesquisas sobre stress no Brasil: Saúde, ocupações e grupos de Risco. São Paulo, Papirus. Rangé, B. (1995). Psicoterapia Comportamental e Cognitiva - Pesquisa, Prática, Aplicações e Problemas. Psy, São Paulo.
5-Orientador (a): Célia C. M. Klouri 5.1-“SESSÃO QUE SAUDADE DE VOCÊ BAPTISTA, D.G. Trata-se de um estudo qualitativo, com o objetivo de analisar sob a luz da teoria psicanalítica o conteúdo de quatro cartas enviadas ao programa de rádio denominado “Sessão que Saudade de Você”, líder de audiência há mais de vinte anos. Para um melhor entendimento a respeito do tema da morte, foi realizada uma revisão na literatura a partir de diferentes autores, como Freud, Ariès, Kubler-Ross, além de outros , com o objetivo de compreender as mensagens enviadas e detectar os aspectos psicodinâmicos e os sentimentos contidos nas cartas endereçadas as pessoas que faleceram. Conclui-se que em sua grande maioria, as mortes ocorrem de maneira inesperada e brusca, gerando nos autores uma sensação de paralisação , impotência e por vezes uma certa culpa. Nota-se a vivência do processo de luto e a ambivalência afetiva se faz predominante nas cartas, em que ao mesmo tempo que aceitam a morte, a negam , se não verbalmente, negam através de suas atitudes. Existe também , uma certa idealização do morto, onde o mesmo é engrandecido. O mecanismo de defesa predominante é o da negação e o aspecto da religiosidade se faz presente em todas as cartas e a morte é vista pelos autores como uma forma de transição , ou seja, existe a crença de que quando o indivíduo morre, vai para um lugar melhor. Acreditamos que a possibilidade de falar da morte, poder expressar a dor em palavras, isto é, simbolizá-la , contribui na elaboração desses conteúdos, sendo em certo sentido terapeutico. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ANDREIS, M. Morte e Prática Médica: Ensaio Reflexivo sobre o Discurso de Cardiologista. Mestrado. São Paulo, USP, 1995. ARIÈS, P. História da Morte no Ocidente. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1977. ARIÈS, P. O Homem Diante da Morte. Rio de Janeiro: Francisco Alves. CASSORLA, M.S. Roosevelt. Da Morte. Campinas, Papirus, 1991. CORREA, E. Que saudade de você. São Paulo, Panorama, 1997. ESSLINGER , I. As Representações do Espaço da Morte no Curso de Psicologia: Um Estudo Exploratório. São Paulo, 1995. FADIMAN, J. Teorias da Personalidade. São Paulo, Harbra, 1986. FREUD, S. Obras Completas. Rio de Janeiro, Delta, v.2. FREUD, S. Obras Completas. Rio de Janeiro, Delta, v.7. KOVÁCS, M.J. Um Estudo do Medo da Morte em Estudantes Universitários das Áreas de Saúde, Humanas e Exatas. Tese. São Paulo, USP, l985. KOVÁCS, M.J. Morte e Desenvolvimento Humano. São Paulo, Casa do Psicólogo, 1992. PADUAN, M.A. A Educação dos Alunos de Graduação em Enfermagem em Relação à Morte e ao Morrer. Dissertação de Mestrado. Ribeirão Preto, USP, 1984. ROSS, E.K. Sobre a Morte e o Morrer. São Paulo, Marins Fontes, 1997.
5.2-“A RELAÇÃO MÃE E FILHA NO DESENCADEAMENTO DA ANOREXIA.” FREITAS, M.F.E. Através da presente pesquisa, realizou-se uma leitura da relação entre a anoréxica e sua mãe, sob a luz da psicologia analítica, tendo como pano de fundo, o Mito Deméter e Perséfone. Para tanto, a teoria sobre a anorexia foi revisada e o Mito foi exposto de forma resumida. A partir de então, a leitura foi sendo realizada, levando-se em consideração os pontos sobressalentes da relação mãe e filha. A simbiose foi tratada como eixo básico da relação entre a anoréxica e sua mãe. Fizemos também referência ao alimento e suas significações. Tratamos da ambigüidade existente na relação, finalizando com o encontro da anoréxica com o masculino e o significado desse encontro para a mãe. Entre as conclusões do presente estudo, foi possível notar que esta simbiose proporciona tamanha segurança à anoréxica, que ela prefere e até deseja dar continuidade a este estado fusional, dentro do qual ela não precisa ser nada. Outro aspecto a ser ressaltado é que o alimento dado pela mãe não teve significado afetivo porque essa mãe não foi capaz de captar o real desejo da filha. Seria como se a mãe percebesse a filha, não como um ser humano que precisa ser atendido em suas necessidades e sim, como um objeto, cuja função é satisfazela. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CORDÁS, T.A. (org.). Fome de cão. Quando o medo de ficar gordo vira doença: anorexia, bulimia, obesidade. São Paulo, Maltese, 1993. ____________________ Anorexia e bulimia. O que são? Como ajudar? Porto Alegre, Artes médicas, 1998. HERSCOVICI, C. R. & BAY, L. Anorexia nervosa e bulimia. Ameaças à autonomia. Porto Alegre, Artes Médicas, 1997. KULTOV, B.B. A tecelã. Ensaios sobre a psicologia feminina extraídos dos diários de uma analista junguiana. São Paulo, Cultrix, 1990. ROBELL, S. A mulher escondida: a anorexia nervosa em nossa cultura. São Paulo, Summus, 1997. SEABRA, Z. Amor entre mãe e filha: Deméter e Perséfone. http://www.sbparj.org.br/maefilha.htm, 1999. SPIGNESI, A. Mulheres famintas: uma Psicologia da anorexia nervosa. São Paulo, Summus, 1992. WOODMAN, M. A coruja era filha do padeiro. Obesidade, Anorexia Nervosa e o Feminino Reprimido. São Paulo, Cultrix, 1980.
5.3-A MORTE – UM ESTUDO TEÓRICO LEVY, A. Trata-se de um estudo teórico, estruturado em três partes principais. A primeira, busca analisar o impacto da morte na sociedade através do tempo, mostrando como diferentes povos em diferentes épocas, lidavam com essa questão e trazendo o momento histórico de cada um. Nesta parte, concluímos que o apego pela idéia de vida após a morte é comum à grande maioria das culturas, desde os tempos mais remotos da História, até os dias de hoje. A segunda parte enfoca os seres humanos quando confrontados com a própria morte, bem como com a morte do outro. Assim, concluímos que são diversos os sentimentos em nós provocados quando tratamos deste tema, tais como a angústia, o medo, o afastamento e a ambivalência. A terceira e última parte trata do luto em seus diversos contextos culturais e psicológicos e concluímos que quanto mais a cultura permite a aproximação com a morte, bem como as manifestações de dor e pesar, mais bem elaborado pode tornar o luto. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ANTONIO, C.D.N. Medo da morte. Trabalho de Graduação Interdisciplinar, Universidade Mackenzie, São Paulo, 1997. BROMBERG, M.H.P.F. A Psicoterapia em situações de perdas e luto. São Paulo, Psy II, 1994. FREUD, S. Luto e melancolia. Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, Rio de Janeiro, Imago, 1914-1916. v.14. _________. O Estranho. Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, Imago, Rio de Janeiro, 1914-1916. v.14. _________. Reflexões para os tempos de guerra e morte. Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud. Imago, Rio de Janeiro, 1914-1916. v.14. _________. Sonhos com mortos. Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud. Imago, Rio de Janeiro, 1997. v.4. KASTENBAUM, R. & AISENBERG, R. Psicologia da morte. Editora da USP, São Paulo, 1983. KOVÁCS, M.J. Morte e desenvolvimento humano. 2.ed. Casa Do Psicologo, São Paulo, 1998. KÜBLER-ROSS, E. Sobre a morte e o morrer. 8.ed. Martins Fontes, São Paulo, 1997. MANNONI, M. O Nomeável e o inominável. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1995. MIRCEA, E. The Encyclopedia of Religion. Collier Macmillan, New York, 1987. TORRES, W.C. et all. A Psicologia e a morte. Editora da Fundação Getulio Vargas, Rio de Janeiro, 1983.
5.4-O PSICÓLOGO NA PEDIATRIA. LOPES, C.D.P.
Trata-se de um estudo qualitativo, no qual foi realizada uma revisão da literatura sobre o trabalho do psicólogo na pediatria, uma visita a um hospital infantil, além de dados colhidos no estágio realizado na pediatria de um hospital. O objetivo do trabalho é conhecer e descrever as atividades do psicólogo na pediatria, abordando a dimensão psíquica e os conteúdos internos das crianças hospitalizadas e da família. A criança hospitalizada é privada de seu cotidiano e passa a enfrentar outra realidade, deparando-se com pessoas estranhas, procedimentos dolorosos, alimentação diferente, além da distância dos familiares. Diante destes fatores, percebe-se a necessidade da presença da mãe, ou de algum familiar ao seu lado, além de um suporte psicológico que promova a diminuição da angústia e do sofrimento da criança neste momento de crise. Quando uma criança adoece, há um abalo nos desejos inconscientes dos pais e nas expectativas que depositam nessa criança, promovendo uma intensa angustia nesses pais. O psicólogo, na pediatria, através de sua escuta, poderá identificar o que estes pais depositam em seus filhos, suas idealizações e projeções, de forma a amenizar o sofrimento e a culpa dos pais. Finalizando, podemos concluir que, na pediatria, fica claro a importância do psicólogo que acolhe a parte emocional da criança doente, que necessita de suporte para enfrentar a enfermidade, em um lugar em que se prioriza o orgânico e o físico. Com a família, o psicólogo, tem a função de criar um espaço para vir à tona conteúdos que geram angústia, além de possibilitar a discussão e reflexão sobre como lidar com a doença e a internação da criança. Conclui-se também que o psicólogo deve atuar junto a equipe contribuindo para uma visão mais ampla do paciente. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ABERASTURY, A. et all. A Percepção da morte na criança e outros escritos. Porto Alegre, Artes Médicas, 1984. ANGERAMI, V.A. et all. Psicologia hospitalar teoria e prática. São Paulo, Pioneira, 1995. CAMPOS, T.C.P. Psicologia hospitalar – A atuação do psicólogo em hospitais. São Paulo, EPU, 1995. CHIATTONE, H.B.C. Relato de experiência de intervenção psicológica junto à crianças hospitalizadas. In: ANGERAMI, V.A. et all. Psicologia hospitalar. A atuação do psicólogo no contexto hospitalar. São Paulo, Traço, 1984. DOLTO, F. Psicanálise e pediatria. 4.ed. Rio de Janeiro, LTC, 1988. GONDO, M.C.I. Psicodiagnóstico: uma outra escuta sobre o sintoma. Pediatria Moderna, São Paulo, n.1, p.64-67, jan-fev, 1997. v.33. KLEIN, M. Inveja e Gratidão e outros trabalhos. 4.ed. Rio de Janeiro, Imago, 1991. KLOURI, C. et all. AIDS na Infância: aspectos psicossociais. São Paulo, 1992. KOVÁCS, M.J. Morte e desenvolvimento humano. 2.ed. São Paulo, Casa do Psicólogo, 1992. MOURA, M.D. et all. Psicanálise e hospital. A criança e sua dor. Rio de Janeiro, Revinter, 1999.
ROZA, E.S. Quando brincar é dizer – A experiência psicanalítica na infância. 2.ed. Rio de Janeiro, Relume Dumará, 1993. RAIMBAULT, G. A Criança e a Morte. Crianças doentes falam da morte: problemas da clínica do luto. Rio de Janeiro, F. Alves, 1979. VALLE, E.R.M. & VENDRUSCOLO, J. A família da criança com câncer diante do diagnóstico da doença. Encontros iniciais com a psicóloga. Pediatria Moderna, São Paulo, n.7, p.736-751, dez-1996. v.32. WINNICOTT, D.W. A família e o desenvolvimento individual. 2.ed. São Paulo, Martins Fontes, 1997. WINNICOTT, D.W. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro, Imago, 1975. WINNICOTT, D.W. Os bebês e suas mães. São Paulo, Martins Fontes, 1994.
6-Orientador (a): Cibele Freire Santoro 6.1-A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA INCIDÊNCIA DE TRANSTORNOS ALIMENTARES E DE COMPORTAMENTOS SIMILARES BUZO, A. C. O objetivo do trabalho é o de investigar a influência da mídia na incidência de transtornos alimentares e de comportamentos similares. Os transtornos alimentares são classificados como: Anorexia Nervosa, Bulimia Nervosa e Transtorno Alimentar sem outra Especificação (SOE). Os comportamentos similares são sintomas característicos dos transtornos observados de forma isolada, em indivíduos com comportamentos normais, não suficientes para serem classificados como transtornos alimentares. A preocupação principal na maioria dos casos é o peso e a forma do corpo, levando a comportamentos que variam de jejuns, dietas rígidas, excesso de exercícios físicos a ingestão excessiva de alimentos seguidos de vômitos e outros tipos purgações. A população mais atingida por estes fenômenos é a feminina, de idades que variam do início da adolescência até aproximadamente 40 anos e de classes sociais média e alta. Múltiplos são os fatores predisponentes, desencadeantes e mantenedores dos sintomas encontrando-se entre eles: Orgânicos, familiares, psicológicos e sociais, englobando este último, a mídia. Para a análise da responsabilidade da mídia na incidência destes fenômenos, realizou-se pesquisa de campo, analisando-se quantitativa e qualitativamente reportagens contidas nas seguintes revistas: Nova; Cláudia; Veja e Boa Forma, edição de dezembro de 1998; janeiro, fevereiro e março de 1999. Observou-se: A quantidade de reportagens e manchetes de capa que sugerissem a magreza enquanto ideal (reportagens de estética da magreza); Reportagens que valorizassem o peso acima dos padrões ideais, ou a qualidade de vida de pessoas com peso acima dos padrões (estética da não magreza) e outros tipos de reportagens. O índice de reportagens que tratam da estética da magreza, na maior parte das revistas é pequeno, entretanto, os que tratam da estética da não-magreza é igual a zero. Isso leva a pensar que padrão de beleza pautado na magreza é pegado como ideal nestas publicações, já que raramente observou-se que, as mesmas, sugerem que pessoas com peso acima dos padrões representam ideais de beleza. Para a realização da análise quantitativa, muitas frases e reportagens sugestivas a respeito da magreza enquanto ideal de beleza foram analisadas, principalmente aquelas relacionadas a dietas, alimentos de baixas calorias, valorização do peso e medidas de pessoas magras. Todos os modelos fotográficos da amostragem pesquisada, possuem corpos extremamente magros. Além disso, muitas mulheres magras e famosas eram apresentadas, assim como seu peso, suas medidas corporais, sugerindo sempre que estas mulheres são famosas e bem sucedidas, principalmente por causa de sua magreza. Embora não tenha sido possível quantificar a responsabilidade da mídia nos transtornos alimentares , foi possível observar o quanto esta induza à idéia de que as pessoas necessitam ser magras para serem aceitas e bem sucedidas. Esta idéia parece ter sido tomada como objetivo de vida de muitas pessoas, que chegam a perder a saúde física e mental, a identidade e a auto-estima e até mesmo a morrer perseguindo este absurdo ideal.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BRUCH, H. Eating disorders. In: LAWRENCE, M. A Experiência Anoréxica. São Paulo, Summus, 1991. Cap.2. p.40 e 67. DATTILIO, F.M; FREEMAN, A. Estratégias Cognitivo- Comportamentais para Intervenção em Crises- Tratamento de Problemas Clínicos. Campinas, Psy II,1995. __________DSM-IV - Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais. Porto Alegre, Artes Médicas, 1995. DUSCHENE, M. Transtornos Alimentares. In: RANGÉ, B., (org.) Psicoterapia Comportamental e Cognitiva: dos Transtornos Psiquiátricos. Campinas, Psy II, 1995. EHRENREICH, B. ; ENGLISH, D. For Her Own Good. In: LAWRENCE, M. A Experiência Anoréxica. São Paulo, Summus, 1991. Cap.2. p.41. FLAX, J. Womem and mental Health. In: LAWRENCE, M. A Experiência Anoréxica. São Paulo, Summus, 1991. Cap.4. p.73 a 75. HALPERN, A. Entenda a Obesidade e Emagreça. São Paulo, MG Editores Associados, 1994. ITO, L.M. et all. Terapia Cognitivo Comportamental para Transtornos Psiquiátricos. Porto Alegre, Artes Médicas, 1997. KAPLAN, H.I.; SADOCK, B.J; GREBB, J.A. Compêndio de Psiquiatria. Porto Alegre, Artes Médicas, 1997. LEMBLEY, P. How to Survive Anorexia. In: LAWRENCE, M. A Experiência Anoréxica. São Paulo, Summus, 1991. Cap.4. p.65-66. LAWRENCE, M. A Experiência Anoréxica. São Paulo, Summus, 1991. MENSCHING, G. Structures and Patterns of Religion. In: LAWRENCE, M. A Experiência Anoréxica. São Paulo, Summus, 1991. Cap.2. p.39. WINNICOTT, D. W. The Maturational Processes ande The faciliting Enrronment. In: LAWRENCE, M. A Experiência Anoréxica. São Paulo, Summus, 1991. Cap.2. p.68.
7-Orientador (a): Dinorah Fernandes Gióia Martins 7.1-“UM ESTUDO SOBRE O VÍNCULO AFETIVO NA RELAÇÃO PAIS/ FILHOS.” DOI, E.S. Trata-se de uma pesquisa que investiga a natureza do vínculo afetivo existente entre crianças com câncer e seus pais. Participaram deste trabalho seis crianças entre cinco e nove anos de idade, em fase de tratamento quimio e/ou radioterápico, cinco mães e um pai. Na coleta de dados com as crianças utilizou-se quatro pranchas (2, 4, 7 e 9) do teste projetivo CAT e, com os pais, entrevista semi-estruturada com roteiro prévio. Desejou-se investigar a natureza do relacionamento pais/filhos, características de abandono e agressividade, e a natureza dos afetos envolvidos. A análise dos dados foi de natureza qualitativa e quantitativa, de referencial psicodinâmico. Concluiu-se que o vínculo afetivo existente no relacionamento é o negativo, mas outras características igualmente importantes se fazem presentes. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ANGERAMI-CAMON, V.A.(org.). O doente, a psicologia e o hospital. São Paulo, Pioneira, 1992. BEE, H. & MITCHELL, S. K. A pessoa em desenvolvimento. São Paulo, Harbra, 1980. BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 7.ed. Rio de Janeiro, Guanabara-Koogan, 1992. v.2. CABRAL, A. & NICK, E. Dicionário técnico de psicologia. São Paulo, Cultrix, 1994. CARVALHO, M.M.M.J. (coord.). Introdução à psiconcologia. Campinas, Psy II, 1994. DEVITA JR.; Vincent T.; HELLMAN, S.; ROSEMBERG, S.A. Cancer: principles and practice of oncology. 5.ed. Nova Iorque, Lippincott-Raven, 1997. v.2. FRANÇOSO, L.P.C. & VALLE, E.R.M. Histórias contadas por crianças com câncer in: Acta oncológica brasileira. n.4. São Paulo: Fundação Antônio Prudente, 1994. v.14. FRANKS, L.M. & TEICH, N. Introdução à biologia celular e molecular do câncer. São Paulo, Roca, 1990. GESELL, Arnold. A criança dos cinco aos dez anos. São Paulo, Martins Fontes, 1987. GRUNSPUN, H. Distúrbios psicossomáticos da criança: o corpo que chora. Rio de Janeiro, Atheneu, s/d. LESHAN, L. O câncer como ponto de mutação: um manual para pessoas com câncer, seus familiares e profissionais de saúde. São Paulo, Summus, 1992. MELLO, A.M. Psicossomática e pediatria. Marília, Universidade de Marília, 1993. O que é câncer? In: www.hcanc.org.br. São Paulo, Fundação Antônio Prudente, 25/08/98. PIZZO, P.A. & POPLACK, D.G. Principles and practice of pediatric oncology. 3.ed. Nova Iorque, Lippinctt-Raven, 1997.
7.2-“A PSICODINÂMICA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA MATERNIDADE EM COMISSÁRIAS DE VÔO.” FILHO, R.G.F. Com o objetivo de investigar a psicodinâmica das Representações Sociais da maternidade em Comissárias de Vôo, foram realizadas entrevistas encobertas semi-dirigidas com roteiro pré-estabelecido com dez mulheres, em idade variável, inseridas no mercado de trabalho de três a cinco anos, pertencentes a classes sociais variadas. Num primeiro momento, realizei pesquisas bibliográficas que me serviram de suporte para o desenvolvimento do tema, dando enfoque maior à maternidade e a inserção da mulher no mercado de trabalho. Através da análise quantitativa e qualitativa dos dados obtidos numa abordagem psicodinâmica, constatou-se que a maioria das comissárias entrevistadas são solteiras com namorados colegas de profissão; destacando seus relacionamentos como curtos, passageiros e exporádicos. Como um aspecto positivo destacam os amigos de trabalho e a falta de tempo para a família como um fator negativo na profissão. Em relação ao tema maternidade, a maioria das comissárias entrevistadas não pensaram a respeito e apresentam uma dificuldade em relacionar o tema com a sua profissão. Finalmente, com este trabalho, pôde-se constatar que as entrevistadas necessitam de um tempo para refletir mais a respeito da maternidade. Entretanto, sabe-se que a sociedade não criou mecanismos necessários que facilitem a maternidade na vida dessas mulheres. Estas não se encontram no momento preparadas para passarem por esta experiência por estarem preocupadas em se inserir no mercado de trabalho, lutando pelo sucesso e pelo crescimento profissional, e por se tratar também de uma necessidade devido as atuais condições da política e da economia do país REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ALVES, B.M.M. et all. Sexualidade e Desenvolvimento: A Negação do Saber. Fundação Carlos Chagas, São Paulo, Brasiliense, 1982. ARIÈS, P. História Social da Criança e da Família. 1.ed. Rio de Janeiro, Zahar, 1985. ARILHA, M. Esterilização: Sintoma Social. Relatório de pesquisa. São Paulo, 1993. [mimeo] BADINTER, E. Um Novo Amor Conquistado: O mito do amor Materno. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1985. BAPTISTA, S.M.S. Maternidade e Profissão: Oportunidades de Desenvolvimento. Casa do Psicólogo, 1985. BONINI-VIEIRA, A. Definidas pela negação, construídas na Afirmação: A perspectiva de mulheres não mães sobre a Maternidade e seu projeto de vida. Mestrado em Psicossociologia de Comunidade e Ecologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 1997. COSTA, J.F. Ordem médica e norma familiar. Rio de Janeiro, Graal, 1979. CAMARÁ, S. Maternidade é uma luta diária. Encarte Vitrine, Revista Exame, n.687, p. 5, 3.ed., São Paulo, abril 1999. ERIKSON, E. Identity: youth and crisis. New York, Norton, 1968.
GALLATIN, J.E. Adolescência e individualidade: uma abordagem conceitual da psicologia da adolescência. 2.ed. São Paulo, Harbram, 1978. MALDONADO, M.T. Maternidade e paternidade: situações especiais e de crise na família. Petrópolis; Vozes; 1989. MELLO, S.L. Trabalho e sobrevivência: mulheres do campo e da periferia. São Paulo, Ática, 1988. MONEY, J. & TUCKER, P. Os papéis Sexuais. São Paulo, Brasiliense,1981. QUINTAS, F. Sexo e Marginalidade: um estudo sobre a sexualidade feminina em camadas de baixa renda. Petrópolis, Vozes, 1986.
7.3-A IMPORTÂNCIA DA PÓS GRADUAÇÃO: UM ESTUDO COMPARATIVO. PIOVAN, R.S. Este trabalho teve como objetivo investigar os motivos que levam Médicos e Psicólogos, atuantes no mercado de trabalho à buscarem programas de pós graduação e a possibilidade de reflexão sobre como o profissional da área da saúde pensa seu papel na Sociedade. A amostra constou de dez sujeitos, médicos e psicólogos, atuantes no mercado de trabalho, de ambos os sexos e diferentes faixas etárias. Para a coleta de dados utilizou-se uma entrevista semi- estruturada com roteiro prévio e sem estrutura fixa. As entrevistas foram realizadas no local de trabalho e nas próprias residências , de acordo com a disponibilidade dos sujeitos. Utilizou-se gravador e fita- cassete com o consentimento dos participantes. A análise do material coletado foi uma análise qualitativa, numa perspectiva psicodinâmica. A conclusão revelou o posicionamento dos profissionais frente a sua carreira. Constatou-se que a busca de cursos pós graduação faz parte do processo normal de vida do indivíduo, de amadurecimento pessoal e profissional e que não só cursos legitimados pelo MEC ou instituições afins são considerados como cursos pós graduação mas a participação em Congressos, workshops, palestras são também instrumentos fundamentais no exercício pleno da carreira de médico, na carreira de psicólogo. Constatou-se também visões diferentes de médicos e psicólogos na busca de cursos de pós graduação. A entrevista revelou-se um método clínico por excelência pois permitiu ao entrevistado expor com liberdade os conteúdos pretendidos pela pesquisa e, ao entrevistador, intervir somente quando necessário para esclarecimentos. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ANGELINI, A.L. Motivação humana: o motivo de realização. Rio de Janeiro, José Olympio, 1973. __________, A.L. Um novo método para avaliar a motivação humana: estudo do motivo de realização. São Paulo,1955. 250p. tese (provimento efetivo da Cadeira de Psicologia Educacional )- Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Universidade de São Paulo. COHN, A. et al. Evolução da pós graduação na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. São Paulo, agosto, 1994. CORDOVA, R.A.; GUSSO, D.A.; LIMA, S.V. A Pós Graduação na América Latina: o caso brasileiro. São Paulo, 1986. FERRARI, A .et al. Plano básico de desenvolvimento científico e tecnológico. São Paulo, 1974 KUPFER, M.C. Freud e a educação: o mestre do impossível. 3. ed.. São Paulo, Scipione, 1995. MURRAY, E.J.. Motivação e emoção. Trad. Alvaro Cabral. 3. Ed. Rio de Janeiro, Zahar, 1973. PUC- S.P. XIII Congresso Nacional de Pós Graduação: Pós Graduação e Desenvolvimento Cientifico (filme- vídeo). Parte I e II. Brasil, 1998. 2 cassetes vhs, 120min. color. PUC- S.P. Pós Graduação: uma relação necessária na formação profissional (filme - vídeo). Brasil, 1990. 1 cassete VHS , 60 min. color.
PUC- S.P. Pós Graduação, financiamento e política. (filme- vídeo). Parte I. Brasil, 1998. 1 cassete VHS, 60 min. color.
8-Orientador (a): Gilberto Ferreira da Silva 8.1-"O PADRÃO ESTÉTICO CORPORAL ENTRE MULHERES JOVENS E SUA RELAÇÃO COM OS DISTÚRBIOS ALIMENTARES" CROTTI, T.M. OBJETIVOS E METODOLOGIA Ao conviver no meio da moda, onde a busca da magreza é constante surgiu o interesse de saber se aquelas pessoas que não são deste meio também são influenciadas a mudarem seus comportamentos alimentares, pois podem sentir-se insatisfeitas, buscando emagrecer. Verificar a consciência das mulheres jovens com relação ao padrão estético corporal estabelecido pela sociedade e sua relação com casos de distúrbios alimentares. Foram selecionados alguns livros que dizem respeito aos distúrbios alimentares e livros que comentam a Psicologia Social. O método utilizado no trabalho baseou-se na análise do conteúdo do embasamento teórico, relacionando com os resultados obtidos na pesquisa de campo, em forma de questionário, realizada com dois grupos distintos de mulheres de 15 a 30 anos. O grau de escolaridade destes sujeitos foi irrelevante, bem como o estado civil e raça das mesmas. O primeiro grupo envolvia 25 mulheres que trabalham em profissões que valorizam a magreza e o segundo 25 mulheres escolhidas aleatóriamente. RESULTADOS E DISCUSSÃO A sociedade influencia muito no que diz respeito a satisfação das mulheres com sua aparência estética. Tanto um grupo quanto o outro apresentam-se insatisfeitas. Foi questionado se elas gostariam de ser mais magras do que são. O segundo grupo disse em sua maioria, que não, já a maioria das modelos gostariam de ser mais magras do que já são. Ao perguntar sobre o hábito de se fazer regime ou dietas, as modelos e manequins responderam afirmativamente, já as demais mulheres entrevistadas disseram que não têm este hábito, porém que já se submeteram a algum processo deste tipo. Muitas mulheres já se submeteram a cirúrgias afim de alcançarem a satisfação estética, como plásticas e lipoaspiração. A maioria não concorda com os padrões de beleza que vem surgindo. As manequins acham que o fato de trabalharem no meio artístico fazia com que a sociedade exija mais delas no que diz respeito a aparência física. As demais entrevistadas, acham que a sociedade influencia na satisfação delas com relação a sua aparência. CONCLUSÃO Sabendo que as mulheres sentem-se insatisfeitas e influenciadas pela mídia e sociedade, pode-se sustentar a hipótese de que os padrões de beleza estética corporal de hoje podem fazer com que se desenvolvam os distúrbios alimentares. As mulheres, apesar de não concordarem com os novos padrões impostos pela mídia, sentem-se influenciadas e "tentadas" a seguí-los. Poucas são aquelas que conseguem alcançar o desejado, o que torna a maioria insatisfeita, gerando ansiedade, que em pessoas predispostas e frágeis, com algum tipo de problema ou inadequação psicológica, pode-se transformar em obsessão. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA KRUGER, H. Introdução a Psicologia Social. São Paulo, E.P.U.,1986.
BECHELLI, L. Saúde mental e doença mental. São Paulo, Sociedade Brasileira de Psiquiatria Clínica, 1993. GABBARD, G - Psiquiatria psicodinâmica na prática clínica. Artes Médicas, 1992. PASTORE, K & CAPRIGLIONE, L - O Feitiço do corpo ideal . Revista Veja, 1998. p.6268, TEIXEIRA, A - A Epidemia da década- Revista Corpo a Corpo, 1988. p.70-84. SPIGNESI, A - Mulheres famintas. São Paulo, Summus, 1982. TANNENHAUS, N. - Distúrbios alimentares. Rio de Janeiro, 1992. TEIXEIRA, A - Magérrimas por obrigação - Revista Boa Forma, 1999. p.80-86. ROTH, G. - Carência afetiva e alimentação. São Paulo, Saraiva,1993.
9-Orientador (a): João Garção 9.1-DESEJO E SABER EM FREUD E LACAN. FIGUEIREDO, C.G. Para Freud, o desejo se explica a partir do que ele chama da primeira experiência de satisfação. Ao se experimentar pela primeira vez, o apelo de uma necessidade, um bebê não terá, ainda, nenhum registro à respeito do objeto que poderá vir a satisfazê-lo. Quando lhe é apresentado tal objeto sua necessidade será então satisfeita sem que tenha havido uma representação psíquica deste objeto. A pulsão não terá sido, nesta primeira vez e apenas nesta primeira vez, mediada por uma representação. Uma vez passada esta primeira experiência de satisafção, ela deixará no bebê uma marca mnésica, associada ao prazer experimentado quando a tensão, provocada pela necessidade foi reduzida. Ao ser novamente despertada, a necessidade não será mais a mesma: carregará, em seu novo ressurgimento, a marca mnésica, que ficou associada à pulsão. Então, essa marca mnésica servirá para orientar o bebê em sua busca pelo objeto de satisfação. Essa marca ou imagem mnésica poderá inclusive, funcionar como uma antecipação da satisfação a ser trazida pelo objeto. A imagem mésica funciona então no aparelho psíquico como uma representação antecipada da satisfação vinculada com o dinamismo e processo pulsional. Quando a imagem é reavivada pela reaparição da pulsão ela é chamada de desejo. A noção de desejo se estabelece, para Lacan, de modo relativo, isto é, não se separa das noções de demanda e de necessidade. A necessidade é um dado biológico, e somente um objeto tomado em sua plena realidade pode satisfazê-la. Ou seja, a fome, tomada em sua realidade biológica, só pode ser satisfeita com alimento. O objeto da necessidade é único, ao contrário ao da pulsão, nascida por apoio sobre uma função biológica que é absolutamente lábil. Portanto, não há imaginação, fantasia, pensamento, que possa satisfazer a necessidade, que exige um objeto aqui e agora, porém, no mundo humano, esta ordem das necessidades é atravessada pelo fenômeno da linguagem e para Lacan, a necessidade atravessada pela linguagem transforma-se, em demanda, e toda demanda é dirigida a alguém que possa satisfazê-la. A demanda apenas dissimula o desejo, que está na base de toda a demanda. Mas é a falta, ou seja, o desejo, que explica o fato de que haja demanda. Através das sucessivas demandas, o desejo se organiza, se estrutura, como desejo de um objeto impossível, objeto que imaginariamente, as demandas buscam e pesam encontrar. Mas a impossibilidade desse encontro fará com que o desejo se mantenha sempre em busca de um objeto eternamente faltante. Esse objeto é , em última análise, a causa do desejo, ou seja aquele que o fez nascer. Note-se que há dois desejos na pena de Lacan: o desejo plural, que pode perfeitamente ser aproximado do termo da demanda, e o desejo incosciente, que não é transitivo. Nisso Freud e Lacan estão em perfeita consonância.
Para Lacan existem dois tipos de saber, um que se refere ao conhecimento e um saber que designa o conjunto das determinações que regem a vida de um sujeito – um saber, porém, que escapa ao sujeito no sentido de que ele o ignora. O desejo que emerge da operação de castração é um desejo de ver ou de saber, que se transforma em seguida em desejo de nada saber. A distinção, desta perpectiva, torna-se desnecessária, pois a estrutura do desejo se tece sempre com a problemática do saber inconsciente. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA FORBES, J. A Formação do psicanalista e a transmissão da psicanálise. Campinas, Papirus,1992. PALMIER, J.M. Lacan: Iniciação e debate. Saõ Paulo, Universidade de São Paulo, 1997. Dor, J. Introdução à leitura de lacan: o inconsciente estruturado como linguagem. Porto Alegre, Aretes Médicas. LACAN, J. Escritos. Trad. Inês Deski Depré. 3.ed. São Paulo, Perspectiva,1992.
9.2-“PSICODINÂMICA DAS RELAÇÕES DE PODER ENTRE CHEFE/ SUBORDINADO.” YONEHARA, C. Trata-se de um estudo teórico que visa mostrar os aspectos de liderança e sua influência na eficiência produtiva da empresa no momento em que muda o paradigma da sociedade . Se antes , o enfoque ficou na qualidade e na produtividade , hoje , às vésperas do século vinte e um , a questão implica a era da globalização , a era da informação , em que as conexões digitais proporcionam rapidez ao acesso às informações. Globalização é velocidade . E os sucessos e os fracassos são mais velozes , tornando essencial a necessidade de mudança para competir e sobreviver no mundo de alta velocidade que está surgindo. Então , o trabalho privilegia através do estudo da psicodinâmica das relações de poder entre chefe / subordinado , a questão da liderança e o líder nesta sociedade da informação. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ALBORNOZ, S. O que é trabalho. São Paulo, Brasiliense, 1986. BRAVERMAN , H. Trabalho e capital monopolista. Rio de Janeiro, Zahar, 1977. CAETANO, J.R. Meu sócio Americano. Revista Exame. São Paulo, Abril, ed.687, n.9, maio 1999. FLEURY, M.T. & FISCHER, R.M. Relações de trabalho e políticas de gestão: uma história das questões atuais. Revista de Administração. São Paulo, Edusp, v.27, n.4, out./dez. 1992. GARCIA, A. O verdadeiro líder tem que ser maquiavélico? Revista Exame. São Paulo, Abril, ed.673, n.22, out.1998. GATES, B. A empresa na velocidade do pensamento: com um sistema nervoso digital . São Paulo, Schwarcz, 1999. GATES, B. Veloz como o Pensamento. Revista Exame. São Paulo, Abril, ed.684, n.6, março / 1999. HERSEY & BLANCHARD. Psicologia para administradores: a teoria e as técnicas da liderança situacional. São Paulo, E.P.U., 1986. HOUAISS, A. Pequeno dicionário enciclopédico Koogan Larousse. Rio de Janeiro, Larousse do Brasil , 1982. JENNINGS , E.E. Liderança: nas organizações e na história. São Paulo, Brasiliense, 1970. KOTLER, J.P. O fator liderança . São Paulo, Makron Books – Mc Graw Hill, 1992. LANE , S.T.M. & CODO,W. (orgs.) Psicologia social: o homem em movimento. 13.ed. São Paulo, Brasiliense, 1995. LAPIERRE, L. Imaginário, administração e liderança. In: Psicodinâmica da Vida Organizacional. São Paulo, Pioneira, 1990. MARQUES, M.P. Relações de poder na empresa: a gestão na nova realidade social. Europa – América , s/d. MARTINS & ARANHA . Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo, Moderna, 1986. MAXIMINIANO, A.C. Introdução à administração. 4.ed. São Paulo, Atlas, 1995. MUCHIELLI , R. Psicologia da relação de autoridade . São Paulo, Martins Fontes, 1919.
ROSA, M.I. Trabalho , subjetividade e poder. (Trabalhador Profissional , Antigo de Casa): Um Estudo de Caso. São Paulo, Tese de Doutorado pela FFLCH da USP, 1991. SEARS, D.O.; FREEDMAN, J.L.; CARISMITH, J.M. Social Psychology. Englewood Orffs, N.J. Prentice-Hall. Inc., 1974. WINDERL , H.B.R. A influência da liderança sobre a satisfação: um estudo sobre a relação entre Estilo de Liderança e Satisfação no Trabalho de Funcionários em Diversos Departamentos de uma Empresa Brasileira em Mudança Organizacional. São Paulo, Dissertação de Mestrado da FEA / USP, 1995.
10-Orientador (a): José Rubens Naime 10.1-A EMERGÊNCIA DO ARQUÉTIPO DO ANTI-HERÓI NO INCONSCIENTE COLETIVO DO POVO ALEMÃO , LEVANDO A II GUERRA MUNDIAL ANTUNES , F. G. Desde que I e II Guerras ocorreram , a Psicologia busca também explicações para tanta violência e tolerância mínima com certos povos e nações. Através da análise de fatos históricos envolvendo , principalmente a II Guerra Mundial e da teoria de Carl Gustav Jung , tentei esclarecer o que de fato pode ter levado grande número de alemães comuns a aderir às atrocidades difundidas por Adolf Hitler. Costuma-se considerar que os alemães matavam judeus quando obrigados a tanto ou que o faziam levados pela propaganda de Hitler. A mentalidade anti-semita estava tão arraigada entre a coletividade que a ninguém ocorreria encarar o assassinato de judeus como uma atrocidade. Jung , em seu trabalho “Sobre o Inconsciente” , escrito em 1918 , ano do término da I Guerra Mundial , colocou que o conflito que a Europa acabava de assistir , não possuía um ponto de vista apenas materialista e sim , uma crise psicológica que tinha origem no Inconsciente Coletivo dos indivíduos , influenciando grupos e nações. Nas I e II Guerras resurgiu , o deus germânico Wotan , que durante muito tempo permanecera em repouso histórico. Agitador , foi transformado pelo Cristianismo no demônio. O papel do errante foi desempenhado na Idade Média por uma lenda cristã , e por esse motivo o errante não incorporado em Cristo precisou ser projetado nos judeus. O cristianismo , segundo Jung , dividiu o barbarismo germânico em sua metade inferior e superior e conseguiu assim _ pela repressão do lado mais escuro _ domesticar o lado mais claro e torná-lo apropriado à cultura. Enquanto isso o lado mais escuro estava esperando a libertação. “Quanto mais a visão cristã do mundo for perdendo sua autoridade incondicional , mais perceptivelmente a “besta loira” se agitará em sua prisão subterrânea , ameaçando sair e , assim trazendo conseqüências catastróficas”. ( JUNG , 1946 ). Foi o que ocorreu para que o mundo assistisse a deflagração de uma guerra e o fato histórico mais degradante deste século. Às portas do século XXI , o deus errante , volta de seu sono histórico novamente e mostra seu poder sobre o Inconsciente do homem , na Guerra e Kosovo , onde os albaneses sofrem humilhações semelhantes ao povo judeu e outras minorias na II Guerra e também atentados como da escola norte-americana em Denver , onde garotos levados por ideais neo-nazistas atiraram contra colegas negros e hispânicos ( limpeza étnica ). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FORDHAM , F. Introdução à Psicologia de Jung. São Paulo , Verbo , 1990. GOLDHAGEN , D. J. Os Carrascos Voluntários de Hitler – o povo alemão e o Holocausto. São Paulo , Companhia das Letras , 1996. JUNG , C. G. Aspectos do Drama Contemporâneo. Petrópolis , Vozes , 1990. JUNG , C. G. Civilização em Transição. Petrópolis , Vozes , 1993.
10.2-O USO DE TÉCNICAS NÃO VERBAIS COMO RECURSO PSICOTERAPEUTICO PARA O DESENVOLVIMENTO DO POTENCIAL EGOICO. NUSDEU, F.C. Este trabalho tem como objetivo realizar um estudo bibliográfico com a finalidade de demonstrar como as técnicas não verbais podem possibilitar às crianças manifestarem expressões de seu inconsciente coletivo através de imagens arquetípicas e simbólicas, contribuindo, durante seu desenvolvimento, para um fortalecimento egóico, na medida em que favorece uma despotencialização dos complexos. Para tal, foi realizado uma pesquisa bibliográfica acerca dos conceitos da Teoria Analítica desenvolvidos por Jung; das contribuições teóricas de Nise da Silveira e outros que possam colaborar com o assunto abordado; e técnicas não verbais que podem ser utilizadas em psicoterapia analítica. Os resultados deverão ser obtidos a partir de tal material, considerando o que é fornecido acerca do desenvolvimento egóico e as expressões do inconsciente coletivo. Pode-se constatar que atividades que permitem a expressão dos conteúdos internos por parte de indivíduos psicóticos contribuem para uma reorganização interna, a medida que proporcionam uma despotencialização de tais conteúdos tidos como ameaçadores em virtude de um ego fragilizado. Porém a expressão de emoções, vontades, fantasias inconscientes é comum a todo indivíduo durante o desenvolvimento da personalidade. Toda forma de manifestação da psique, como sonhos, fantasias, imagens..., é carregada de energia psíquica, ou libido. O complexo é a estrutura básica da psique, de onde flui toda a energia psíquica e apresenta uma camada superficial, estruturada através da experiência individual de cada pessoa, e um núcleo arquetípico, elemento do inconsciente coletivo. As experiências da infância, traumas, repressões..., e a forma como os potenciais arquetípicos são realizados determinam se a sua energia se harmoniza ou não com a dinâmica do ego. A energia psíquica dos elementos internos que foram reprimidos e não conseguiram se realizar acaba regredindo, podendo ser investida em outros conteúdos. O nível deste investimento pode determinar se os complexos se tornarão ameaçadores ou não para o indivíduo e seu ego. Por outro lado, quando o ego consegue se confrontar com as necessidades e exigências internas e manter uma relação adequada com as exigências da realidade externa, o potencial criativo destes complexos é canalizado adequadamente, atuando de forma construtiva, e a energia não se torna estagnada. A psique como um todo é dinâmica, e depende de investimento de libido em seus elementos para que estes possam ou não ser realizados. Pode-se supor que estruturas muito carregadas energeticamente e que constitui complexos patológicos, ao serem representadas nas imagens oníricas, fantasias, desenhos, pinturas..., têm sua energia canalizada e representada simbolicamente. Tal fato pode contribuir para que a situação inicial ameaçadora e muito carregada energeticamente, perca sua intensidade, ficando num nível mais acessível para ser integrado pelo ego. Assim, técnicas não verbais como o desenho, pintura e o Sand Play, que permitem a expressão de imagens carregadas energeticamente podem estar contribuindo para o desenvolvimento egóico de crianças, ao possibilitar que a energia psíquica seja canalizada e investida de forma adequada, construtiva e criativamente, evitando, na medida do possível, a repressão da
energia e a estruturação de complexos patológicos ameaçadores para o ego em desenvolvimento. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CARVALHO, M.M. et all. A Arte Cura? Recursos Artísticos em Psicoterapia. São Paulo, Psy, 1995. FADIMAN, J. & FRAGER, R. Teorias da Personalidade. São Paulo, Harper & Row do Brasil, 1979. JUNG, C.G. Memórias, Sonhos e Reflexões. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1975. JUNG, C.G. O Homem e Seus Símbolos. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1977. NEUMANN, E. A Criança. Estrutura e dinâmica da Personalidade em Desenvolvimento desde o Início de sua Formação. São Paulo, Cultrix, 1995 SILVEIRA, N. Jung – Vida e Obra. Rio de Janeiro, José Alvaro Editor/Paz e Terra, 1976. SILVEIRA, N. O Mundo das Imagens. Rio de Janeiro, Ática, 1992. WEINRIB, E. L. Imagens do Self. O processo terapêutico na caixa de areia. São Paulo, Summus, 1993 WHITMONT, E. C. A Busca do Símbolo. Conceitos Básicos de Psicologia Analítica. São Paulo, Cultrix, 1995
10.3-DEPRESSÃO MASCULINA: UMA REALIDADE A SE CONHECER PIERONI, F.M. O objetivo do trabalho proposto é mostrar a ocorrência de depressão em homens, assim como a importância do psicólogo trabalhando em conjunto com um psiquiatra, no tratamento da doença. Para se verificar essas ocorrências, se viu necessária, não só uma pesquisa teórica, mas a realização de entrevistas com psicólogo e psiquiatra. A depressão é uma síndrome psicopatológica caracterizada por abatimento físico ou moral (tristeza, desolação, perda de interesse e amor próprio), múltiplas queixas somáticas (insônia, fadiga, anorexia), atraso motor ou agitação e sentimento de abdicação que são freqüentemente acompanhados de idéias agressivas de suicídio. Essa patologia sempre foi vista como uma doença tipicamente feminina, mas o que se encontra nas clínicas atualmente é uma incidência igual, tanto para mulheres como para homens. Os homens tem preconceitos em procurar, tanto uma ajuda psicológica, como psiquiátrica, assim como um “tabu” em aceitar a existência da depressão, sempre buscando auxílio por uma outra demanda. Isso ocorre porque os sintomas nos homens diferem das mulheres, pois elas tem crises de choros e o homem camufla a tristeza em uma raiva ou irritação. A partir do momento em que o indivíduo do sexo masculino aceita a doença pode ser utilizado dois tratamentos simultaneamente: psiquiátrico, que é o uso de medicamentos e o psicológico, que no trabalho em questão é a psicanálise, para auxiliar no tratamento dos conflitos. A parceria desses dois profissionais é fundamental no tratamento da depressão, pois o psiquiatra vai apenas fazer melhorar os sintomas e a psicanálise vai trabalhar com questões mais inconscientes. Sendo assim, a proposta de tratamento não invalida a idéia de que tanto homem, como mulher podem beneficiar-se com a psiquiatria e a psicanálise, desde que assumida a existência da patologia. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CABRAL, A. & NICK, E. Dicionário técnico de psicologia. 12.ed., São Paulo, Cultrix, 1994. CAMMER, L. Saindo da depressão. São Paulo, Difel, 1978. CORDIOLI, A. V. Psicoterapias abordagens atuais. Porto Alegre, Artes Médicas, 1993. DIAS, M.L. Suicídio, testemunhos de adeus. São Paulo, Brasiliense, 1.991. FADIMAN, J. E FRAGER, R. Teorias da personalidade. São Paulo, Harper & Row do Brasil LTDA, 1976. FREUD, S. Luto e Melancolia, Rio de Janeiro, Imago, 1988. v.14. HALL & LINDZEY Teorias da Personalidade. 18.ed. São Paulo, EPU, 1984. v.1. HENRY, E.Y.; BERNARD, P.; BRISSET, C. Manual de psiquiatria. 5.ed., São Paulo, Masson e Atheneu. JOÃO, M.I. Depressão: síndrome da dependência psicológica. São Paulo, EPU,1987. LAPLANCHE, J. Vocabulário de psicanálise. São Paulo, Martins Fontes, 1994.
10.4-OS 12 TRABALHOS DE HÉRCULES E O CAMINHO DA INDIVIDUAÇÃO. SOUSA, C.F.B. de Ao desenvolver esse trabalho pude perceber com mais fundamentos o relacionamento de grande importância entre o estudo de mitos dentro da psicologia analítica junguiana. Trabalhando dentro do enfoque junguiano desenvolvi o mito dos Doze Trabalhos de Hércules e sua simbologia que representa claramente o caminho da individuação do ser humano em busca da totalidade. Conforme foi se desenvolvendo este trabalho, eu o percebi também como algo que foi evoluindo, crescendo e cada “tarefa” que fui cumprindo conclui, semelhante ao mito de Hércules, a completude de algo proposto. Assim também representa o trabalho do homem que tem que primeiramente domar seus instintos, lapidar a pedra bruta onde se encontra o self e vencer cada trabalho até chegar no ouro do conhecimento psíquico. Na religião cristã, se pensarmos como tem origem na Grécia, na mitologia grega, depois Roma e por fim a formação do Cristianismo, o número doze simboliza, pois, o Universo em seu desenvolvimento cíclico- espaço- temporal. Doze é o número da Jerusalém celeste: 12 apóstolos, 12 cadeiras... é o número do ciclo litúrgico de doze meses para que se complete o ano, bem como a expressão cósmica que é o zodíaco. Na simbologia da religião de Cristo o desenrolar das nossas tarefas nos doze meses do ano concluí-se com o menino dourado, o nascimento de ouro, completa-se o ciclo com ouro. Por isso também o mês de agosto é um mês tão pesado, porque fecha o primeiro ciclo, para dar início ao desenvolvimento da segunda etapa que se conclui para nascer o divino, o “total”. No mito, o herói foi inicialmente apenas cumprindo as lutas para sí mesmo, para chegar a forma adulta tornando-se um indivíduo pois o ego precisa passar po sacrifícios, e só apartir daí, do oitavo trabalho é que ele começa a interferir no mundo, ou seja, começa a se individuar, bem como podemos inferir que também isto ocorra no desenvolvimento infantil. Foi todo esse trajeto do herói, dentro desse mito, e do homem, na vida, que busquei também aqui cumprir essa tarefa: individualizando o trabalho até que ele criasse forma e fosse se desenvolvendo até, finalmente tornar-se completo e, portanto, individuado. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CAMPBEL, J. As transformações do mito através do tempo. 10.ed. SãoPaulo, Cultrix, 246pp. BRANDÃO, J.S. Mitologia grega. 8.ed. Vozes, São Paulo, 407pp. JUNG, C.G. O eu e o inconsciente. 13.ed. Vozes, São Paulo, 166pp. JUNG, C.G. O desenvolvimento da personalidade. 6.ed. Vozes, São Paulo, 223pp. v.17. JUNG, C.G. O homem e seus símbolos. 13.ed. Nova Fronteira, SãoPaulo, 316pp. KERÉNYI, K. Os heróis gregos. Cultrix, São Paulo, 332pp.
11-Orientador (a): Jumara Sílvia Van Del Vieira 11.1-“O USO DO CAT NA COMPREENSÃO E CONFIRMAÇÃO DA QUEIXA DE DIFICULDADE DE ALFABETIZAÇÃO: UM ESTUDO ATRAVÉS DE UM CASO ATENDIDO EM PSICOTERAPIA BREVE”. SILVÉRIO, A.A.T. Esse trabalho correlaciona o uso do instrumento CAT ( Teste de Apercepção Infantil), num processo de atendimento em Psicoterapia Breve Infantil, que envolve queixa de aprendizagem. À partir desse processo o presente trabalho buscou verificar empiricamente se o instrumento CAT, quando utilizado no início e no final do atendimento psicoterápico, traz novas informações, e se confirma a queixa inicial explícita. Para a ilustração desse tema, está presente no trabalho o estudo de um caso de uma criança de 10 anos de idade, apresentando uma queixa inicial de dificuldade de alfabetização. Os instrumentos utilizados para a pesquisa foram, um teste de Escala de Inteligência para crianças ( WISC ), e um teste projetivo ( CAT ). Os resultados a partir dos testes demonstraram que houve uma melhora significativa na pontuação do WISC, que pode ser atribuída ao trabalho desenvolvido na Psicoterapia Breve Infantil. O instrumento CAT, deixou claro que a questão central para o diagnóstico da criança, era a simbiose entre mãe e filho, influenciando a aprendizagem da criança. O estudo mostra então a viabilidade e a eficiência do CAT no processo diagnóstico e no acompanhamento da evolução terapêutica em queixas de dificuldades de alfabetização, pois com a sua utilização foi possível entender o funcionamento da personalidade da criança e estabelecer o foco da terapia com mais segurança. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BARBOSA, J.J. Alfabetização e leitura. 2.ed. São Paulo, Editora, 1994. 159p. BELLAK, L.; BELLAK, S.; HURVIC, M.S. Teste de apercepção infantil. São Paulo, Psy, 1992. GILLIÉRON, E. As psicoterapias breves. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1986. LAPLANCHE, J.P. Vocabulário da psicanálise. São Paulo, Martins Fontes, 1992. 551 p. LÜDKE, M. & ANDRÉ, M.E.D.A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo, E.P.U., 1986. 99 p. MONTAGNA, M.E. Análise e interpretação do CAT. São Paulo, E.P.U, 1989. 70 p. PAÍN, S. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. 4.ed. Porto Alegre, Artes Médicas, 1986. 86 p. SILVA, E.F. O teste de apercepção temática de Murray (TAT) na cultura brasileira: manual de aplicação e interpretação. Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas, 244p. SOUZA, A.S.L. Pensando a inibição intelectual: perspectiva psicanalítica e proposta diagnóstica. São Paulo, Casa do Psicólogo, 1995. 122 p.
12-Orientador (a): Leda Gomes 12.1-AVALIAÇÃO E REEDUCAÇÃO PSICOMOTORA E SÓCIO-COGNITIVA DE CRIANÇAS DE CLASSE ESPECIAL DA E.E.P.G. MARECHAL FLORIANO. CAMPOS, L.S. O presente trabalho trata de uma experiência de intervenção junto a cinco alunos da classe especial da escola EEPG – Marechal Floriano, visando o desenvolvimento de capacidades básicas à aprendizagem. Teve como base, a proposta de Robert E. Valett. Este autor em sua obra, “Tratamento de distúrbios de aprendizagem”, fornece material para avaliação e tratamento dos distúrbios a partir do “Inventário Psicoeducacional de Capacidades Básicas para a Aprendizagem”. O inventário compreende a realização de tarefas dispostas em ordem crescente de dificuldades, direcionadas às cinqüenta e três capacidades básicas para a aprendizagem e encontram-se agrupadas em seis áreas, a saber: Desenvolvimento da Motricidade Geral, Integração Sensório-Motora, Habilidades Perceptivo-Motoras, Desenvolvimento da Linguagem, Habilidades Conceituais e Habilidades Sociais. Durante a aplicação da proposta de intervenção, sentiu-se a necessidade de acrescentar à técnica de Valett, critérios para classificar os níveis de realizações dos alunos durante a avaliação para posteriormente desenvolver um programa de reeducação para as habilidades comprometidas e depois reavaliá-los verificando a eficácia do processo. O trabalho de intervenção foi realizado no ano letivo de 1998. Houve um avanço significativo no desempenho dos alunos que participaram de todo o processo no que se refere as habilidades direcionadas a área da psicomotricidade e a área cognitiva. Quanto a área afetiva, considerada pelo autor como significativa no processo de aprendizagem, pode-se perceber, o desenvolvimento de um contato positivo com a aprendizagem demonstrando empenho e satisfação ao se perceber capaz de realizar as tarefas propostas. Além da parte prática, o trabalho apresenta dois capítulos teóricos, nos quais se pensa sobre a criança de classe especial e o processo de integração. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA DORON, R. & PAROT, F. Dicionário de psicologia. São Paulo, Ática, 1998. GLAT, R. Questões atuais em educação especial; a integração social dos portadores de deficiências: uma reflexão. Rio de Janeiro, Sette Letras, 1995. p.28-49. KUPFER, M.C. Freud e a educação o mestre do impossível. 3.ed. São Paulo, Scipione, 1995. MACHADO, A.M. Crianças de classe especial: efeitos do encontro da Saúde com a educação. São Paulo, Casa do Psicólogo, 1994. MONTOAN, M.T.E. Ser ou estar, eis a questão: explicando o déficitIntelectual. Rio de Janeiro, WVA, 1997. 176p. MONTOAN, M.T.E. et al. Integração de pessoas com deficiência: contribuições para uma reflexão sobre o tema. São Paulo, SENAC, 1997. RAPPAPORT, C.R. et al. Psicologia do desenvolvimento. São Paulo, EPU, 1981. v.1. SOUZA, A.S.L. Pensando a inibição intelectual: perspectiva psicanalítica a proposta diagnóstica. São Paulo, Casa do Psicólogo, 1995.
VALETT, R.E. Tratamento de distúrbios de aprendizagem manual de programas psicoeducacionais. São Paulo, EPU, 1997.
12.2-A MEMÓRIA DA O.V. JUNTO A ARTISTAS E ESTUDANTES DE ARTES PLÁSTICAS. CAUCHIOLI, M.C.R. Este trabalho tem como objetivo estudar a memória da Orientação Vocacional junto a alunos que cursam Artes Plásticas, bem como a profissionais atuantes na área. A amostra constou de dez sujeitos, cinco alunos e cinco profissionais, de ambos os sexos e diferentes faixas etárias. Para a coleta de dados utilizou-se entrevista não diretiva. As entrevistas foram realizadas na faculdade com os alunos e nas próprias residências ou atelier com os profissionais. A análise e comparação das entrevistas basearam-se no tipo de estratégia clínica ou estatística, as quais os sujeitos foram submetidos ao fazerem a Orientação Vocacional. Um dos pressupostos básicos da estratégia clínica é : o adolescente deve desempenhar um papel ativo na sua escolha profissional, cabe ao psicólogo esclarecer e informar, já da o da estratégia estatística é : o psicólogo deve desempenhar um papel ativo, aconselhando o jovem, deixar de fazê-lo, aumenta indevidamente a sua ansiedade, quando esta deve ser diminuída. A discussão dos resultados revelou entre os estudantes de Artes Plásticas que dos dois que fizeram Orientação Vocacional no colégio, ambos tem lembranças ruins, dos três que fizeram em uma clínica com psicólogos, todos tem lembranças boas. Entre os profissionais revelou-se que dos quatro que fizeram Orientação Vocacional no colégio, três tem lembranças ruins e somente um tem boa lembrança, já o que fez em uma clínica com psicólogo tem uma lembrança boa. Concluiu-se que quando a Orientação Vocacional é feita por profissionais especializados, em clínicas, vem à memória dos sujeitos lembranças boas, podendo sugerir então que seus métodos e estratégias são mais adequados a prática da Orientação Vocacional. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ANGELINI, L.A. O papel dos interesse na escolha da profissão - aferição de um inventário de interesses profissionais. Tese apresentada ao concurso de livre docência à cadeira da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, 1957. BOHOSLAVSKY,R. Orientação vocacional - a estratégia clínica. 10.ed. São Paulo, Martins Fontes, 1993. CUNHA,B.M. Na dúvida, ultrapasse - Orientação Vocacional. São Paulo, Câmara Brasileira de Livro, 1997. MATTIAZZI,B. A natureza dos interesses e a Orientação Vocacional. São Paulo, Vozes, 1974. ROSAS, P. Vocação e profissão. São Paulo, Vozes, 1977. Guia do Estudante. São Paulo, Abril, 1997.
12.3-A TERCEIRA IDADE NO CINEMA: UMA CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DO IDOSO SOB A ÓTICA DA PSICANÁLISE MARQUES, K.R.P. A vivência da velhice, por vezes, nos parece cheia de mistérios. Todos sabemos que trata-se de uma experiência única para cada ser humano. Apesar das mudanças físicas e cognitivas atingirem a todos os seres humanos sem exceção, ainda assim podemos perceber que a aceitação destas mudanças são vividas de forma particular em cada caso: uns a aceitam de forma mais tranqüila e outros se rebelam contra elas. O presente trabalho teve como objetivo analisar a vivência da terceira idade no cinema. A motivação para tanto foi um atendimento efetuado na clínica-escola da Universidade Presbiteriana Mackenzie no qual, na qualidade de estagiária, a autora atendeu por mais de 40 sessões uma senhora de 69 anos. Para a execução deste trabalho em particular, a autora utilizou-se dos filmes “Tomates Verdes Fritos” e “Conduzindo Miss Daisy”, buscando analisar suas principais personagens à luz da teoria psicanalítica de Erik Erikson e comparar essas vivências entre si. Segundo Erikson, para que o indivíduo possa aceitar com naturalidade a chegada da velhice , consequentemente, a aproximação da morte como final do ciclo de vida, é necessário que ele tenha vivido sua vida e as crises inerentes a ela com a confiança básica que adquiriu enquanto ainda era um bebê. A diferença entre as personagens Ninny (Tomates Verdes Fritos) e Miss Daisy (Conduzindo Miss Daisy) vai se tornando mais nítida a cada cena do filme: enquanto uma aceita as mudanças que ocorrem em seu corpo e em sua vida como conseqüência natural do desenvolvimento, a outra as nega, evidenciando que percebe essas mudanças apenas como “perdas”; é como se tudo o que foi vivido até então fosse vazio e não mais houvesse tempo para resgatar o passado. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Bee, H. O ciclo vital. Porto Alegre, Artes Médicas, 1998 Erikson, E. Infância e sociedade. 2.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1976 Gallatin, J. Adolescência e Individualidade. São Paulo: Harbra, 1978
12.4-ADOLESCÊNCIA E DROGAS NOS FILMES “KIDS” E “CRISTIANEF.” NANNI, D. de C. O presente trabalho pretende mostrar, através da análise dos adolescentes dos filmes, quais são os motivos que levam que levam os personagens às drogas. Sabe-se que a adolescência é uma fase muito complicada desenvolvimento , onde os jovens deparam-se com muitas mudanças (principalmente físicas) e sofrem vários lutos (luto pelo corpo infantil, pelos pais da infância) decorrentes de tais mudanças; são constantemente pressionados por seus pais e pela sociedade, que cobram atitudes adultas em condições infantis; além de sofrerem por outros conflitos. Nesta fase há uma tendência dos jovens estarem sempre em grupos com os quais se identificam. O trabalho mostra como e até que ponto esses conflitos, vividos na adolescência, influenciam os personagens na iniciação às drogas. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ABERASTURY, A. & NOBEL, M. Adolescência Normal. 10.ed. Porto Alegre, Artes Médicas, 1981. 92pp. ABERASTURY, A. et al. Adolescência. 6.ed. Porto Alegre, Artes Médicas, 1990. 246pp. ARANTAGY, L.R. Doces Venenos. 8.ed. São Paulo, Olho d’Água, 1992, 123pp. CABRAL, A.& NICK, E. Dicionário Técnico de Psicologia. 9.ed. São Paulo, Pensamento, 1991. 405pp. COHEN, M. Tudo sobre drogas: Maconha. 1.ed. São Paulo, Nova Cultural, 1988. 72pp. GLOWA, J.R. Tudo sobre drogas: inalantes. 1.ed. São Paulo, Nova Cultural, 1988. 79pp. GRAEFF, F.G. Drogas psicotrópicas e seu modo de ação. 2.ed. São Paulo, EPU, 1989. 165pp. KRECH, D. & CRUTCHFIELD, R. Elementos de Psicologia. 6.ed. São Paulo, Pioneira, 1990. 416pp. LUKAS, S.E. Tudo sobre drogas: Anfetaminas. 1.ed. São Paulo, Nova Cultural, 1988; 74pp. ZACKON, F. Tudo sobre drogas: Heroína. 1.ed. São Paulo, Nova Cultural, 1988. 74pp.
12.5-DESCRIÇÃO DE UMA EXPERIÊNCIA DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM UMA CLASSE ESPECIAL UCHIDA, V.S. O presente trabalho trata das questões da aprendizagem sob o ponto de vista teórico e prático. A prática consta da intervenção feita junto a seis alunos de classe especial de uma Escola Estadual. O objetivo da intervenção era avaliar crianças de oito a onze anos no que diz respeito ao desenvolvimento psicomotor e sócio cognitivo. Na avaliação usou-se o manual “Tratamento de Distúrbios de Aprendizagem” de Robert E. Valett, o qual propõe cinqüenta e três atividades, subdivididas na seguintes áreas: desenvolvimento da motricidade geral, integração sensório-motora, habilidades sociais, habilidades perceptivomotoras, desenvolvimento da linguagem e habilidades conceituais. A partir dos resultados da avaliação, desenvolveu-se um plano de reeducação das áreas defasadas, para depois reavaliá-las. Os dados finais revelaram em que áreas especificamente cada criança apresentava maiores dificuldades ou melhor desempenho. A parte teórica apresenta algumas teorias a respeito do processo de ensino-aprendizagem, considerando os aspectos emocionais, biológicos e ambientais de acordo com alguns autores como, Freud, Piaget e Campos. Propõe ainda, um entendimento a respeito das origens dos problemas de aprendizagem, partindo-se das causas orgânicas, indo até às emocionais, destacando a importância do papel que a família desempenha nesse processo. Procura caracterizar quem é a criança de classe especial, discutindo as dificuldades encontradas, tanto pelo deficiente mental, quanto pela sociedade em lidar com a questão da deficiência, no que se refere às condições ambientais e psicológicas. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA MACHADO, Adriana Marcondes. Crianças de classe especial: efeitos do encontro da saúde com a educação. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1994. MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Ser ou estar, eis a questão: explicando o déficit intectual. Rio de Janeiro: WVA, 1997. 176p. SOUZA, Audrey Setton Lopes de. Pensando a inibição intelectual. perspectiva psicanalítica a proposta diagnóstica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1995. VALETT, Robert E. Tratamento de distúrbios de aprendizagem: manual de programas psicoeducacionais; coordenador da ed. Brasileira: Leopoldo Antonio de Oliveira Neto. São Paulo, EPU, 1977.
13-Orientador (a): Maria Alice Barbosa Lapastine 13.1-PSICOTERAPIA COM IDOSOS FURLANI, S.M. Este trabalho apresenta uma revisão bibliográfica sobre a psicoterapia com o idoso no referencial teórico da Psicanálise, da Psicoterapia Breve e da Fenomenologia. Algumas considerações acerca do idoso: Idoso, segundo a O.M.S. é o indivíduo acima de 65 anos, que vive em país desenvolvido, ou acima de 60 anos, vivendo em país em desenvolvimento. No entanto, pensa-se a velhice como sendo uma questão mais complexa, menos cronológica e mais vivencial – uma experiência subjetivamente vivida. Já em 1991 a população brasileira com idade de 65 anos ou mais atingia a cifra de 7 milhões de pessoas. No final do século 1 entre cada 20 brasileiros terá ultrapassado os 65 anos. A psicoterapia com o idoso: A psicologia tardou em se interessar pelos idosos, seguindo o descrédito inicial de Freud que alegava a pouca plasticidade dos processos mentais (Freud, 1904-1905). Abraham atendeu idosos neuróticos e até psicóticos com depressão, considerando a idade da neurose mais importante que a idade do paciente. Jung coloca que o idoso deve devotar mais de sua atenção ou de energia psíquica aos processos intrapsíquicos para que possa chegar a um acordo com o inconsciente coletivo e preparar-se para a morte. Atualmente o tema mais estudado se refere à depressão, sendo os EUA o país mais especializado na matéria. Também são temas comuns a aposentadoria, a perda da saúde física, a diminuição das capacidades, a perda do cônjuge, a auto-estima, enfim, as perdas sofridas neste estágio da vida. Neste contexto o psicólogo é quem irá descobrir com o seu paciente que é necessário perder para se encontrar. O trabalho no enfoque psicanalítico: Segundo Viorst (1998) a perspectiva psicanalítica oferece a forma mais profunda de discernimento sobre o que somos e por que agimos deste ou daquele modo, tanto na fase da infância como na adulta. Para que o idoso possa ser inserido numa terapia dirigida ao insight é necessário motivação para a mudança e capacidade de usar e resolver a transferência. Além disso é preciso que ele seja capaz de elaborar as perdas e suportar afetos dolorosos. A psicanálise com o idoso tem como objetivo elaboração do luto daquilo que passou, resolvendo assim conflitos interpessoais freqüentemente derivados do passado. A análise exige certa cautela já que o indivíduo pode olhar para seu passado e se dar conta de que viveu sua vida de uma maneira que agora não pode mais viver. Neste caso o objetivo deve ser de ajudar o paciente a reconciliar-se consigo mesmo, aceitando a vida vivida e as realizações conseguidas, sucessos, fracassos, sem aumentar a culpa pelo que não pode realizar ou pelos ideais de ego que não se conseguiu atingir. A idéia é que o idoso possa vivenciar através da transferência, as ansiedades e mecanismos de defesa, capacitando-o assim a experimentar a ambivalência e elaborá-la para reestabelecer objetos internos bons e a se defrontar com a velhice e a morte de modo mais amadurecido.
O trabalho no enfoque da psicoterapia breve: Uma das principais razões para a indicação da PB para idosos, seja qual fora a base, psicodinâmica, comportamental... é que ela se apoia na observação de que essas pessoas, em especial, não procuram tratamento para terem suas personalidades remodeladas, mas sim buscam um alívio para as dificuldades presentes ou uma ajuda com relação a algum problema circunscrito. Segundo Martins(1998) a intervenção breve mostra-se particularmente adequada para auxiliar indivíduos em situações potencialmente estressantes, tais como as mudanças significativas que são inerentes ao envelhecimento. Braier (1984) indica que a PB trabalha setorialmente, inclusive através da técnica interpretativa, respeitando a estrutura caracterológica do paciente, a par de seus conflitos dificilmente modificáveis, evitando desse modo mobilizações afetivas desnecessárias, excessivas e arriscadas, sendo portanto indicada no tratamento de idosos. Messer e Warren (1995) consideram que, na velhice, o indivíduo se vê confrontado com o valor e significado de seus esforços ao longo da vida, quando essa questão existencial ganha relevância e imediaticidade. Nesse sentido, a PB parece particularmente adequada, dado que o seu próprio setting, com o término determinado, recapitula o dilema central da velhice, habilitando o indivíduo a lidar com a mortalidade e com as perdas. Eles consideram que a indicação da PB para o idoso requer especialmente: contato com a realidade, potencial intelectual, comunicação verbal, estado de consciência e de alerta adequados, afetividade presente e mecanismos de defesa que permitam suficiente flexibilidade, dado que a rigidez excessiva pode tornar o processo terapêutico sem qualquer impacto significativo. Os elementos clássicos do planejamento em PB são: foco, objetivo, estratégia, duração e contrato. O trabalho no enfoque da fenomenologia: Para a fenomenologia ser-no-mundo é o modo básico de existir, referindo-se a maneira como se vive e se pode viver. Okuma (1998) diz que “é algo tão próximo de nós que pode nem ser percebido”(p.26). Para se entender o idoso nesse enfoque é necessário compreender a totalidade das capacidades que o capacitam, destrancando a visão tradicional e esteriotipada do que é ser idoso; é necessário estar com ele, em contato com as possibilidades de ser-idoso, mergulhando na intensidade da experiência, sem nenhum tipo de preconceito, de valor pessoal, de teorias que expliquem o seu comportamento. Nesta fase o ser está em busca do que se é, gerada pela falta de identidade. O idoso busca o que é ser-com-o-outro e nenhuma pessoa existe se não for com algo ou alguém. Isso é uma predeterminação existencial. Nessa abordagem a psicologia fornece a possibilidade de atribuir significados aos acontecimentos de sua existência, lembrando sempre que o sentido que uma situação tem para uma pessoa é uma experiência íntima que geralmente escapa à observação do psicólogo, pois o ser humano não é transparente e para desvendar sua experiência o psicólogo precisa de informações a esse respeito, que só serão fornecidas pela própria pessoa. A fenomenologia tem o objetivo de pesquisar a vivência. Método:
Esse trabalho foi realizado com base no levantamento bibliográfico, realizando uma pesquisa a partir da literatura sobre o idoso no que se refere a Psicologia, no enfoque da Psicanálise, da P.B. e da Fenomenologia. Conclusão: As diferentes abordagens podem ser indicadas conforme a necessidade do sujeito e principalmente pelo fato que ele poderá se beneficiar do que é oferecido por ela. Sugere-se que um bom atendimento clínico pressupõe conhecimento e adequação da técnica, conhecimento da demanda do paciente e orientação do tratamento para a valorização dos ganhos e resolução dos ataques deferidos pelas perdas de autonomia, autoestima e integridade do indivíduo idoso. Enfim, cita-se Freud: “...Setenta anos ensinaram-me a aceitar a vida com serena humildade. Talvez os deuses sejam gentis conosco, tornando a vida mais desagradável à medida que envelhecemos. Por fim, a morte nos parece menos intolerável do que os fardos que carregamos...De minha parte, acredito que essa luta incessante entre as pulsões seja tão intempestiva aos 20 como aos 70 anos.” (Freud, apud Lima, 1994) REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BRAIER, E.A.(1984) Psicoterapia Breve de orientação psicanalítica. Trad. Ipeplan. São Paulo, Martins Fontes, 1986. FREUD, S. (1904-1905) Sobre a psicoterapia. In: Edição standart brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Trad. Sob a direção de Jayme Salomão. Rio de Janeiro, Imago, 1969. p.263-278. v.7. LIMA, L.D. O valor da vida (uma entrevista rara de Freud). Arquivos de Psiquiatria, Psicoterapia e Psicanálise. n.1, p.22-24, Porto Alegre, Fundação Instituto Mário Martins, 1994. p.22-24. v.1, MARTINS, R.C. Psicoterapia Breve de idosos: avaliação de resultados. Campinas, 1998, 95p. Dissertação (Mestrado) – Pontifícia Universidade Católica de Campinas. MESSER, S.B. & WARREN, C.S. Treating children, adolescentes and the elderly: a lilespan developmental approach. In: Models of brief psychodynamic therapy – a comparative approach. New York, The Guilford Press, 1995. p.280-328. OKUMA, S.S. O idoso e a atividade física: fundamentos e pesquisa. Campinas, Papirus, 1998. VIORST, J. Perdas Necessárias. São Paulo, Melhoramentos, 1998.
13.2-PSIQUISMO PRÉ-NATAL: SUA IMPORTÂNCIA PARA A FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE DO INDIVÍDUO. GOMES, G.R. O presente trabalho refere-se à importância do psiquismo fetal para o desenvolvimento posterior do indivíduo. Constatou-se a presença de funções psíquicas no período fetal sendo elas: senso-percepção, linguagem, memória, atenção e consciência, apesar de estarem em desenvolvimento. Estas capacidades sensoriais permitem que o feto aprenda. A comunicação mãe-feto, feto-mãe e, de certa forma, pai-feto, se processa a partir de três vias: a comportamental, a extra-sensorial e a fisiológica. A partir destas comunicações o feto reconhecerá os sentimentos que sua mãe nutre por ele. Estes sentimentos modelarão a vida afeita do feto, da qual se formará os traços de personalidade deste indivíduo. O estresse que a mãe vive é nocivo ao feto, pois este recebe uma descarga hormonal que lhe provocará transtornos físicos e psíquicos. Entretanto, a aceitação do bebê por sua mãe pode amenizar estes efeitos. A forma que o feto verá o mundo dependerá de sua experiência intra-uterina. Apesar disso, certa dose de ansiedade, cólera e depressão também contribuirão de maneira positiva para a formação deste novo ser. O bebê será a continuidade do que foi enquanto feto, já que se trata da mesma pessoa. Há presença de características individuais nos fetos, inclusive gêmeos e estas características permanecerão na vida pós-natal. O parto é outra vivência importante pela qual passa o ser, pois também contribuirá para o desenvolvimento de sua personalidade e mais específicamente, sua maturidade sexual. Comprovou-se que traumas vividos neste período comprometerão o desenvolvimento físico e psíquico do feto, mas que alguns destes traumas poderão ser processados e superados na vida pós-natal através da psicanálise de bebês. Há também uma nova proposta de atuação em psicanálise que inclui o psiquismo pré-naltal, ampliando a visualização e o entendimento de determinadas configurações psicopatológicas.
13.3-ADOLESCÊNCIA: UMA DISCUSSÃO NO CONTEXTO DO COMPLEXO DE ÉDIPO. MORAES, D.A. de Buscou-se identificar as características da adolescência sendo esta feita a partir do complexo de Édipo. Para fazer um apanhado geral do assunto viu-se a necessidade de fazer uma introdução teórica, onde foram relatados os principais conceitos utilizados na psicanálise, a fim de entender com maior clareza os aspectos pertinentes à adolescência. Em um outro capítulo discutiu-se o complexo de Édipo, desde as referências feitas aos sentimentos envolvidos neste , passando pelo conceito propriamente dito, e finalizando com informações provenientes de estudos recentes sobre o complexo de Édipo, para que possamos entender profundamente o que ocorre na adolescência quando há o retorno dos sentimentos e conflitos edípicos. Pois é a partir dele que será feita a escolha de amor que será continuada na puberdade, e dará acesso à genitalidade. Sendo assim compreende-se a importância da vivência do complexo de Édipo como um efeito de estruturação da personalidade. Fez-se um apanhado mostrando que a psicanálise clássica entendeu a adolescência por muito tempo, como simplesmente, um retorno às questões infantis e, neste trabalho apresentou-se um acréscimo aos conhecimentos já estabelecidos, para o entendimento desta fase, compreendendo-a não somente como um retorno ,mas também como uma etapa que permite carregar o acesso a novas significações e ressignificação do passado. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ABERASTURY, A. & KNOBEL, M. Adolescência Normal. Porto Alegre, Artes Médicas, 1987. BLOS, Peter. Adolescência: uma interpretação psicanalítica. São Paulo, Martins Fontes, 1985. CASTELAR & FREITAS. Crise da adolescência. 1989. FREUD, S.(1915) Três ensaios da sexualidade. In: Obras Completas. FREUD, S. (1915) Sobre la psicologia del colegial. In: Obras Completas. FREUD, S. (1918-19) Los caminos de la terapia psicoanalitica. In: Obras Completas. FREUD, S.(1923) El yo y el ello. In: Obras Completas. FREUD, S.(1923-24) Esquema del psico-análisis. In: Obras Completas. FREUD, S.(1931) Sobre la sexualidad feminina. In: Obras Completas. KALINA, E. Psicoterapia de adolescentes. São Paulo, Francisco Alves, 1987. LAPLANCHE & PONTALIS. Vocabulário de psicanálise. 1986 ROSA, G. Freud e o inconsciente. 1910. WALL, W. D. A adolescência. São Paulo, Livros Horizonte, 1972 .
14-Orientador (a): Maria Leonor E. Enéas 14.1-AS VIVÊNCIAS DO PACIENTE INTERNADO. GONÇALVES, F.F. Investiga as vivências do paciente internado, considerando as variáveis: sexo, nível de escolaridade, se está empregado ou não. Os sujeitos são 28 pacientes, entre 30 e 40 anos, divididos em 2 grupos: 14 mulheres e 14 homens. Todos internados na clínica médica do Hospital Sorocabana através do S.U.S. Responderam a uma entrevista feita diretamente com cada um, contendo a questão: “Como é para você estar internado(a)?” . As informações foram anotadas e, posteriormente, estudadas a fim de elaborar categorias de vivências apresentadas pelos sujeitos. Dois juizes fizeram a análise das respostas a partir das categorias elaboradas. Após análise das categorias, observa que tanto homens quanto mulheres se sentem sozinhos durante o período da internação e se preocupam excessivamente com as responsabilidades assumidas fora do hospital. Ao oferecer um espaço para que os sujeitos relatem sobre seus sentimentos quanto a internação, foi possível estabelecer uma reflexão sobre este momento e suas causas. Observou-se que as condições sociais dos sujeitos, o nível de escolaridade influenciaram na capacidade de elaboração da pergunta feita. Muitos respondem baseados em aspectos externos, abalados com a internação, sendo que quando há a possibilidade de pensar sobre o adoecer, alcançam uma reflexão deste processo e também possíveis mudanças de atitudes anteriores. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA AMORIN, J.M.L. O trabalho do público em hospitais gerais. Psicologia e existência. São Paulo, Instituto de Psicologia Domus Animal, n.1, 1982. AMORIN, J.M.L. Psicologia hospitalar: aspectos existenciais nas internações clínicas. São Paulo, Cadernos de Psicologia, 1992. ARAUJO, F.M.B.G. et all. Conceito de pesquisa: um estudo exploratório comparando perspectivas de pesquisadores e de leigos. n.1. São Paulo, Estudos de Psicologia, 1988. CAMON, V.A.A. A Psicologia no hospital. São Paulo, 1988. CAMON, V.A.A. Psicologia hospitalar: teoria e prática. São Paulo, 1994. KUBLER-ROSS, E. Sobre a morte e o morrer. 7.ed. São Paulo, Martins Fontes, 1996. NASCIMENTO, R.A. Doenças, hospital e morte: possibilidades de interlocução entre a clínica psicanalítica e a medicina. São Paulo, Dissertação (mestrado). Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, 1992. OLIVEIRA, M.F.P.O. & ISMAEL, S.M.C. Rumos da psicologia hospitalar em cardiologia. São Paulo, 1995. ROMANO, B.W., O Psicólogo clínico em hospitais: contribuição para o aperfeiçoamento do Estado da Arte no Brasil. São Paulo, 1989. Tese Livre Docencia) – Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo.
VALLE,E.R.M. Ser-no-mundo-com-o-filho-portador-de-câncer: hermêutica de Discursos de Pais. São Paulo, 1988. Tese (doutorado) – Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo.
14.2-LEVANTAMENTO DE VIVÊNCIAS JUNTO AOS PACIENTES ADULTOS DE HEMODIÁLISE. RODRIGUES, T.S.
O objetivo deste trabalho foi o de fazer um Levantamento das vivências junto aos pacientes adultos da hemodiálise, na faixa etária dos 40 a 50 anos dentro da abordagem fenomenológica. O trabalho conta com a participação de 30 pacientes adultos de ambos os sexo, como sujeitos da pesquisa , atendidos no NEFROLAPA. A coleta de dados parte de uma pergunta de “como é para você está doente.” A análise dos dados desenvolveu-se através de categorização de respostas , formadas pelo agrupamento de expressões similares dos sujeitos e foram julgadas por dois juizes independentes. Os resultados apontam que os sentimentos relacionados ao “estar doente” é bem significativo ,pois a doença traz conseqüências para a vida dos portadores como a perda do emprego, depressão, sentimentos ambivalentes. Conclui-se que os pacientes portadores de doenças renais crônicas carecem de um acompanhamento mais sistematizado, fato sugerido pelo alto índice de sentimentos expressados em relação ao “estar doente” Demonstrando desta forma, a necessidade de continuar a pesquisa, a fim de identificar melhor os aspectos mais relevantes dentro deste aspecto de “estar doente” REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAÚJO , F. M. B. G. et all. Conceito de pesquisa: um estudo exploratório comparando perspectivas , de pesquisadores e de leigos. Estudos de Psicologia, 5 (1), 1988, p.56-73. BELLODI, P.L. Contribuição das técnicas de exame psicológico ao estudo de pacientes com insuficiência renal numa unidade de diálise infantil. Dissertação de Mestrado. São Paulo, IPUSP, 1994, 146p. MÉLETI, M. (1988) O Paciente em Hemodiálise. In: Angerami - Camon, V. A Psicologia no Hospital. São Paulo, Traço, 1988. p.149-150. NASCIMENTO, R.A. Doença, hospital e morte: possibilidade de interlocução entre a clínica psicanalítica e a medicina . Dissertação de Mestrado. São Paulo, IPUSP, 1994. VALLE, M E.R. Ser-no-mundo-com-o-filho portador de câncer: hermenêutica de discurso de pais. Tese de Doutorado. São Paulo, IPUSP, 1993.
15-Orientador (a): Maria Martha Hübner 15.1-“RELAÇÃO DOS DESEMPENHOS NO TESTE DE VOCABULÁRIO POR IMAGENS PEABOBY COM OS DESEMPENHOS EM PESQUISA SOBRE LEITURA.” OLIVEIRA, H.R. de O presente estudo teve como objetivo comparar os desempenhos do Teste de Vocabulário por Imagens Peaboby com os desempenhos em pesquisa sobre leitura baseada em estudos anteriores de linguagem de Hübner (1990), em três sujeitos com idades entre 4 e 5 anos. Os sujeitos foram crianças não alfabetizadas, mas estudantes da pré-escola de uma instituição que recebe alunos de classe média. O material utilizado consistiu de uma prancha com 130 páginas com quatro figuras diversificadas em cada página para o Teste Peaboby e um software especialmente construído para a pesquisa, rodado em um computador PC-Pentium II 300, com tela sensível ao toque. As sessões de pesquisa foram realizadas de duas a três vezes por semana e o Teste Peaboby foi aplicado antes do início das sessões de pesquisa. Foram comparados os desempenhos das principais fases da pesquisa, dentre elas: Fase A06 ( Aquisição de Leitura ), Fase A07 ( Manutenção de Leitura ), Fase A08 ( Teste de Equivalência) e Fase A10 ( Teste de Leitura Generalizada ) com os resultados nos Testes de Vocabulário por Imagens Peaboby. Dois dos sujeitos alcançaram percentil 97 e um deles, 58, que correspondem a uma classificação moderadamente alta e média alta no Teste Peaboby. Na pesquisa a emergência da leitura generalizada ocorreu em 80% e 87,5% nas fases A10a e A10b, respectivamente, no sujeito G.G., o mesmo que obteve 97 no percentil do Peaboby. O segundo sujeito, I.H. obteve 92,5% e 100%, obtendo 97 no percentil do Peaboby também e o terceiro sujeito, L.T. obteve 57,5% e 80% nas fases A10a e A10b. Os resultados nas fases da pesquisa revelaram que o treino de aquisição de leitura das palavras Boca, Cabo, Bolo e Lobo, relações AC na fase A06, possibilitou aos sujeitos a capacidade para ler palavras não treinadas anteriormente, como Caco, Coca, Bola e Bala. O Teste Peaboby mostrou que houve coerência no desempenho das crianças quanto à avaliação do vocabulário e a porcentagem de acertos no teste de leitura generalizada da pesquisa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAPOVILLA, F.C. & CAPOVILLA, A.G.S. (1997) Desenvolvimento lingüístico na criança brasileira dos dois aos seis anos. Trad: Peaboby Picture Vocabulary Test de Dunn et Dunn; Language Development Survey de Rescorla. Ciência Cognitiva: Teoria, Pesquisa e A- plicação, n.1, p.353 – 80. v.1. HÜBNER– D’OLIVEIRA, M. M. (1990) Estudos em Equivalência: uma contribuição à identificação da leitura sob controle de unidades mínimas na aprendizagem de leitura com pré-escolares. Tese de doutorado apresentada no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.
LEITE, S. (1982) Alfabetização: um projeto bem sucedido. São Paulo, Edicon. MATOS, M.A.; HÜBNER, M.M.; PERES, W. (1997) Leitura Gene-realizada: procedimentos e resultados. In: BANACO, R. (org.). Sobre Comportamento e Cognição. São Paulo, ABBytes. MELCHIORI, L.E. et al. (1989) Aprendizagem de leitura por meio de um procedimento de discriminação sem erros (exclusão): uma replicação com préescolares. n.1, pp. 89-100. v.8. NEVES, S.M.M. (1994) O papel da nomeação na formação de classes equivalentes de estímulos. Tese de doutorado apresentada à University College of North Wales, Bangor – U.K. SIDMAN, M. (1971) Reading and auditory-visual equivalences Journal of Seepch and Hearing Research. pp.5-13. SIDMAN, M. & TAILBY, W. (1982) Conditional discrimination vs. matching to sample. Na expansion of the testing paradigm. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, p.5-22.
16-Orientador (a): Marilsa de Sá Rodrigues Tadeucci 16.1-COMPARAÇÃO ENTRE A CULTURA DA ORGANIZAÇÃO E O CLIMA ORGANIZACIONAL. CACCIACARRO, A.P.F. O tema do presente trabalho é muito relevante para as empresas que pretendem estar aperfeiçoando-se para sobreviverem em um mercado tão competitivo. Através da pesquisa de clima é possível tomar conhecimento do nível da satisfação dos funcionários, para que seja possível promover melhorias em aspectos que apresentarem necessidades. No presente trabalho pôde-se constatar que a empresa em questão demonstra dificuldade no processo de comunicação, onde o mesmo apresenta-se de maneira autoritária, o que está interferindo no clima da empresa. O processo de comunicação está diretamente ligado às relações interpessoais no trabalho. Tal processo de comunicação autoritário está implícito na cultura organizacional, que são crenças e valores, a qual se mostra na referida empresa pouco dirigida aos funcionários. Foi possível constatar também que na referida empresa há ausência de valorização profissional, o que gera insatisfação e desmotivação. Concluiu-se que o clima constatado pode ser entendido como resposta a esta estabilidade apresentada pela cultura da empresa. Cabe ressaltar que o autoritarismo gera uma comunicação informal que concorre com as regras e realidade da empresa, o que não é vantajoso para tal, no entanto sabe-se no que se refere a esse aspecto que o fundador da empresa forma a cultura organizacional moldando-a à sua própria semelhança. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BENNIS, W.G. Desenvolvimento organizacional: sua natureza, origens e perspectivas. São Paulo, Edgard Blucher, 1972. BEYER, J. & TRICE, H. How an organization´s rites reveral it´s culture. In: Organizacional Dynamics, 1986. CHIAVENATO, I. Recursos Humanos. 3.ed. São Paulo, Atlas, 1995. FLEURY, M.T.L. & FISCHER, R.M. Cultura e poder nas organizações. 2.ed. São Paulo, Atlas, 1996. FLEURY, M.T.L. Cultura organizacional - os modismos, as pesquisas e as intervenções: uma discussão metodológica. 1987. p.5 KOZLOWSKI, S.W.J. & HULTS, B.M. An exploration of climates for technical updating and performance. In: Personnel Psychology, n.40, 1987. pp.539-563. OLIVEIRA, M.A. Pesquisa de clima interno nas empresas: o caso dos desconfiômetros avariados. 2.ed. São Paulo, Nobel, 1995. TOLEDO, F. & MILIONI, B. Dicionário de recursos humanos. 3.ed. São Paulo, Atlas, 1986.
16.2-QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO. FANTONI, D.S.A. Este trabalho tem como objetivo compreender quais são os indicadores da Qualidade de Vida para as empresas e para os funcionários. O trabalho, na época de hoje, é algo muito importante para todos nós, pois a maior parte da população trabalha. Permanecemos um grande período dentro das organizações, ou seja, uma grande parte de nossa vida é passada dentro desse ambiente (Rodrigues, 1998). O mercado de trabalho é um ítem determinante para a sociedade, onde exige profissionais cada vez mais qualificados, mais jovens e com muita experiência no mercado de trabalho. A Qualidade de Vida no Trabalho tem sido uma preocupação do homem desde a sua existência, onde está sempre voltada para facilitar ou trazer satisfação e bem-estar ao trabalhador na execução de seu trabalho (Limongi, 1996). O Conceito de Qualidade de Vida no Trabalho foi desenvolvido por diversos autores, mas sempre existindo um ponto em comum: a preocupação com o bem-estar físico e mental do indivíduo. Alvesson (in Limongi, 1996), estabeleceu uma relação entre stress mental, pressões no trabalho e sintomas psicossomáticos, onde as conseqüências disto são trabalhos desgastantes, esforços físicos, problemas salariais e atividades desinteressantes, na qual se mostra a importância da Qualidade de Vida no Trabalho. Associado aos sintomas psicossomáticos está o stress, que está ligado ao equilíbrio entre exigência e capacidade do indivíduo, gerando-se o bem-estar. Segundo Limongi (1996), a Qualidade de Vida no Trabalho é considerada o conjunto de ações de uma empresa que envolvem a implantação de melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais no ambiente de trabalho. A metodologia utilizada foi, um estudo exploratório com uma pesquisa de campo. A análise dos resultados foi uma interpretação dos dados coletados e um levantamento qualitativo e quantitativo desses dados. 50% dos entrevistados acreditam que as empresas estão proporcionando aos funcionários uma melhor Qualidade de Vida, pois estão valorizando, investindo e preocupados com o funcionário. Motivação e satisfação são fatores que estão faltando para um aumento da Qualidade de Vida. Portanto, levando em consideração os resultados obtidos na pesquisa, foi possível confirmar a hipótese de que a Qualidade de Vida no Trabalho está relacionada à motivação e a satisfação do indivíduo dentro da empresa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DEJOURS, C. Psicodinâmica do Trabalho. São Paulo, Atlas, 1994. LIMONGI, A.C. Indicadores Empresariais de Qualidade de Vida no Trabalho. São Paulo, 1996. 213p. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo. RODRIGUES, M.V.C. Qualidade de Vida no Trabalho. Rio de Janeiro, Vozes, 1998. 206p.
16.3-A ESCOLHA PROFISSIONAL. LESSA, É.C. Este é um trabalho que trata das influências existentes no momento da escolha de uma profissão e como foi vivido esse momento por indivíduos que já estão formados na profissão que escolheram. Para a realização deste, foram utilizadas teorias sobre os fatores que interferem no momento dessa escolha tão importante para todos os indivíduos. Também foram distribuídos 50 questionários, sendo 25 para indivíduos de 17 a 20 anos - os vestibulandos, e 25 questionários para indivíduos de 21 a 27 anos – os formados. Para a análise dos dados, as respostas foram agrupadas em categorias, tabuladas e demonstradas através de gráficos. Foi percebido que o curso mais escolhido é o de Administração de Empresas, e que a maioria que tem irmão formado é nessa profissão. Vimos também que a família não está interferindo na escolha da profissão de seus filhos, mas sim os apoiando nessa escolha. Pode-se dizer que a profissão dos membros da família está exercendo uma influência na escolha da profissão dos adolescentes, e também exerceu no momento da escolha dos indivíduos que já estão formados. Outro dado importante é que os indivíduos estão escolhendo a faculdade pela proximidade e não se é a melhor ou não, isso pode significar que os adolescentes se sentem inseguros neste fase, pois não querem sair de perto de seus pais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOCK, A.M.B. et all. A escolha profissional em questão. São Paulo, Casa do Psicólogo, 1995. LAKATOS, E.M. & MARCONI, M.A. Metodologia do trabalho científico. Atlas. SOARES, D.H.P. O jovem e a escolha profissional. Porta Alegre Mercado Aberto, 1987.
16.4-PESQUISA DE CULTURA ORGANIZACIONAL EM UMA INSTITUIÇÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO. MARCONDES, A. do C. Levando em consideração que “a cultura faz ou quebra uma organização” (Loureiro e Nelson, 1996, p. 19), surgiu o interesse em desenvolver este trabalho, que consistiu em uma pesquisa de cultura organizacional, realizada com sujeitos, que trabalham na área da saúde da presente Instituição, objetivando testar os seguintes instrumentos : PVI (Perfil de Valores Individuais); PVA (Perfil de Valores Agregados); Software CVAT (Culture and Value Analysis Tool). Sendo que o Software CVAT, foi criado por Nelson e Loureiro, especificamente para tabular e dar os resultados, referentes aos dados dos colhidos através dos questionários PVI e PVA, que avaliam valores universais utilizados para se medir a cultura em uma organização. Os quatro valores a serem avaliados, e suas conseqüentes subdimensões são : 1) Trabalho (Esforço; Velocidade ou Tempo; Concluir Tarefas; Qualidade) 2) Relações (Afeto; Empatia; Sociabilidade; Lealdade) 3) Controle (Domínio; Status; Política; Liderança) 4) Pensamento (Abstração; Planejamento & Organização; Comunicação; Flexibilidade) Como foi utilizado um questionário de múltipla escolha, basicamente o que resume a teoria e dá sustentação à presente pesquisa, é a seguinte afirmação : “A cultura das pessoas é revelada quando elas têm que tomar decisões. Em situação normal, longe das pressões, as pessoas tendem a se misturar e se comportar mais ou menos padronizadamente. Elas se revelam nos momentos cruciais, onde um conflito as obriga não somente a seguir um caminho, mas principalmente a abandonar outros.” (Loureiro e Nelson, 1996, p. 27) A amostra não foi significativa estatisticamente (2 sujeito), para uma análise mais apurada da cultura organizacional da empresa, porém foi útil para o propósito do trabalho, que foi testar os instrumentos. Os resultados foram apresentados em gráficos, e analisados de acordo com as freqüências que se apresentaram mais relevantes. Através do estudo da fundamentação teórica, aplicação, e análise dos dados colhidos, pudemos perceber que o instrumento em questão é extremamente útil, versátil, bem estruturado e confiável. Os resultados (gráficos) foram bastante reveladores, explorando e apresentando valores que tem relações intimas e coerentes com a cultura existente na Instituição pesquisada, de forma eficiente. O software aparentou ser bastante dinâmico e de fácil utilização; tabula e calcula os dados com rapidez quase que imediata, gerando gráficos e relatórios automaticamente. Conclui-se que este instrumento é de extrema importância para fins de diagnóstico, no que se refere á cultura organizacional, e também na área de pesquisa e educação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BECKHARD, R. Desenvolvimento organizacional: estratégias e modelos. São Paulo, Edgard Blücher, 1972. p.19.
MARIOTTI, H. Organizações de aprendizagem - educação continuada e a empresa do futuro. Atlas, s/d. NELSON, R. & LOUREIRO, N. Cultura organizacional – vencendo o dragão da resistência. Rio de Janeiro, Casa Imagem, 1996. TAMAYO, A. et all. Trabalho, organizações e cultura. São Paulo, Gráfica, s/d. VIEIRA PINTO, A. Ciência e existência. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1969.
16.5-"STRESS NA ORGANIZAÇÃO" MARQUES, R. T. O presente trabalho denominado “ Stress na Organização” tem como objetivo conhecer como o stress é conceituado na empresa, visando abordar quais suas causas mais freqüentes, quais as condições que causam o mesmo e conhecer quais os programas de Qualidade de Vida que visam manter o stress em níveis aceitáveis. Selye ( 1936) fez a primeira publicação sobre stress, com o título de " Síndrome produzida por vários agentes nocivos", na qual empregou a palavra stress referindo-se as reações do corpo, a um processo desenvolvido. Segundo o mesmo autor o stress teria três fases, a "reação de alarma" para a resposta inicial do corpo , já que tal síndrome ativa as defesas do corpo. Posteriormente a "fase de resistência", quando o corpo continua exposto ao agente nocivo, e quando esta situação continua a "fase de exaustão" Selye ( 1956,1986 ), denominou o conjunto de respostas do organismo " Síndrome de Adaptação Geral". Lazarus & Folkman ( 1984), definem o stress psicológico como resultante da avliação feita pelo indivíduo das suas demandas internas e externas e recursos disponíveis para administrá-las. Para Vasconcellos ( 1992, Apud REGIS, L. M, 1996) o stress é um processo psico fisiológico que poderia ser denominado de biopsicosocial. Segundo Lipp ( 1996), o stress sempre existiu, no entanto atualmente suas causas são diferentes. Para Sabattini ( s/d) ,a vida moderna traz estresse tremendos e duradouros. O stress e a dor nas costas são um são problemas mais comuns relacionados ao trabalho, afirma a Comunidade Européia ( 1992). Para Caetano ( 1997) as empresas deveriam estar mais atentas a saúde de seus funcionários. O stress afeta o desempenho dos funcionários, portanto algumas empresas estão desenvolvendo e implantando programas de prevenção do stress, promovendo melhoria na Qualidade de Vida de seus funcionários, pois a mesma está ligada ao stress. Foi utilizado estudo de caso, através de uma entrevista focalizada com uma empresa de grande porte, para o conhecimento do programa de prevenção de stress da mesma, na qual o entrevistado salienta as condições de Qualidade de Vida dos funcionários adotadas pela empresa para o controle do stress. Observou-se que a prevenção e controle do stress na empresa em questão é feito através da promoção da saúde, com alimentação adequada e balanceada, medicina preventiva com ação em doenças degenerativas e exercícios físicos nas linhas de produção. A Qualidade de Vida é também promovida através da parte social com atividades sociais para os funcionários, lazer. Concluiu-se que tais medidas que visam manter o stress em um nível aceitável dentro do limite, está obtendo resultado, no entanto, há algumas variações que são normais devido a situação atual que as empresas enfrentam., mas no geral o nível tensional está controlado. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARROBA, T. & KIM, J. Pressão no trabalho. Stress: um guia de sobrevivência. São Paulo, Mc Graw , 1998. 248p. FERNANDEZ, E.C. Qualidade de vida no trabalho: como medir para melhorar. 2.ed. Salvador, Casa da Qualidade, 1996. 115p. SELYE, H. Stress: A tensão da Vida. 2.ed. São Paulo, Ibrasa, 1965. 351p. Guia Médico da Família. Associação Paulista de Medicina, Nova Cultural. VASCONCELLOS, E.G . O modelo psiconeuroendocrinológico de stress. Apud. SERGER, L . Psicologia & Odontologia. São Paulo, Santos, 2ed. 1992, p.28. SILVA, C. Economia/ Programas promovem bem estar físico e mental. Jornal O Estado de São Paulo, 19/abril/1998. http://www.estado.com.br/jornal/98/04/19news154.html Geral /Stress por trabalho pode levar a morte. Jornal O Estado de São Paulo, 12/ abril/1996. http://www.estado.com.br/jornal/96/04/12/bana12.htm. Geral Profissões "seguras" também provocam doenças ocupacionais. Jornal O Estado de São Paulo, 22/outubro/1996. http://www.estado.com.br/jornal/96/10/22/saud22.htm. Prevenção e controle do Stress. http://www.proativa.com/sipat/stress/ LIPP, M. Deus no divã. http://www.netsit.com.br/tribuna/persona/maril079.htm LIPP, M.N. O stress ocupacional e a qualidade de vida. In: I simpósio sobre stress e suas implicações. São Paulo,1996. Anais. São Paulo. Biblioteca de Psicologia da Universidade de São Paulo, 1996. p.42-45. LIPP, M.N.15 anos de pesquisa sobre stress. In: I simpósio sobre stress e suas implicações, São Paulo, 1996. Anais. São Paulo. Biblioteca de Psicologia da Universidade de São Paulo, 1996. p.47-51. SABBATINI, R.M.E . www.nib.unicamp.br/slides/estresse/index.htm CAETANO, D. As lideranças Empresariais deviam trabalhar mais o lado emocional dos funcionários. http://www.unikey.com.br/clipping/c0113dLa.htm FARAH,W.C. http://www.avantpremiere.com/farah/farah.htm REGIS, L.M.O. O stress ocupacional no executivo, relação entre os geradores de stress na vida profissional e o estado de saúde. São Paulo, 1996. Tese- Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo.
16.6-A QUALIDADE DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS E A PRODUTIVIDADE NO TRABALHO EM EQUIPE. SILVA, F.A. Em um trabalho em equipe, a produtividade não depende unicamente da capacidade técnica de seus profissionais. As relações interpessoais estabelecidas na equipe influenciam no que esta produz. A forma como os profissionais se comunicam, como participam do trabalho e da equipe, como lidam com os conflitos existentes, a relação que estabelecem com a liderança e a forma como se relacionam entre si, influencia diretamente na produção. O grau de envolvimento e interação favorece ou dificulta o trabalho da equipe e consequentemente aumenta ou diminui a sua produção. Além destas questões apresentadas o espaço e a autonomia que a equipe dispõe dentro da empresa é de fundamental importância para o desenvolvimento de suas atividades. O sistema de administração precisa valorizar este tipo de trabalho e favorecer, proporcionando um ambiente adequado. Neste ambiente é necessário haver uma valorização da comunicação, da participação, das relações interpessoais e uma considerável autonomia da equipe. Em um primeiro momento buscou-se teorias que estudam as relações interpessoais e os sistemas de administração que favorecem este tipo de trabalho. Posteriormente através de entrevistas semi-abertas procurou-se verificar com profissionais que trabalham em equipe, se percebem uma relação existente entre os relacionamentos interpessoais e a produção. Constatou-se que o trabalho em equipe não é fácil de ser realizado, mas facilita a realização do trabalho e consequentemente aumenta a produção. A dificuldade encontrada nesta forma de trabalhar é compreensível, já que a empresa a adotou recentemente, pode-se considerar assim que estes profissionais estão se adaptando a esta nova realidade. Mesmo em fase de adaptação a este sistema de trabalho foi possível verificar que as relações interpessoais exercem uma influência direta na produtividade da equipe. Bons relacionamentos favorecem a produção, enquanto dificuldades nos relacionamentos interpessoais prejudicam o trabalho da equipe. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARBRIX, G. Trabalho em grupos e autonomia como instrumentos da competição. Revista de administração de empresas. São Paulo, v.38, n.4, pp.72-74,out./dez.1998. AZEVEDO, I.B. O prazer da produção científica: Diretrizes para a elaboração de trabalhos acadêmicos. 3.ed. Piracicaba, Unimep, 1995. 206p. BECKER, F.; FARINA, S.; SCHEID, U. Apresentação de trabalhos escolares. 12.ed. Porto Alegre, Multilivro, 1992. 69p. CHIAVENATO. I. As pessoas. In: Recursos Humanos. 4.ed. São Paulo, Atlas, 1997. pp.75-108. CHIAVENATO. I. O sistema de administração de recursos humanos. In: Recursos Humanos. 4.ed. São Paulo, Atlas, 1997, pp.33-152. EQUIPE GRIFO. Diferenças e semelhanças relativas ao trabalho de equipes. In: Times de trabalho autodirigidos. São Paulo, Pioneira, 1996. pp.5-16.
EQUIPE GRIFO. Fundamentos para Formação de um time de trabalho autodirigido. In: Times de trabalho autodirigidos. São Paulo, Pioneira, 1996. pp.19-32. FERNANDES, F.; LUFT, C.P.; GUIMARÃES, F.M. Dicionário Brasileiro Globo. 34.ed. São Paulo, Globo, 1993. LIKERT, R. Novos padrões de administração. São Paulo, Pioneira, 1961. 307p. MAILHIOT, G.B. Comunicação humana e relações interpessoais. In: Dinâmica e gênese dos grupos. 3.ed. São Paulo, Duas Cidades, 1976, pp.64-75. MAXIMINIANO, A.C.A. Gerência de trabalho de equipe. 4.ed. São Paulo, Pioneira, 1993. 106p. ________. Liderança. In: Introdução à administração. 4.ed. São Paulo, Atlas, 1995, pp.355-381. ________. Dinâmica de grupos. In: Introdução à administração. 4.ed. São Paulo, Atlas, 1995, pp.386-408. MENDONÇA, L.C. Participação na Organização: uma introdução aos seus fundamentos, conceitos e formas. São Paulo, Atlas, 1987. 143p. MOSCOVICI, F. Equipes que dão certo - multiplicação do talento humano.4.ed. Rio de Janeiro, José Olympo, 1998. _________. Competência Interpessoal. In: Desenvolvimento Interpessoal.- Treinamento em grupo.4.ed. Rio de Janeiro, José Olympo, 1999, pp.32-42. _________. Importância do Feedback nas relações interpessoais. In: Desenvolvimento Interpessoal.- Treinamento em grupo. 4.ed. Rio de Janeiro, José Olympo, 1999. pp. 53-65.
17-Orientador (a): Mary Rosane Monesi 17.1-A IMPORTÂNCIA DO CAPITAL HUMANO NA QUALIDADE EM SERVIÇOS GANEU, C.M.A. Objetivo Sinalizar às empresas , que seu Capital Humano, somente ele pode fazer funcionar sistemas e equipamentos, produzindo e gerando Qualidade. Síntese Teórica Todo produto ou serviço é realizado através Capital Humano das empresas , portanto, a obtenção da Qualidade depende da conscientização das organizações e do apoio das pessoas. Método Inicialmente foram feitas entrevistas com profissionais do mercado, onde se buscou verificar junto as empresas qual a importância da Qualidade no dia a dia da empresa, qual o papel do funcionário mediante a Qualidade e se a empresa se preocupa em investir visando Qualidade. No segundo momento foram analisados os dados obtidos, com a finalidade de fazer um comparativo entre as empresas entrevistadas. Para obtenção destes dados foram usados questionários. Discussão dos Resultados Pode se perceber que as três empresas entrevistadas apresentam um grande diferencial, sua preocupação com seu Capital Humano. Cada uma o tem como um determinado valor. Considerações Finais Pode-se notar que cada empresa busca da sua forma proporcionar o melhor para seus funcionários, uma investem mais, outras menos. Todas têm a visão do valor do Capital Humano, mas cada uma age de acordo com sua prioridade, sendo que esta prioridade muitas vezes é o lucro sem investimento algum. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, L.G. Qualidade: introdução a um processo de melhoria. 2.ed. Rio de Janeiro, José Olympio, 1988. BEAUREGARD, M.R. Qualidade impulsionada pelos empregados: liberando a criatividade em sua organização através de sistemas de sugestões. São Paulo, Makron Books, 1996. CAMP, R.C.B. O caminho da qualidade total. São Paulo, Pioneira, 1993. CAMPOS, V.F. Gerência de qualidade total: estratégia para aumentar a competitividade da empresa brasileira. Rio de Janeiro, Block, 1990. CHIAVENATO, I. Como transformar RH (de um centro de despesas) em um centro de lucros. São Paulo, Mackron Books, 1996. DEMING,W.E. Qualidade: a revolução da administração. Trad. Clave comunicações e recursos humanos. Rio de Janeiro, Saraiva, 1990.
LAS CASAS, A.L. Qualidade total em serviços: conceitos, exercícios, casos práticos. São Paulo, Atlas, 1994. LOBOS, J. Qualidade através das pessoas. 9.ed. São Paulo, Eletronic, 1991. MARINS, L.A . O capital humano. In: Video committ,1990. MAXIMIANO, A.C.A. Introdução a administração. 4.ed. São Paulo, Atlas, 1995. NADÓLSKIS, H. Comunicação redacional atualizada. 3.ed. São Paulo, Pedagógicas, 1995. SANT’ANA, P.A. Programa de iniciação científica e pesquisa: trabalho de graduação interdisciplinar da Faculdade de Psicologia da Universidade Mackenzie. São Paulo, 1999.
18-Orientador (a): Ney Branco de Miranda 18.1-A IMPOTÊNCIA PSIQUICA À LUZ DE “INIBIÇÕES, SINTOMAS E ANGÚSTIA.” BERTAGNI, A.M. O tema central deste trabalho é a análise do conceito de sintoma em suas articulações com a Medicina e principalmente, com a Psicanálise. A partir das diferenças teóricas existentes entre essas duas áreas de conhecimento e consequentemente, de suas repercussões no método clínico, busca – se justificar a necessidade de uma reflexão a respeito da noção de psiquismo. A teoria freudiana inspirou esta reflexão, uma vez que supõe que muito mais que uma manifestação aparente e objetiva, determinados sintomas podem indicar causas outras que não a existência de uma estrutura orgânica patológica que, ao ser tratada, extinguiria a enfermidade da qual o paciente sofre. Em outras palavras, a expressão física de um sintoma psíquico, aonde quer que esteja localizado e quer cause ou não dor ao paciente, pode estar simbolizando, ao nível de um órgão ou mesmo de uma função, um conjunto de fantasias inconscientes, isto é, pode estar expressando de forma mascarada a realização de desejos inconscientes. Disto resultou a possibilidade do estabelecimento de uma estreita relação entre os conceitos de, sintoma, inibição e angústia, associando - os à impotência psíquica manifestada através da impotência sexual, visto que, no que diz respeito à esta manifestação especifica, levantam - se questões sobre a eficiência técnica do tratamento, principalmente, no sentido de não destituir este paciente de seu aparelho psíquico. Quer dizer, no sentido de reconhecer que para além de um corpo, há um psiquismo, muitas vezes, responsável pela constituição do sintoma abordado, o que impede uma solução isolada constituída pela administração de medicamentos. A metodologia utilizada consistiu na realização de recortes de obras psicanaliticas, principalmente da obra freudiana, a propósito das noções de sintoma, inibição, angústia e da psicologia do amor. Partindo – se do pressuposto de que as vivências durante o transcorrer e no declínio do complexo de Édipo têm importância fundamental no que diz respeito à estruturação psíquica, fica possível entender que ele também se manifesta na idade adulta, interferindo nos relacionamentos. Nesse sentido, em alguns casos de impotência sexual, percebe – se uma estratégia inconsciente de defesa contra o ressurgimento do complexo edipiano. Ou seja, para além da aparência e expressão corporal desta patologia, existem complexos psíquicos inconscientes que buscam uma forma de satisfação que se dá justamente através da manifestação da impotência sexual enquanto um sintoma. Desta forma, através dessa patologia pode – se satisfazer um desejo e ao mesmo tempo, não se permite que a consciência tome conhecimento desses conteúdos de natureza proibida, funcionando o sintoma como uma defesa contra a angústia que a percepção consciente desses desejos proibidos causaria. Assim, a causa etiológica da impotência sexual, quando não orgânica, pode residir no medo de se incorrer na situação do complexo de Édipo, mais
especificamente no que diz respeito à realização do incesto e o temor de castração, o que leva à utilização desse sintoma como estratégia de evitá – lo. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA FREUD, S. (1893 – 1895) Estudos sobre a histeria (Breuer e Freud). Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Rio de Janeiro, Imago, 1996. v.2. _________. (1909) Cinco lições de psicanálise. In: op. cit.. v.11. _________. (1910) Um tipo especial da escolha de objeto feita pelos homens. In: op. cit., v.11. _________. (1912) Sobre a tendência universal à depreciação na esfera do amor. In: op. cit. v.11. _________. (1914) Observações sobre o amor transferêncial. In: op. cit. v.12. _________. (1917) Os caminhos da formação dos sintomas. In: op. cit. v.16. _________. (1917) O sentido dos sintomas. In: op. cit. v.16. _________. (1925) Inibições, sintomas e angústia. In: op. cit. v.20. _________. (1937) Análise terminável e Interminável. In: op. cit. v.23.
18.2-RELAÇÃO ENTRE A CULPA E A RELIGIÃO. MERCADANTE, C. O tema relacionado à religião é amplamente discutido e estudado na psicologia. Suas abordagens são as mais diversas. A religião não é só estudada pela psicanálise e por Freud, mas também por autores não menos importantes. Através de uma pesquisa bibliográfica, principalmente dos trabalhos de Freud que tratam deste assunto, objetiva-se elucidar qual a ligação existente entre os aspectos religiosos e a culpabilidade. A princípio, a culpa parece reforçar e estimular o crente a cultivar o sentimento de culpa. Existem, dentro da religião, diversas proibições e obrigações, que tornam-se dívida ao fiel e que devem ser cumpridas, pois caso o contrário podem acarretar diversas penitências, desde as mais leves até as mais sacrificantes. Os trabalhos de Freud ajudam a elucidar a importância que as crenças tem para a civilização, dando respostas para o que não pode ser explicado para a ciência e para a psique humana, dando suporte para o desamparo diante das forças que o homem não pode controlar como a morte ou a fúria da natureza. Diante dos estudos feitos por Freud, partindo da teoria Darwinista, pode-se perceber que o problema da culpa na religião surgiu a partir de um fato que ocorreu no início da civilização, e que foi de tão grande importância que acabou sendo arraigado na herança arcaica dos homens, e transmitido de geração em geração. Este fato deu-se na época em que os homens tinham um sistema totêmico, a primeira forma de religião conhecida. Os homens viviam em hordas, e estas tinham um chefe, chamado por Freud de pai primitivo, este fora assassinado por outros membros do clã que invejavam o seu lugar, a ambivalência de sentimentos ligados à esta pai, é que deu origem ao sentimento de culpa que todos os homens carregam. Freud também faz uma analogia do processo neurótico com os cultos religiosos. Nesta analogia explica que da mesma maneira que os neuróticos obsessivos fazem rituais para evitar um possível mal e os fiéis dedicam-se a rezas e cerimoniais que objetivam o mesmo fim. A Igreja, portanto apenas toma como base este sentimento comum na humanidade para firmar-se, oferecendo em troca a sua proteção e uma promessa de uma vida póstuma sem sofrimentos. A religião, portanto não originou o sentimento de culpa, este está tão presente no inconsciente humano desde sua origem, que todo o sistema social se estrutura basicamente à sua volta. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CHAUSSEGUET-SMIRGEL, J. Algumas reflexões sobre Freud e a religião. Revista de Psicanálise – SSPA, v. 1, n.1, p.197-210, 1993. ESCOBAR, J. R.. Psicanálise e religião. Revista de Psicanálise – SSPA, v.2, n.1, p.163171, 1990. FREUD, S. (1907) Atos obsessivos e prática religiosa. In: Edição Standard Brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Trad. Jayme Salomão. Rio de Janeiro, Imago, 1969. v.9.
_________. (1910) Cinco lissões de psicanálise. In: Edição Standard Brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Trad. Jayme Salomão. Rio de Janeiro, Imago, 1969. v. 11. _________. (1927) Futuro de uma ilusão. In: Edição Standard Brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Trad. Jayme Salomão. Rio de Janeiro, Imago, 1969. v. 21. _________. (1939) Moisés e monoteísmo. In: Edição Standard Brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Trad. Jayme Salomão. Rio de Janeiro, Imago, 1969. v. 23. _________. (1927) Mal-estar na civilização. In: Edição Standard Brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, Trad. Jayme Salomão. Rio de Janeiro, Imago, 1969. v. 21. _________. (1913). Totem e tabu. In: Edição Standard Brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Trad. Jayme Salomão. Rio de Janeiro, Imago, 1969. v.13. NETTO, G.A. Sentimento de culpa e religião. In: SILVA, A.F.R. (org.) Culpa, aspectos psicanalíticos culturais e religosos, São Paulo, Iluminuras, 1998. p.71-81. ZILBORG, G. Psicanálise e Religião. Rio de Janeiro. Psiquê Alma e Religião, Vozes, 1969.
18.3-SENTIMENTOS E CONFLITOS DESPERTADOS PELO SEXO. OLIVEIRA, C.S. de REVISÃO DA LITERATURA E DISCUSSÃO TEÓRICA Procuramos através deste trabalho, ilustrar a importância da sexualidade para a vida dos indivíduos e o quanto de traumática ela é. O presente trabalho não visa provar alguma hipótese levantada, o seu caráter é apenas a nível de uma reflexão sobre alguns temas relacionados à sexualidade. Também esperamos que o trabalho auxilie outros estudantes e profissionais que vejam a sexualidade humana como fonte de pesquisa. Este trabalho foi feito sob a ótica da Psicanálise e de seus contribuintes, não nos referimos apenas a Sigmund Freud, mas também os autores Joyce McDougall, Luiz Alfredo GarciaRosa, Maria Rita Kehl e Anthony Giddens, a partir de suas obras foi possível fundamentar este trabalho. A escolha da fundamentação teórica aconteceu na visão da Psicanálise por acreditarmos que ela demonstra preciosas contribuições sobre o desenvolvimento sexual infantil e também por ter sido a Psicanálise que fez descobertas sobre temas que até hoje depois de cem anos de seu nascimento, ainda causam tanto desconforto. Se a sexualidade dos homens fosse como a dos animais, com certeza a vida seria mais simples, mas também seria mais pobre. O sexo entre humanos sempre foi marcado pelo mistério e pela indeterminação. Características estas que tornam o tema sexualidade uma fonte inesgotável de pesquisa. Partindo de alguns conflitos despertados pelo sexo, citados no início de cada capítulo e fundamentados por três postulados da Psicanálise, sendo eles o Complexo de Édipo, o Narcisismo e a Sublimação. Postulados que justificam os conflitos mas que também apresentam uma forma de solucioná-los. Porém todos os conflitos e possíveis soluções que foram levantados neste trabalho são problemas questionáveis devido ao tipo de pesquisa ter tido apenas um caráter reflexivo. MÉTODO, DISCUSSÃO, RESULTADOS E CONCLUSÃO O presente trabalho teve um caráter bibliográfico tão somente. Não buscamos provar nenhuma hipótese, apenas levantamos questões referentes à sexualidade, a um nível de reflexão. Os resultados obtidos foram retirados dos pensamentos dos autores citados à caráter de reflexão sendo eles: distúrbios pessoais e problemas sexuais e o Complexo de Édipo como possível causador de tais conflitos; sexualidade humana e seus traumas e o Narcisismo como um dos possíveis causadores destes traumas; superego e lei e a busca através da Sublimação como uma forma de redirecionamento da pulsão sexual para um novo objetivo socialmente aceito. A título de aplicabilidade o presente trabalho fica como um resumo de temas referentes a conflitos provenientes da sexualidade e suas possíveis soluções. Podendo ser de grande valia para estudantes que vejam na sexualidade uma fonte de curiosidade e também poderá ser fonte motivadora de uma futura pesquisa. A sexualidade humana é essencialmente traumática e ao mesmo tempo, fantástica fonte de enriquecimento da personalidade. Finalizando acredito que o caminho já foi aberto, basta agora somente aventurar-se por ele, e pelos mistérios existentes na sexualidade humana.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FREUD, S. Além do princípio do prazer.. Rio de Janeiro, Imago,1980. v.17. FREUD, S. A interpretação dos sonhos. Rio de Janeiro, Imago, 1980. v.4. FREUD, S. Gradiva de Jansen. Rio de Janeiro, Imago, 1980. v.9. FREUD, S. O Futuro de uma civilização - o mal estar da civilização. Rio de Janeiro, Imago, 1980. v.21. FREUD, S. O ego e o id - uma neurose demoníaca do séc. XVII. Rio de Janeiro, Imago, 1980. v.19. FREUD, S. Totem e Tabu. Rio de Janeiro, Imago, 1980. v.18. FREUD, S. Um caso de histeria - três ensaios sobre sexualidade. Rio de Janeiro, Imago, 1980. v.7. GIDDENS, A. A transformação da intimidade. São Paulo. Unesp, 1993. KEHL, M. R. A mínima diferença. Rio de Janeiro, Imago, 1996. LAPLANCHE, J.; PONTALIS, J.B. Vocabulário de psicanálise. 2.ed. São Paulo, Martins Fontes, 1992. McDOUGALL, J. As múltiplas faces de eros. São Paulo, Martins Fontes, 1997. PORTER, R.; TEICH M. Conhecimento sexual, ciência sexual, São Paulo, Unesp, 1998. ROSA, L.A.G. Introdução à metapsicologia freudiana- 3.ed. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1995.
19-Orientador (a): Patricia Pazinato 19.1-A QUESTÃO DO FOCO EM PSICOTERAPIA BREVE. CAMPOS, V. Visa-se investigar aspectos relacionados ao foco em Psicoterapia Breve de Orientação Psicanalítica Considerada a queixa formulada pelo paciente, perguntou-se a)como o terapeuta chega à delimitação do foco e sua sustentação durante o processo terapêutico; b) como foi a aceitação por parte do paciente frente a proposta do foco, além de como este foi trabalhado durante o processo terapêutico e o quais os resultados obtidos. Realiza-se uma pesquisa bibliográfica acerca do assunto partindo de referencial teórico ancorado nas idéias centrais de Malan. Foi feito estudo de caso com um sujeito: paciente do sexo feminino, atendida por terapeuta-estagiária (quintanista) na clínica psicológica de uma Universidade. Procedimento: seleção de um caso através da leitura dos casos concluídos por alta dos pacientes, que estavam em processo de follow-up. Instrumentos: seleção de trechos de relatórios. Proposta de análise de dados: a)Leitura das sessões e do relatório síntese do processo; b)Seleção dos trechos que permitam reflexão; c)Relação destes com conceitos dos autores; d)Organização de acordo com sua especificidade para os problemas estudados. Segundo Malan, a interpretação psicoterapêutica deve basear-se no esquema dos triângulos de conflito. O primeiro trata-se da seqüência defesa, ansiedade e sentimento encoberto; o segundo consiste na direção destes à tríade de pessoas (outros, terapeuta e pais). Afirma que os melhores resultados em Psicoterapia Breve ocorrem quando há a inclusão de aspectos do conflito nuclear nas interpretações relacionadas ao foco. Também ressalta que os fatores fundamentais para a obtenção dos objetivos num processo psicoterapêutico breve são a seleção de pacientes com foco definido e correto planejamento terapêutico. Entende-se, através deste estudo, que a inclusão de aspectos do conflito nuclear pode trazer benefícios que se estendam à outras áreas da vida do paciente, porém para alcançar-se tal objetivo acredita-se ser necessário que o paciente possua recursos egóicos, capacidade de insight e motivação suficientes para disponibilizar-se a trabalhar seus conflitos. Através do caso estudado pôde-se corroborar as idéias centrais propostas por Malan. Todavia, por tratar-se de um estudo qualitativo e não conclusivo é necessário observar-se a relatividade destas considerações. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRAIER, E.A. Psicoterapia breve de orientação psicanalítica. São Paulo, Martins Fontes, 1991. CERVO, A.L. Metodologia científica. São Paulo, Makron Books, 1996. FIORINI, H.J. Teoria e técnica de psicoterapias. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1995. LAPLANCHE, J. Vocabulário da psicanálise. São Paulo, Martins Fontes, 1992. LEMGRUBER, V. Psicoterapia breve: a técnica focal. Porto Alegre, Artes Médicas, 1984. LEMGRUBER, V. Psicoterapia breve integrada. Porto Alegre, Artes Médicas, 1997. MALAN, D.H. As fronteiras da psicoterapia breve. Porto Alegre, Artes Médicas, 1981.
MALAN, D.H. Psicoterapia individual e a ciência da psicodinâmica. Porto Alegre, Artes Médicas, 1983 SILVA, S.M. Psicoterapia breve: modalidades de foco e suas implicações no planejamento terapêutico. São Paulo, 1997. n.p. Dissertação (Mestrado) – Universidade de Guarulhos.
19.2-A INTERVENÇÃO DA PSICOTERAPIA BREVE COM ATLETAS SOKOLOWSKI, M.C. O presente visa investigar a possibilidade da utilização da Psicoterapia Breve com atletas, especificamente nadadores. Utilizou-se o aporte teórico da Psicoterapia Breve ou Focal, visando identificar: o estabelecimento de focos, formas de intervenção do terapeuta e a utilização da EEC (Experiência Emocional Corretiva). Os sujeitos constituem uma equipe mista de natação com idade entre 17 e 20 anos de idade, que foram abordados através de observação alheia e entrevista livre. Através do levantamento de dados, notou-se o aparecimento de conflitos que gerariam temas para focos terapêuticos, a saber: ansiedade relacionada ao próprio limite, relacionada à fantasia frente ao treino e competições, diante da cobrança externa e interna, do tempo e planejamento de treino, e das avaliações realizadas nos treinos e competições. Há indícios significativos da importância da relação técnico-atleta como suporte e prevenção de ansiedades. Diante desses resultados é possível considerar favorável a utilização da P.B. nessa área. Sugere-se que sejam feitas novas pesquisas ampliando o tema. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AZEVEDO, I.B. (1995) O prazer da produção científica. São Paulo, Unimep. CABRAL, A. (1997) Dicionário técnico de psicologia. São Paulo, Cultrix. HADDOCK, R.J. (1973) Psicologia dos esportes. São Paulo, Atlas. LEMGRUBER, V. (1997) Psicoterapia breve integrada. Porto Alegre, Artes Médicas. LIPP, M.N. (1990) Como enfrentar o stress. São Paulo, Ícone. SAMULSKI, D. (1981) Psicologia do esporte: intervenção prática. Minas Gerais, Revista Brasileira de Educação Física, n.3. SANTOS, E.D. (1997) Psicoterapia breve: abordagem sistematizada de situações de crise. São Paulo, Ágora. SINGER, R.N. (1977) Psicologia dos esportes: mitos e verdades. Trad. Marina T. B. Porto Vieira. São Paulo, Harbra. THOMAS, A (1939) Esporte: introdução à psicologia. Trad. Maria Lenk. Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico. VASCONCELLOS, E.G.(1992) I simpósio de psicologia do esporte. São Paulo, Universidade de São Paulo. VIANA, M.F. (1989) Competição, ansiedade e auto-confiança: implicações na preparação do jovem desportista para a competição. Revista Treino Desportivo, 12. YOSHIDA, E.M.P. (1990) Psicoterapia psicodinâmica breve e critérios psicodiagnódticos. São Paulo, EPU. WINNICOTT, D.W. (1987) Privação e delinquência. Trad. Álvaro Cabral. São Paulo, Martins Fontes.
19.3-A INFLUÊNCIA DA PRIVAÇÃO DOS CUIDADOS MATERNOS NA FORMAÇÃO DE DISTÚRBIOS SOMÁTICOS NA INFÂNCIA. DOMINIADE, M.M.B. ESTE
TRABALHO TEM O OBJETIVO DE INVESTIGAR SE EXISTEM RELAÇÕES ENTRE ASMA BRÔNQUICA E PRIVAÇÃO DOS CUIDADOS MATERNOS. COM A FINALIDADE DE ANALISAR OS RESULTADOS, A PESQUISA FOI BASEADA E APOIADA FUNDAMENTALMENTE NAS TEORIAS DE WINNICOTT E AUTORES AFINS. NUM PRIMEIRO MOMENTO, FOI FEITA UMA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA E, EM SEGUIDA, FORAM REALIZADAS ENTREVISTAS COM UM MÉDICO PNEUMOLOGISTA DE 45 ANOS E UMA PESSOA PORTADORA DE ASMA, DO SEXO FEMININO, 23 ANOS. FEITO ISSO, FORAM SELECIONADOS TRECHOS DO MATERIAL COLETADO DAS ENTREVISTAS, PERTINENTES AO TEMA ESTUDADO, BUSCANDO TRAÇAR POSSÍVEIS RELAÇÕES ENTRE OS DADOS COLHIDOS E A TEORIA. DESSA FORMA, FOI POSSÍVEL REFLETIR SOBRE A PROBLEMÁTICA APRESENTADA. UMA ANÁLISE DAS ENTREVISTAS FEITAS, MOSTRA QUE EXISTEM RELAÇÕES ENTRE A ASMA E A PRIVAÇÃO DOS CUIDADOS MATERNOS. FORAM ENCONTRADOS INDÍCIOS DE FALHA NO PROCESSO DE INTEGRAÇÃO E PERSONALIZAÇÃO. SENDO ASSIM, TÉCNICAS DE HOLDING E HANDLING, PARECEM SER ADEQUADAS NO PROCESSO TERAPÊUTICO. SUGERE-SE QUE NOVAS PESQUISAS POSSAM SER REALIZADAS, AMPLIANDO O TEMA E BUSCANDO MAIOR ESPECIFICIDADE SOBRE QUAIS OS ALCANCES DA PRIVAÇÃO E SUA NATUREZA.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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19.4-ASPECTOS ESTRUTURAIS DA HISTERIA DE CONVERSÃO MASCULINA FERNANDES, P.N. Trata-se de um estudo qualitativo no qual foi realizada uma revisão literária a respeito de alguns aspectos da estrutura histérica no homem.Objetiva-se tentar esclarecer traços da estrutura desta neurose de modo a contribuir para um diagnóstico diferencial . Utiliza-se conceitos psicanalíticos da escola francesa de Lacan, considerando aspectos estruturais. Ilustra-se com trechos de caso clínico exposto em uma revista de psicanálise na internet. A escolha do caso deu-se pela manifestação sintomatológica clássica do sujeito, ilustrando um quadro conversivo. Sujeito do sexo masculino, 26 anos, casado, filha de 8 meses, 4 irmãos,1 irmã.Apresenta um quadro de paralisia nos membros superiores, mudez ,dificuldade de deambulação, sem características orgânicas.Apresentou sintomas parecidos em duas situações, uma de fracasso e outra no nascimento da filha, na última, diante de uma situação que aparentemente colocava à prova sua masculinidade. O sujeito interrompe o atendimento, no momento em que na transferência, a cena que antecedeu à paralisia se repete. Durante muito tempo, e atualmente, a histeria masculina escondeu-se por trás de diagnósticos socialmente mais adequados, já que, falar em histeria, é colocar em dúvida a própria virilidade masculina, tanto de quem manifesta como para quem a diagnostica se deparando com o próprio lado histérico.A hipótese é que os profissionais, diante da possibilidade de identificação com seus pacientes, resistem em identificar no homem este tipo de afecção beneficiando-se através de camuflagens diagnósticas. O homem histérico sofre da mesma forma que a mulher, por não ter a certeza de sua identidade sexuada. Sua relação com o outro feminino, é alienada em um tipo de representação da mulher idealizada e inascessível, com a qual ele evita o encontro sexual, utilizando-se de artifícios como uma encenação homossexual, a impotência ou comportamento leviano com mulheres. O estado de insatisfação e compulsão ao fracasso, também são freqüentes. Percebe-se uma enorme variedade de sintomas, o que contribui com a necessidade de alguns psicanalistas de diagnósticos diversos .A histeria masculina não tem tantos séculos de história a seu favor, mas ao dirigir a escuta analítica ao discurso do paciente, sem no entanto fazer projeções pessoais neste discurso, haverá maior possibilidade destes histéricos manifestarem-se favorecendo seu percurso em direção à cura. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BERGERET, J. A linguagem neurótica. In: Personalidade normal e patológica. Porto Alegre, Artes Médicas,1989.101-105p. BLEICHMAR, E.D. Conversão - caráter máximo do modelo. In: O feminismo espontâneo da histeria-estudos narcisistas da feminilidade. Porto Alegre, Artes Médicas, 1988. p.141-151. DOR, J. A estrutura histérica-estrutura histérica e lógica fálica. Os traços da estrutura histérica. A histeria masculina. A relação com o sexo no histérico masculino. In: Estruturas e clínica psicanalítica. Rio de Janeiro, Taurus,1997, p.65-93. FERRAZ, F.C. & VOLICH, R.M. et alli. Das neuroses atuais à psicossomática. In: Psicossoma- psicossomática psicanalítica. São Paulo, Casa do Psicólogo, 1997, p.2324.
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19.5-O SENTIMENTO INCONSCIENTE DE REJEIÇÃO MATERNA NA CRIANÇA E O SURGIMENTO DE SINTOMAS AUTÍSTICOS MONTEIRO, A. A investigação acerca da existência de uma relação entre o sentimento inconsciente de rejeição materna na criança e o surgimento de sintomas autísticos é o tema central deste trabalho. O estudo, feito a partir da análise de fragmentos de depoimentos de indivíduos autistas e pessoas que convivem com esta população, teve o aporte da Escola de Psicanálise Inglesa, com maior enfoque da teoria kleiniana. Levantou-se ainda bibliografia de alguns autores que conceituam o autismo num referencial científico, relacionado ao campo da saúde. A descrição clínica do autismo, serviu como base para a compreensão dos sintomas que envolvem tal patologia. A análise de dados partiu da leitura do material, seleção dos títulos significativos para análise do tema, relacionando o material recortado com o aporte teórico, fazendo uma discussão dos aspectos relevantes, para por fim, tecer as considerações finais Foram levantados pontos importantes acerca do estabelecimento de relações objetais entre mãe e bebê, fazendo-se uma descrição dos processos e mecanismos que envolvem esta relação, a saber: introjeção, projeção, ansiedade persecutória, sentimento de aniquilação e onipotência. Procurou-se estar relacionando o processo de estabelecimento de relações objetais e o desenvolvimento de sintomas autísticos, levantando questões relevantes a relação. O sentimento inconsciente de rejeição pode estar sendo vivenciado pela criança como algo frustrante e ameaçador, que provém do mundo externo, podendo indicar uma dificuldade em entrar em contato e lidar de forma adequada com estes conteúdos do mundo externo, o que contribuiria para o desenvolvimento de sintomas autísticos. Este sentimento poderia surgir ainda de uma dificuldade da mãe em estabelecer uma relação saudável com o bebê, o que indicaria uma possível falha do meio externo, permeando e dificultando o estabelecimento da relação primária entre mãe e bebê, Levanta-se ainda a possibilidade de uma associação destes dois primeiros momentos como fatores que contribuíram para o desenvolvimento de sintomas do autismo, tendo assim três hipótese: uma dificuldade na maneira como o bebê reage aos cuidados maternos; a forma como a mães cuida deste bebê e ainda uma associação destes dois momentos. Assim, considera-se possível a relação deste sentimento com o surgimento de sintomas do autismo dentro da investigação realizada, sendo, no entanto, levantadas outras duas hipóteses que dificultam a afirmação de a colocação inicial é verdadeira, permitindo a sugestão de que novas pesquisas sejam realizadas com o intuito de contribuir à um melhor entendimento do autismo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AJURIAGUERRA, J. & MARCELLI, D. Manual de Psicopatologia Infantil. 2.ed. Porto Alegre, Artes Médicas, 1991. 454p. ALVAREZ, A. Companhia viva: psicoterapia psicanalítica com crianças autistas, boderlines, carentes e maltratadas. Porto Alegre, Artes Médicas, 1994. 255p.
CABRAL, Á. & NICK, E. Dicionário Técnico de Psicologia. 7.ed. São Paulo, Cultrix, 1994. 406p. FERREIRA, A.B.H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1975. 1499p. HINSHELWOOD, R.D. Dicionário do Pensamento Kleiniano. 2.ed. Porto Alegre, Artes Médicas, 1992. 507p. http:// www .autismo.com.br Casa da Esperança. http:// www. geocities.com/athens/partenon/3245/ Autismo. http:// www. geocities.com/Heartland/village/8635/index.html Autismo de Alto Desempenho. http:// www.ama.org.br AMA – Associação Amigos do Autista HÜBNER, M.M. Guia para elaboração de monografias e projetos de dissertação de mestrado e doutorado. São Paulo, Pioneira, Mackenzie, 1998. KLEIN, M. Nosso mundo adulto e sua raízes na infância. In: Inveja e gratidão e outros trabalhos. Rio de Janeiro, Imago, 1985. p.281-297. ________. Algumas conclusões teóricas sobre a vida emocional do bebê. In: Inveja e gratidão e outros trabalhos. Rio de Janeiro, Imago, 1991. p.85-113 LAPLANCHE, J. & PONTALIS, J.B. Vocabulário da Psicanálise. São Paulo, Martins fontes, 1990. 522p. MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS – DSM-IV, 4.ed. Porto Alegre, Artes médicas, 1995. SACKS, O. Um antropólogo em marte: sete histórias paradoxais. São Paulo, Companhia das Letras, 1995. 332p. SCHWARTZMAN, J.S. et alii. Autismo Infantil. São Paulo, Memnon, 1995. 285p. SEVERINO, A.J. Metodologia do Trabalho Científico. 20.ed. São Paulo, Cortez, 1996. 272p. SPITZ, R.A. O primeiro ano de vida. 5.ed. São Paulo, Martins Fontes, 1988. 279p. TUSTIN, F. Autismo e Psicose Infantil. Rio de Janeiro, Imago, 1975. 208p. WINNICOTT, D.W. Psicose e cuidados maternos. In: Textos selecionados: da pediatria à psicanálise. 4.ed. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1993. p.375-386.
19.6-A COMPREENSÃO DAS RELAÇÕES HUMANAS NAS ORGANIZAÇÕES COM BASE NA TEORIA DE D.W.WINNICOTT QUEIROZ, F. OBJETIVO DO TRABALHO O objetivo do trabalho é relacionar algumas das contribuições de Winnicott sobre a tendência anti-social e o falso self, com a análise de comportamentos como a mentira e a dissimulação manifestados em uma empresa. Busca-se averiguar se esses comportamentos apresentados por alguns indivíduos dentro de uma organização podem ser compreendidos como formas ou indícios de um desenvolvimento emocional inadequado. O trabalho procura avaliar se a estrutura de uma empresa de grande porte, pode facilitar os falsos relacionamentos interpessoais, assim como verificar as identidades profissionais, que se definem a partir de identificações com a autoridade e poder, podendo ser de acordo com a abordagem Winnicottiana, resultado de uma privação sofrida. SÍNTESE TEÓRICA No que tange ao aspecto teórico, as contribuições de Winnicott em relação ao desenvolvimento emocional individual, servem de base para analisarmos o significado da tais manifestações comportamentais dentro de uma instituição. Segundo WINNICOTT (1994) a tendência anti-social está sempre relacionada com uma falta/ privação importante no passado do indivíduo. Com base em tal afirmação, percebe-se que a privação acarreta o comportamento antisocial que pode ser identificado em uma empresa, tendo relevância social. A violência, a mentira, o desrespeito no trabalho podem aparecer em diversos níveis do contexto atual. Para BERNARDI (1999) a brutalidade no ambiente de trabalho envolve muitas vezes a violência psicológica, que acaba por abafar a autoconfiança e põe em jogo o respeito pelo ser humano. A falta de respeito dentro de uma organização faz com que as pessoas adotem uma postura que carece de autenticidade de forma que consigam manter-se no emprego. De acordo com WINNICOTT (1982) o indivíduo passa a construir relacionamentos falsos (falso self), como resultados de uma defesa. MÉTODO Afim de avaliar os tipos de relações humanas presentes em uma empresa e o conceito formado com base na vivência prática, fez-se a análise de uma entrevista. O sujeito foi escolhido aleatoriamente e apresenta vinte e seis anos de experiência em empresas multinacionais. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os resultados obtidos deram indícios afirmativos que a empresa precisa evoluir no sentido de se tornar um lugar ideal para trabalhar. Quando uma organização e, sobretudo seus dirigentes não são dignos de crédito, pode-se perceber a ocorrência de uma privação atual, dentro de um contexto que não é capaz de representar uma espécie de maternagem na sua estruturação e que faz com que os indivíduos nela inseridos se defendam apresentando um falso self, cujos indícios podem ser a dissimulação e a mentira. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: BERNARDI, M.A.B. Chefes brutais. Você S.A... v.8, fev./1999. p32-39.
CABRAL, A & NICK, E. Dicionário técnico de psicologia. 10.ed. São Paulo, Cultrix, 1995. 406p. DAVIS, M. & WALLGRIDGE, D. Limite e espaço: uma introdução à obra Winnicott. Rio de Janeiro, Imago, 1982. 275p. FERREIRA,A.B.H. Minidicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1985. 506p. LEVERING, R. & MOSKOWITZ, M. The 100 best companies to work for in America. EUA, 1984. WINNICOTT, D.W. A família e o desenvolvimento individual. Trad. Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo, Martins Fontes, 1993. 247p. WINNICOTT, D.W. O ambiente e os processos de maturação. Porto Alegre, Artes Médicas, 1982. WINNICOTT, D.W. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro, Imago, 1975. 215p. WINNICOTT, D.W. Privação e delinqüência. Trad. Álvaro Cabral. 2.ed. São Paulo, Martins Fontes, 1994.
20-Orientador (a): Paulo Afrânio Sant´Anna 20.1-A IMPORTÂNCIA DA SINCRONICIDADE NA INTERAÇÃO DO INDIVÍDUO COM O MEIO EXTERNO. SÁ, D.M.K. Este trabalho foi realizado com o intuito de averiguar a ocorrência da sincronicidade, no momento da vivência da paixão, bem como sua contribuição para tal fenômeno. Foi realizado uma pesquisa, com uma amostragem de dez indivíduos, sendo metade do sexo masculino, e a outra do sexo feminino, através de um questionário e uma entrevista semi – dirigida. Essa pesquisa demonstrou que a vivência da paixão provoca uma atração ente o indivíduo e o objeto de desejo, levando-o a perceber o outro de forma idealizada, e que esse estado alterado de percepção da realidade, cria condições para a ocorrência do evento sincronístico. Foi averiguada a ocorrência dos fenômenos da paixão e da sincroniciade, assim como a relação entre os mesmos. Entretanto, além dos eventos sincronísticos ligados aos arquétipos Anima e Animus, ocorreram outros, relacionados a diferentes conteúdos inconscientes, não correspondente à paixão, levando- nos a sugerir uma nova pesquisa para descobrir a origem de tal material inconsciente. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA AUGRAS. .(1980) Dimensão simbólica. 2.ed. Petrópolis, Vozes. JAFÉ. (1995) Ensaios sobre a psicologia de C.G.Jung. 10.ed. São Paulo, Cultrix. JUNG. (1995) Fundamentos da psicologia analítica. 7.ed. São Paulo, Vozes. JUNG. (1998) O desenvolvimento da personalidade. 6.ed. São Paulo, Vozes. JUNG. (1997) Sincronicidade. 7.ed. Petrópolis, Vozes. LESSA. (1975) Precognição. 1.ed. São Paulo, Duas Cidades. PROGOFF. (1997) Jung, sincronicidade e o destino humano. 9.ed. São Paulo, Cultrix. VON FRANZ. (1997) Advinhação e sincronicidade. 12.ed. São Paulo, Cultrix. VON FRANZ. (1997) Reflexos da alma. 12.ed. São Paulo, Cultrix. SANFORD.(1987) Os parceiros invisíveis. 5.ed. São Paulo, Paulus. WHITMONT. (1997) A busca do símbolo. 10.ed. São Paulo, Cultrix.
20.2-A REPRESENTAÇÃO DO MUNDO AFETIVO DE CRIANÇAS SUPERDOTADAS: UM ESTUDO JUNGUIANO ATRAVÉS DOS SONHOS. ORIANDI, G.L. A presente monografia teve como objetivo constatar como é representada a vida afetiva de crianças superdotadas. Para isso foram analisados os sonhos de uma criança superdotada, à fim de se estabelecer uma relação entre os sonhos desta e as situações vivenciadas pelo sujeito em seu cotidiano, atentando para a forma como estava representada sua afetividade à nível inconsciente. Primeiramente foram discutidos os conceitos teóricos da excepcionalidade como um todo, para depois ser especificado a excepcionalidade com relação à superdotação. O estudo foi realizado através da abordagem da psicologia analítica de C. G. Jung, onde foram citados seus conceitos básicos, assim como sua visão sobre o “bem dotado”. A metodologia da monografia baseou-se em etapas, para obtenção dos dados com o sujeito, que se dividiram em: entrevista inicial de sensibilização, ligações telefônicas diárias para estímulo dos registros dos sonhos e entrevista para a discussão dos sonhos e amplificação. A partir dos dados foi possível perceber a dificuldade do sujeito diante de situações emocionais e relacionais, o que sugere uma afetividade pouco direcionada em função de uma super valorização do campo intelectivo REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA JUNG,C.G. O desenvolvimento da personalidade. 6.ed. Petropólis, Vozes, 1986. JUNG,C.G. The arquetypes and the collective unconscious. 2.ed. Nova Iorque Princeton University Press. JUNG,C.G. The structure and dinamics of the psyche. 2.ed. Nova Iorque, Princeton University Press, 1968. LAFFONT,R. Dicionaire des symboles. Paris, Jupiter, 1969. MANFRED, L. Dicionário de simbologia. São Paulo, Martins Fontes, 1997. NOVAES, M.H. Desenvolvimento psicológico do superdotado. São Paulo, Atlas, 1979. ROSEMBERG, R.L. Psicologia dos superdotados: identificação, aconselhamento, orientação. São Paulo, Olympio,1973. SANT’ANNA. Um estudo dos arquetípos nos sonhos de portadores de HIV. São Paulo,1996. TELFORD & SAWREY. O indivíduo excepcional. 5.ed. Rio de Janeiro, L.T.C.,1988.
21-Orientador (a): Paulo Roberto de Camargo 21.1-ESTUDO DAS PERCEPÇÕES E FANTASIAS EM FÃS DO SERIADO ARQUIVO X ACERCA DO RELACIONAMENTO DO CASAL PROTAGONISTA. CANHETE, T.C. A ficção científica, além de abordar várias temáticas, possui caráter antecipatório, pois permite postularmos o futuro e seus elementos. Inserido no meio televisivo, de enorme poder mobilizador ( que pode ser observado nas imitações de personagens pelo público) e ao mesmo tempo reflexo da ideologia social, o gênero da ficção científica permite conhecer aspirações, crenças e valores da sociedade atual. Dado este fato, escolheu-se estudar a percepção de fãs da série Arquivo X para verificar alguns desses elementos assim como levantar-se questões e reflexões acerca da nossa condição humana, além de observar até que ponto a idéia da cisão entre razão e emoção é presente. O seriado arquivo x é considerado um dos grandes sucessos do gênero da ficção científica e conta a história de dois agentes do fbi, fox mulder e dana scully, que investigam os arquivos x, ou seja, casos cujos acontecimentos não têm explicação. além de abordar vários assuntos relacionados à ficção científica, enfoca também a relação do casal protagonista, que envolve atração sexual mútua, mas que até agora tem sido abafada. Foram aplicados questionários em 5 voluntários fãs do seriado acerca do relacionamento do casal protagonista. a análise dos questionários mostrou que , em arquivo x, como na maioria das histórias de ficção científica, a vida emocional humana, especialmente a sexualidade, é desvalorizada e considerada como prejudicial ao “desenvolvimento” e realização de objetivos, corroborando com sobchack (1990), que verificou o mesmo fato nas obras de ficção científica até a década de 80. em contrapartida, a vida racional/tecnológica é super valorizada, sobrepondo-se a outras necessidades humanas, o que é demonstrado pela repressão do amor/desejo dos protagonistas da série, reforçada pela opinião da maioria da amostra. Esta situação demonstra que a noção de “evolução” refere-se apenas ao avanço tecnológico e que o caráter antecipatório da ficção científica(na maioria das obras) não envolve as relações humanas, ou seja, a sexualidade e relações sociais mais satisfatórias não são enfatizadas. O progresso é progresso tecnológico. A evolução humana, implicando na valorização das emoções e todas as conseqüências que disso possa decorrer , é freqüentemente deixada de lado. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA DELGADO, M.P. Uma antologia da ficção científica, desde os primórdios da literatura fantástica até os dias atuais. Texto disponível na internet: http://www.geocities.com/Area51/8609/Histfic.html. [ 08 set.1998] LAPLANCHE , J. & PONTALIS. Idealização. In: Vocabulário de psicanálise. Trad. Pedro Tamen; dir. Daniel Lagache. São Paulo, Martins Fontes, 1992. Trad. Vocabulaire de la Psychanalyse. p.224-225
LÁZARUS, A.A. Treinamento em expressividade emocional. In: Psicoterapia Personalista: uma visão além dos princípios do condicionamento. Minas Gerais, Interlivros, 1982. Cap.6., p.117- 137 SEGAL, H. Introdução à obra de Melane Klein. Trad. Júlio C.Guimarães; dir. Jayme Salomão. Rio de Janeiro, Imago, 1975. SOBCHACK, V. The virginity of astrounauts: sex and the science fiction film. In: KUHN, A. Alien Zone:Cultural Theory and Contemporary Science Fiction Cinema. Londres, Verso,1990. cap.9. p.103-115 SOIFER, R. A Criança e a TV: uma visão psicanalítica. Trad. Iara Rodrigues. Porto Alegre, Artes Médicas, 1992. TAVARES, B. O que é ficção científica. 2.ed. São Paulo, Brasiliense, 1992.
22-Orientador (a): Paulo Roberto Monteiro de Araújo 22.1-A FRUSTRAÇÃO EXISTENCIAL E SUA INTERFERÊNCIA NO CRESCIMENTO INDIVIDUAL. SYDOR, NEY ROBERTO Este trabalho tem o objetivo de esclarecer e auxiliar o entendimento do termo Frustração existencial que tem englobado a vida de muitas pessoas na atualidade. A finalidade consiste em auxiliar o estudante no contato com a realidade das condutas humanas, no que se refere a aspectos do crescimento e da maturidade. Sendo o desenvolvimento humano a variável que indica o modo pelo qual o indivíduo se relaciona, é importante conhecer quais fatores propiciam aproximação ou distância deste com o mundo e consigo mesmo. Fundamenta-se que aspectos psíquicos e emocionais delimitam algumas opções das pessoas à situações diversas. Entre elas, a dificuldade de dar sentido a um sentimento por vezes estranho, como um sentimento de vazio. Aplicou-se o enfoque do termo Frustração existencial através do existencialismo segundo Viktor Emil Frankl, pelo sentido da existência do homem, da vida e sua liberdade de escolha. O conteúdo desse trabalho, foi fundamentado por um levantamento bibliográfico, pois a proposta é de enfocar simplesmente aspectos teóricos. Acrescenta-se a esse desafio, esclarecer a busca do homem por suas respostas, que normalmente estão dispostos sob disfarces na negativa de reconhecer ausência de conteúdos internos mais o medo de entrar em contato consigo. Ao longo do trabalho concluiu-se que algumas opções revelam um indivíduo com uma existência de uma falta de conteúdos sentimentais. O estudo conclui também que a chave para a felicidade humana é a possibilidade de experienciar “trocas” afetivas sendo que cada atitude manifesta um modo de contato humano. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA FRANKL, V.E. Die psycotherapie in der Praxis. Trad. Cláudia M. Caon 4.ed. Campinas, PAPIRUS, 1991. 310p. _________. Um psicólogo no campo de concentração. Aster, Lisboa, 1984, 131p. _________. Logoterapia y Análisis Existencial. Trad. Jonas Pereira dos Santos Campinas, PSY II, 1995. 303p. SÁ, C.R. Estudo conceitual sobre a depressão. In: I encontro sobre psicologia clínica, 1997, São Paulo. p. 172. KIERKEGAARD, S. O conceito de Angústia. 2.ed. Presença, 1998. 245p. MELLACE, A. A chave da felicidade humana. In: I congresso da associação católica de psiquiatras e psicólogos. São Paulo, 1998 p. 1-24 FREUD, S. (1910) Contribuições à psicologia do amor I – um tipo especial de escolha de objeto feito pelos homens. Rio de Janeiro, Imago, 1980. v.11. _________. (1912) Contribuições à psicologia do amor II - sobre a tendência
universal à depreciação na esfera do Amor. Rio de Janeiro: Imago, 1980. v.11. STERN, K. In: Simpósio do Institute of Man sobre neurose e crescimento pessoal, Duquesne University, Pittsburgh, Pa., 18/novembro, 1966 ROGERS, C. Tornar-se pessoa psicologia e pedagogia – on becoming person. Trad. Manuel José do Carmo Ferreira. São Paulo, Martins Fontes, 1961. CABRAL, Á. & NICK, E. Dicionário técnico de psicologia. 12.ed. São Paulo, Cultrix 1997. 406 p. FRANKL, V. et all. Dar sentido à vida – A logoterapia de Viktor Frankl. 2.ed. Rio de Janeiro, Vozes, 1992.
23-Orientador (a): Ricardo Alves de Lima 23.1-A INSTABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DISFUNÇÃO ERÉTIL: POSSÍVEIS RELAÇÕES. 1999-1º SEMESTRE. NEVES, S.D. O presente trabalho teve como objetivo discutir as possíveis relações entre o problema de disfunção erétil e a instabilidade econômico/financeira. Segundo especialistas, podemos definir a disfunção erétil como uma incapacidade do pênis à ereção. A hipótese aqui levantada, é de que a instabilidade econômico/financeira, reflete diretamente na vida sexual dos homens, levando-os ao problema de disfunção erétil. Culturalmente, os homens têm a confirmação de sua masculinidade, no modo como desempenham seus papéis fora da família e na sua posição de liderança. Se um indivíduo passa a depender economicamente de sua parceira, ou não tem condições de atender às exigências da mesma, podemos supor que estas situações sejam geradoras de insegurança. Assim sendo, o que se busca relacionar é que, quando este indivíduo não consegue atender às cobranças impostas pelas pressões da sociedade, há um aumento da ansiedade e da angústia, ele se sente incapaz e isso reflete em sua vida sexual, mais especificamente na ereção. A amostra aqui estudada, foi composta por 90 homens com idades entre 22 e 52 anos, com idades uniformemente distribuídas. Eram, em sua maioria, casados, com uma faixa de renda variando entre 1 e 8 salários mínimos. Muitos encontravam-se desempregados e dependiam financeiramente de suas parceiras. Um percentual significativo da amostra tinha consciência de que seu problema estava relacionado à área profissional/financeira ruim. É importante ressaltar que as situações descritas ao longo deste trabalho estão ocorrendo em maior número a cada dia, mas tal fenômeno ainda não é tratado com a devida importância. Desta forma, seria interessante a realização de novas pesquisas nesta área, a fim de se aprofundar os conhecimentos sobre o tema e, a médio prazo, haver uma atitude preventiva em relação à disfunção erétil. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ANDOLFI, M.; ANGELO; C.; SACCU; C. (1995) O casal em crise. trad. Silvana Finzi Foá, Sumus, São Paulo. MITCHELL; J. (1988) Psicanálise da sexualidade feminina. trad. Luiz Orlando C. Lemos, Campus, Rio de Janeiro. COSTA; M. (1993) Sexo: o dilema do homem – força e fragilidade. Editora Gente, São Paulo. GRASSI; M.V.F.C.; BRUNS; M.A.T. (1995) Sexualidade masculina: misterioso silêncio. Revista Brasileira de Sexualidade Humana. n.2, Iglu, São Paulo. v.6. HUNT; M.M. (1974) Sexo, teoria e prática. trad. Raul de Polillo. IBRASA, São Paulo. SILVA, L.M. (1995) O comportamento sexual de homens de baixa renda com disfunção erétil. Revista Brasileira de Sexualidade Humana. n.1, Iglu, São Paulo. v.6. SLUSKI, C.E. (1994) Psicopatologia e psicoterapia do casal. Psy II, São Paulo.
24-Orientador (a): Rosa Maria Galvão Furtado 24.1-NOVA LEI DE DIRETRIZES E BASES E A REFORMA DE ENSINO NO BRASIL BORGES, M.F. A existência de uma LDB que avançasse no sentido de apontar para a construção de uma escola pública democrática e de boa qualidade é uma reivindicação de todos os que se preocupam e lutam contra o quadro vergonhoso a que tem sido relegada a educação em nosso país. Após muita mobilização foi promulgada em 20/12/96, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9394/96 e com ela a necessidade de uma reforma geral na educação. Como vem caminhando a reforma atual e em que aspectos a reformulação da L.D.B tem sido aproveitada? O presente trabalho começa com uma discussão teórica fazendo um apanhado histórico que vai sendo comparado com a atualidade . O capítulo 1 por exemplo fala dos nossos primeiros educadores, os jesuítas, de como se caracterizava a educação gratuita já naquela época, levando a reflexão sobre o que foi ficando enraizado, ou seja, as conseqüências percebidas até os dias de hoje, logo seguem-se textos que tratam da formação do professor, questionamentos e comparativos da lei 9394/96 com outras anteriores, reforma no ensino e parâmetros curriculares, a questão da educação especial. Vai se fazendo uma análise da situação geral da educação e das conseqüências que vieram com a nova reforma. E para averiguar como está de fato essa situação na prática, a investigação foi realizada em escolas públicas, tomando-se como sujeitos educadores, pais e alunos. O instrumento utilizado para coleta de dados foi o questionário e através destes confirma-se a descrença dos profissionais, clientela e comunidade em geral. A reforma parece não ter atingido resultados satisfatórios. Profissionais da educação insatisfeitos mostram-se saturados com o magistério e fazem uma análise da reforma como algo que veio principalmente para destruir de vez o ensino público. Os alunos, parecem não estar compreendendo bem estas novas mudanças, perdendo a noção dos seus direitos e deveres, mostrando-se sem perpectivas. Os pais por sua vez parecem não ter mais clareza do seu papel na conscientização e educação dos filhos. Como se estivessem alheios a atual situação, direcionam esta responsabilidade exclusivamente a escola. Enfim o objetivo geral do trabalho leva a discussão e reflexão a respeito destes pontos relevantes. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA AQUINO, J.G. Artigo: ética e generosidade. Revista Educação - ano 25 n.200, Segmento, abril /1998. BARRETO, A.E. Introdução aos parâmetros curriculares Nacionais. Brasília/MEC/ SEF, 1997 In: Revista Educação/ Apeoesp, 1998. p.55. BUHOLAWSKY, R.H.A Psicopatologia do vínculo profesor -aluno: o professor como agente socializante. In: PATTO, M.H.S. (org.) Introdução à psicologia escolar. SãoPaulo, 1981, p.320-341.
CUT- Rumo a construção de um projeto educacional para o país. Departamento Nacional dos Trabalhadores em Educação da CUT- São Paulo, 1997. GOLDBERG, M.A.A. Que escola é esta? 1984. p.2 MARLETE, S.L. Depoimento: mais atenção para os deficientes. Revista Nova Escola Ano 12 n.100- Fund. Vitor Civita, março/1997. p.5. MOREIRA, A.F.B. Artigo: os parâmetros curriculares nacionais jornal. Apeoesp. Secretaria de Assuntos Educacionais e Culturais, setembro/ 1997. p.3-5. ROMANELELLI, U.O. História da educação no Brasil. Rio de Janeiro, Vozes, 1997. SECCO, A.A. Os novos colegas- Revista Veja, Ano 32, n.10. ed.1588, abril-março/1999. p.122-123. SIESP ( Sindicato dos Estabelecimentos do Ensino do Estado de São Paulo).Comparativo da Lei 9394/96 com as Leis 4024/61 . SILVA, A.V. Artigo: o que a LDB vai mudar no ensino? Nova Escola, Ano 12, n.100 p. 44-47. Fund. Vitor Civita, março/ 1996. VALENTE, I. A nova LDB em questão (PT/SP). Brasília, junho/1997.
24.2-METODOLOGIA TEACCH. GARCIA, C.M.S.X. Antes de tudo, gostaria de deixar claro que reconheço que o estudo realizado não pode constituir-se em modelo abrangente, visto que a mostra constitui-se de sujeito único, porém levando-se em consideração que mesmo nas Instituições destinadas a essa clientela, as classes funcionam com número de alunos (2/3 alunos por sala) e que poucos professores concordam em participar do estudo, torna-se mais fácil compreender a dificuldade para obtenção dos sujeitos. Ao iniciar meu estudo colocava em discussão a eficiência da metodologia Teacch aplicada a crianças autistas, salientando que trabalhava na Instituição, vinha percebendo que com o passar do tempo, crianças submetidas a esse método vinham demonstrando um crescimento em comportamentos mal adaptativos dentro da sala de aula. Nesta Instituição, usa-se o Método Teacch38, elaborado para atender alunos autista. Segundo esta metodologia, a teoria comportamental é que guia tanto a pesquisa quanto os procedimentos desenvolvidos por esta teoria. Após conhecer melhor a tecnologia comportamental que embasava a metodologia Teacch, encontrei nos escritos de Iñesta e de Windholz orientações suficientes que me permitiram elaborar o programa motivacional baseado em sistema de fichas e reforçamento diferencial que possibilitou a mm uma outra “leitura” da situação. Em primeiro lugar, a revisão teórica levou-me a compreender motivos pelos quais a aplicação do método apresentava resultados tão frustrantes para a Instituição. Compreendi que o indivíduo autista precisa entender claramente o que é esperado dele e com isso vai ocorrer considerável diminuição de sua ansiedade, melhorando seu ritmo de trabalho e levando-o a adquirir novas habilidades. A pesquisa permitiu-me também aprender que muitas vezes o indivíduo se recusa ao trabalho por Ter perdido o interesse ou que já explorou até realizar suas necessidades e nesses casos, é preciso respeitar o indivíduo. Aprendi que quando a criança autista se opõe, negando-se ao trabalho, o profissional deve saber lidar com a situação e posteriormente tentar proceder a uma análise funcional da situação para compreender os “porques” e solucioná-los nas ocasiões seguintes. Skinner39 fala que se quisermos compreender um comportamento, devemos investigar quantitativamente os efeitos de cada variável com os métodos e as técnicas de uma ciência. Segundo ele, o uso de instrumentos melhoram o nosso contato com o comportamento e com as variáveis dos quais o comportamento é função. Percebe-se que, nesta Instituição, há uma dificuldade em se estar lidando com alguns comportamentos exibidos por alguns alunos tais como: auto e hetero- agressão, gritos, negar-se ao trabalho, rir fora de hora e estragar o material. Nota-se que há um despreparo e desconhecimento dessas técnicas nos profissionais que lidam com esses indivíduos dificultando assim o trabalho com os mesmos. Os profissionais não são treinados a estarem aplicando as técnicas comportamentais e quando o fazem, fazem baseados em “achismo” sem a preocupação de um estudo mais criterioso e profundo de tais comportamentos. Para Windholz40, preparar educadores de crianças excepcionais é um desafio. Desafio porque é uma área em que se precisa descobrir desde como conhecer e, eventualmente mudar valores, até como ensinar a usar princípios técnicos específicos.
Segundo Vatavuk41, profissionais que trabalham com crianças autistas devem receber capacitação em 8 área: 1º) - Avaliação da criança em diferentes situações; 2º) - Envolvimento dos pais em colaboração com a família; 3º) - Ensino estruturado; 4º) - Manejo de comportamentos; 5º) - Desenvolvimento de Aquisição de comunicação; 6º) - Aquisição de habilidades sociais; 7º) - Como ensinar capacitando nas áreas de independência e vocacional e; 8º) - Desenvolvimento de habilidades de lazer e recreação. Em relação à capacitação nestas 8 áreas, esta Instituição se comporta da seguinte forma: Segundo o primeiro item, na avaliação da criança em diferentes situações, esta Instituição nem sempre leva em consideração as dificuldades inerentes a cada criança autista. Muitas vezes o que se via era o profissional armando situações de dificuldades para o aluno, sem que houvesse um preparo antecipado ao aluno para resolver certas situações que ele não estava apto a enfrentar. Windholz em seu Guia Curricular, fala que é preciso colher nas “Informações Iniciais” saber qual é o comportamento dos seus alunos que devem ser promovidos para que o profissional passa lidar melhor com as situações de vida real, quais condições anteriores devem existir para que se possa instalar ou fortalecer esse comportamento, qual o material, em que tipo de ambiente deve ser conduzido o treino para maximizar o aproveitamento pelos alunos. No item envolvimento dos pais em colaboração com a família, nota-se somente uma participação financeira e administrativa. O Programa Teacch é restrito só a Instituição, e o aprendizado do aluno não é generalizado a outros ambientes, quer por dificuldades do próprio indivíduo, ou seja, aprendem habilidades ou comportamentos em uma situações, mas não tem capacidade em transferi-las para uma outra situação, ou porque não há devida preocupação para tal por parte dos funcionários. Como exemplo pode ser citado o fato de alguns alunos só comerem certo tipo de alimento dentro da Instituição, em outros ambientes como lares e restaurantes, não o fazem. Segundo Mesibov42, o planejamento educacional do Teacch, deve ser sensível ao ambiente onde o aluno vive (sua casa) e que irá viver quando adulto. É importante a inclusão no programa educacional dos desejos e estilos de vida da família do aluno. Se os pai querem ou precise que o aluno participe do jantar com a família ou que ocupe produtivamente seu tempo de lazer, o aluno profissionais deveriam se esforçar muito na tentativa de ensinar estas habilidades. O terceiro item, segundo a Metodologia Teacch, o ensino é estruturado e organizado de maneira a permitir que o trabalho decorra da melhor forma possível e onde cada coisa e lugar tenham uma visão que permita a clareza do que é proposto e estimule a independência e comunicação. A rotina é um recurso útil e importante, porém muitas vezes tem-se caído no erro, pois não é dosada adequadamente, e ao invés do trabalho ser gradativamente mais produtivo, o que se nota, em alguns alunos, é o aumento dos problemas de conduta, por exemplo, negativismo. Com relação ao quarto item, manejo de comportamentos, percebe-se que não há um programa específico para se lidar com comportamentos inadequados e consequentemente, dificuldades em se trabalhar com alguns comportamentos exibidos por alguns alunos. Notase que há um despreparo e desconhecimento das técnicas comportamentais. Falta também
atendimento que dê suporte psicológico aos funcionários e professores que trabalham com os autistas para que possam lidar melhor com a contra- transferência. No item Desenvolvimento e aquisição de Comunicação espontânea, é dado nesta Instituição extrema importância. Em primeiro lugar é ensinado ao aluno que existe um meio de comunicação através de um ato expressivo. Este ato é individualizado para cada aluno com uma gama de opções que inclui produzir sons, tocar sino, tocar objetos, figuras, palavras. Aos alunos que têm alguma habilidade de comunicação é estimulado vocabulário adicional mais estruturado, de sentenças complexas ou expandir os sistemas de linguagem falada e escrita. Nesta Instituição, os objetivos quanto a este item têm sido satisfatórios e os alunos desenvolvem sua comunicação, dentro de suas limitações. No sexto item, habilidades básicas e úteis e significativas para a vida adulta, como por exemplo, usar banheiro, colocar sapatos, pedir ajuda, algo para beber, atividades de cozinha, ir a restaurantes, ir de ônibus até um determinado lugar. Esta última atividade, andar de ônibus, é desenvolvida de forma a deixar que o aluno resolva sozinho desde como tomar até como portar-se dentro do ônibus, ou quando/como fazer para descer, sem uma prévia preparação, causando muita angustia ao ponto de alterar o comportamento do aluno durante todo o período de aula, após o ocorrido. O sétimo item, áreas de independência e vocacional, nesta instituição, com relação a independência, percebe-se que o aluno tem se desenvolvido dentro de suas limitações. Já na área vocacional, não tem sido explorado adequadamente pelos profissionais. Os programas relacionados a habilidades de lazer e recreação no oitavo item, percebe-se claramente que é direcionado à estrutura de exercícios, pois alguns autistas possuem peso acima da média, má postura física e dificuldades em executar movimentos relativamente simples e este programa tem colaborado de forma contundente para evitar muito desses problemas. O indivíduo com autismo tende a apresentar altos níveis de ansiedade; eles estão freqüentemente frustrados pelas constantes confrontações com o ambiente que é imprevisível e opressivo. Por causa de seus déficits cognitivos, têm dificuldades de entender o que é esperado deles e o que está acontecendo ao seu redor; a agitação e a ansiedade são reações compreensíveis diante desta constante incerteza. Impor a uma criança autista que tome um ônibus sozinha, sem que ela nunca tenha passado por esta essa experiência e sem que tenha havido trabalho adequado de preparação anterior; ou estourar balões para que a criança perca o medo, é sem dúvida, falta de competência, profissionalismo e, sobretudo, humanidade. Compreendi finalmente que somente um instrutor treinado, que conheça o embasamento da metodologia e que seja firme na aplicação do procedimento estabelecido, poderia obter êxito. Ao proceder desta forma com S1, pude comprovar na prática, aquilo que havia começado a compreender na revisão teórica. Finalmente posso afirmar que a metodologia Teacch não é a responsável pelos resultados insatisfatórios que a Instituição vem obtendo. Creio hoje que se os agentes institucionais envolvidos se propuserem a adotar programas baseados em uma proposta séria e comprometida com a teoria de base, os resultados com certeza no futuro serão diferentes. Concluindo, diante de tais fatos, a metodologia Teacch é uma prática educacional útil e eficaz na aplicação com crianças ou adultos com autismo para fazê-los funcionar inseridos em nossa cultura; porém, o que falta, são educadores que conseguem ver o mundo através
de seus olhos, e usar esta perspectiva para ensiná-los a funcionarem inseridos em nossa cultura de forma adequada e independentemente tanto quanto possível. _____________________________________ 38.
SCHWARTZMAN & ASSUMPÇÃO, 1995: 77 idem ibidem, 12, p 45 41. idem ibidem, 1, p 135 42. Artigo ainda não publicado, escrito em 1996 por MESIBOV & SHEA, intitulado: A cultura do Autismo: do entendimento teórico à prática educacional. 40.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ASSUMPÇÃO JR.; F.B. Transtornos invasivos do desenvolvimento. São Paulo, Lemos, 1997. IÑESTA, E.R. Técnicas didáticas de modificações do comportamento: aplicação do atraso no desenvolvimento. São Paulo, E.P.U, 1980. KELLER, F.S. Aprendizagem: teoria do reforço. São Paulo, E.P.U, 1973. MESIBOV, G.B. & SHEA, V. A cultura do Autismo: do entendimento teórico à prática educacional. Divisão Teacch. Departamento de Psiquiatria da Carolina do Norte em Chapell Hill, 1996 (artigo ainda não – publicado) SCHWARTZMAN, J.S. & ASSUMPÇÃO, F.B. et.all. Autismo Infantil. São Paulo, Memnon, 1995. SKINNER, B.F. Ciência e comportamento humano. São Paulo, Martins Fontes, 1994. WHALEY, D.L. & MALOTT, R.W. Princípios elementares do comportamento São Paulo, E.P.U, 1980-1981. WINDHOLZ, M.H. Guia curricular para o ensino de habilidades básicas. São Paulo, Edicon, 1988.
24.3-FORMAS ALTERNATIVAS DE EXPRESSÕES NA TENTATIVA DE COMUNICAÇÃO/ INTEGRAÇÃO COM O GRUPO. SOUZA, P.A. de Para nós é tão natural o fato de ouvir, que não nos damos conta dos problemas que poderiam existir se não possuíssemos a nossa audição. Alguns teóricos classificam os níveis de perdas auditivas, afim de que possamos identificar o grau do problema e buscar meios mais adequados para amenizá-lo. A etiologia da mesma é um grande referencial tanto para o estudo de um caso específico, como para prevenção de futuros. Neste estudo, aborda-se a questão investigando-se teoricamente os seguintes temas: (Audição Normal X Deficiência Auditiva; Histórico, Classificação e Etiologia; Linguagem e Comunicação; Métodos de Comunicação Alternativas; Deficiência Auditiva X Desenvolvimento Cognitivo; Família e Deficiente Auditivo), buscamos compreender o funcionamento destas crianças enquanto indivíduos portadores de deficiência. No caso em estudo, muitas foram as descobertas. Uma delas foi a forma como K. adaptouse ao novo grupo ao qual inserida ( passou a comunicar-se em sinais –forma de comunicação do grupo- e não mais usou a comunicação verbal- código linguístico antes utilizado por ela- neste grupo. Seu desenvolvimento cognitivo, segundo relatos de sua mãe e da coordenadora pedagógica da escola foram favoráveis, além de estar começando a ler- o que não vinha acontecendo anteriormente- está disposta a aprender coisas novas. Está se relacionando bem com os colegas de classe ( ficam no recreio juntos, brincam e conversam entre si), está mais sociabilizada e já não apresenta os sintomas antes referidos pela professora da sala comum, que se referia ao fato de K. não estar alfabetizada e não se relacionar com o grupo da sala, portanto ficava isolada e não tinha interesse pela escola. Entre a nossa primeira entrevista (início do segundo semestre de 1998) e nosso último encontro ( meados do primeiro semestre de1999), observei uma considerável mudança em seu comportamento, estava mais comunicativa, falou sem restrições na fita gravada; comunicava-se com seus colegas de sala por sinais e demonstrava estar situada tanto no contexto escolar quanto pertencente ao grupo que agora faz parte. dele. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CABRAL, A.N. Dicionário técnico de psicologia. São Paulo, Cultrix, 1994. p.216. CICCONE, M. Comunicação total- introdução, estratégia a pessoa surda. Rio de Janeiro, Cultura Médica, 1990. FERNANDES, E. Problemas linguísticos e cognitivos do surdo. Rio de Janeiro, Agir, 1990. GALLAGHER, J.J. Educação da criança excepcional. São Paulo, Martins Fontes, 1991. HARRIS, C. Manual para el control del ruído. Madrid, Instituto de Estudios de Administracion Local, 1977. JOINT, C. (1982) In: CICCONE, M. Comunicação Total. Rio de Janeir, Cultura Médica, 1990. KNOBEL, M. Psiquiatria infantil psicodinâmica. Buenos Aires, Paidós, 1977.
LERNER (1971) In: MARCHESI, A. Desenvolvimento psicológico e educação. Porto Alegre, Artes Médicas, 1987. p.132. PAIVA, A. Distúrbios de comunicação: estudos interdisciplinares. Rio de Janeiro, Cortez, 1981. PIAGET, J. Vida e obra. São Paulo, Abril Cultural, 1983, p.20. SCHLESINGER, M. (1972) In: MARCHESI, A. Desenvolvimento Psicológico e Educação. Porto Alegre, Artes Médicas, 1987. p.182. SKINNER, B.F. O comportamento verbal. Trad. VILLALOBOS, M.P. São Paulo, Edusp, 1978. p.15. TELFORD, C.J.S. O indivíduo excepcional. 5.ed. Rio de Janeiro, Guanabara, 1977.
25-Orientador (a): Sandra Regina S. Poça 25.1-A INTERNET E A MUDANÇA DE COMPORTAMENTO. GATTI, P.R. A pesquisa a seguir pretende levantar dados sobre a mudança de comportamento em pessoas que passaram a utilizar da internet como um meio de comunicação. Algumas das questões a serem levantadas são as mudanças no comportamento social, como deixar de namorar ou conhecer pessoas pessoalmente, a presença da ansiedade ou depressão em indivíduos que por algum motivo não podem se conectar a rede, problemas de relacionamento familiar por causa da internet, quais os serviços mais utilizados pelos usuários e quais as vantagens que os mesmos trazem para a vida da pessoa. Além de, investigar a possibilidade da existência de pessoas viciadas na internet. A internet, no Brasil, há apenas três anos, já possui 3,4 milhões de pessoas ligadas a rede mundial de computadores, útil para troca de mensagens, compras, negócios, busca de informações e diversão. Devido a rapidez dessas mudanças, há uma dificuldade a adaptação e por isso um uso inadequado e exagerado, provocando desajustes e problemas de relacionamento. A pesquisa foi realizada no primeiro semestre de 1999, na própria rede de computadores, com 50 pessoas de 20 á 40 anos usuários da internet, de ambos os sexos e sem distinção de classe social ou escolaridade. As pesquisas foram enviadas, através de e-mail, juntamente com uma notificação de que se trata de um trabalho de graduação do curso de Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie , e solicitando que fossem respondidas e enviadas como resposta para o mesmo endereço eletrônico. Com base nos resultados da pesquisa fica evidente uma igualdade entre os sexos. Entre os usuários mais freqüentes estão aqueles que tem de 20 a 30 anos, estão cursando uma universidade ou já completaram uma e são solteiros e permanecem conectados de uma há duas horas ou mais, todo os dias ou quatro vezes por semana, sendo 90% deles afirmam não ter abandonado nenhuma atividade social, cultural ou de lazer por causa da internet. A internet é um novo meio de comunicação, trouxe mudanças para a vida das pessoas e certamente veio para ficar, porem a pesquisa nos mostra que a internet se incorpora rapidamente a vida das pessoas sem trazer grandes mudanças ou prejuízos. Talvez algumas pessoas ainda façam mal uso da rede, como para explorar o sexo ou a pornografia infantil, mas a grande maioria a usa para a troca de informações, para conhecer pessoas, pesquisar sobre assuntos de seu interesse, ou para se comunicar. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA NUNOMURA, E. O sucesso da rede. Veja, Abril, 14 de outubro de 1998. NUNOMURA, E. A rede dos famosos. Veja, Abril, 23 de setembro de 1998. PFROM, N.S. Comunicação de massa: natureza; modelos; imagens; contribuição para o estudo da psicologia da comunicação de massa. São Paulo, Pioneira, Edusp, 1972, 169p. MENEZES, R. Atitudes face ao computador: um estudo com universitários paulistas. Instituto de Psicologia da Usp. São Paulo, 1986.
MOLA, G. C. Jogos de computador e industria cultural: relações entre a realidade e a fantasia em um brincar mediado pela tecnologia. Instituto de Psicologia da USP. São Paulo, 1997. HUBNER, G. A internet e as mudanças de comportamento. Bhnet News, Internet, março/1998. DGL NET - Perfil do internauta brasileiro. História da Internet. Internet outubro de 1998. DIGITAL - Bê-á-bá da internet. Viciado em internet busca fuga na rede. Internet, outubro/1998.
25.2-TESTES DE Q. I.: GARANTIA DE SUCESSOS FUTUROS ? PORTO, A. de F. O presente trabalho, foi elaborado com o intuito de verificar até que ponto os testes de QI podem ser confiáveis e úteis, já que muitos fatores, tanto internos quanto externos, podem afetar seus resultados; e mostrar que o desenvolvimento da inteligência emocional, pode ser mais importante para o indivíduo, no que diz respeito ao sucesso tanto profissional como pessoal, do que um resultado alto de QI. Na revisão literária sobre o conceito dos testes de QI, observou-se que em sua maioria, os testes não medem a capacidade de uma criança e nem os aspectos do desenvolvimento cognitivo para uma boa avaliação, revelando pouco sobre o potencial do indivíduo, porém, podem ser úteis na identificação de crianças com dificuldades escolares, mesmo sofrendo influências do tipo: ambiental, de hereditariedade, meio social e educacional. Para a coleta de dados, foi escolhido o teste COLÚMBIA, o qual seria aplicado em um grupo de 10 crianças entre 6 anos e 6 meses e 7 anos de idades, onde 5 crianças constituiriam o grupo pré-escolar, e o restante, o grupo primário. Pretendia-se com isso, verificar a ocorrência da influência educacional, esperando que o grupo préescolar, sobressaísse ao outro. Na análise dos testes, não foi possível observar grandes diferenças entre os dois grupos, o que talvez possa ser justificado pelo número da amostra que, precisou ser alterada ao longo do trabalho, tornando-se pequena. Mesmo assim, o grupo de crianças pré-escolares, obteve melhores resultados nos testes quando comparados ao outro grupo. Talvez, se a quantidade de colaboradores tivesse sido maior, a verificação desta diferença seria mais nítida. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BEE, H. A criança em desenvolvimento. Trad. Roseane Amador Pereira: São Paulo, Habra, 1986. 421p. GARDNER, H. Estruturas da mente: a teoria das inteligências mú últiplas. Trad. Sandra Costa. Porto Alegre, Artes Médicas 1994. 340p. GOLEMAN, D. Inteligência emocional. Trad. Marcos Santarrita. Rio de Janeiro, Objetiva, 1995. 370p. McCALL, R.B. Inteligência e hereditariedade. Trad. Jurandir Craveiro. Brasiliense, 1977. 72p. PIAGET, J. Psicologia da inteligência. Trad. Nathanael C. Caixeiro. Rio de Janeiro, Zahar, 1977. 178p. VYGOTSKY, L.S. Pensamento e linguagem. Trad. Jeferson Luiz Camargo. São Paulo, Martins Fontes, 1993. 135p.
26-Orientador (a): Sueli Galego de Carvalho 26.1-MENOPAUSA E OS SEUS CONFLITOS. FORJAZ, M.T.M. de M. O interesse social desta pesquisa decorre dos preconceitos que existem quanto à menopausa e a falta de esclarecimento preventivo desta fase tão marcante para as mulheres. Esta pesquisa objetivou compreender porque a menopausa causa tanto pavor às mulheres e verificar quais fatores interferem na sexualidade da mulher na menopausa. Através de questionário, foram entrevistadas 55 mulheres, entre 40 e 60 anos, pertencentes à classe média alta. O questionário foi distribuído entre quatro capitais brasileiras. Constaram deste questionário quinze questões fechadas, onde as cinco primeiras abordaram o preconceito, as cinco intermediárias abordaram a sexualidade e as cinco últimas, projetos de vida. As entrevistadas tiveram quatro opções de respostas. Através da análise de dados quantitativos, estruturados no referencial teórico, foram discutidos os aspectos objetivados. Concluiu-se que a menopausa é um tabu comparável ao da virgindade dos anos 60 e 70 e, que o desconhecimento do funcionamento hormonal entre as mulheres que participaram da pesquisa, é o fator relevante que interfere na sexualidade. Conscientizar a mulher sobre esta fase de vida, deveria ser um trabalho prioritário dos profissionais da área de saúde – ginecologistas, gerontólogos e psicólogos. A menopausa é melhor se for compartilhada e, felizmente, hoje em dia, um número cada vez maior de mulheres está disposta a isso. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FRAIMAN, A.P. Coisas da Idade. São Paulo, Gente, 1995. 146p. LEMOS, R. Quarenta: a idade da loba. 6.ed. São Paulo, Globo, 1995. 322p. REISSER, P. O que você precisa saber sobre a menopausa: respostas para as perguntas mais freqüentes entre as mulheres / Paul Reisser, Teri Reisser. Trad. Elizabeth L. F. Barbosa. São Paulo, Paulus, 1998. 232p. SAND, G. Está quente aqui ou sou eu?: um exame pessoal dos fatos, equívocos e sensações da menopausa. Trad. Denise Maria Bolanho. São Paulo, Summus, 1995. 170p. SHEEHY, G. A passagem silenciosa: menopausa. Trad. Waldéa Barcellos. Rio de Janeiro, Rocco, 1995. 156p. SHEEHY, G. Novas passagens: um roteiro para a vida inteira. Trad. Waldéa Barcellos. Rio de Janeiro, Rocco, 1997. 485p. ZAMLUTTI, M.E.M. O mito da velhice assexuada: um ponto de reflexão. São Paulo, Maturidade Vídeo e Editora, 1996. 154 p.
26.2-“DESCRIÇÃO E SIGNIFICADOS DOS COMPORTAMENTOS NÃOVERBAIS EM DIFERENTES INTERAÇÕES SOCIAIS.” GONZAGA, K.K.V. A presente monografia faz referência ao estudo de comportamentos não – verbais eliciados durante diferentes situações sociais, sendo estas, namoro, amizade, primeira apresentação ou outras e possíveis comportamentos que demonstrem interesse amoroso de um indivíduo pelo outro. Baseia – se em pesquisa literária, abordando autores de diversas linhas de pensamento e pesquisa de campo. O método contém uma amostra de 60 (sessenta) sujeitos no global, dispostos em três fases, sendo 10 (dez) casais cada fase. Os sujeitos são frequentadores de um bar, na cidade de São Paulo, bairro nobre, com público alvo que engloba brasileiros e estrangeiros e faixa etária de 21 à 45 anos. E para tal, utiliza – se de instrumentos como, cronometro e questionários. A análise dos dados subdivide – se em três fases. A primeira destina – se à observação de comportamentos não – verbais entre casais em interações sociais e categorização dos comportamentos mais frequentes. A segunda fase destina – se à observação e registro de frequência, por amostragem de tempo, dos comportamentos categorizados e a terceira fase, consta da observação com utilização do registro de frequência, por amostragem de tempo, juntamente com a aplicação de questionário. Através dos dados obtidos, pode – se concluir que os comportamentos categorizados, não são diretamente proporcionais em significados ao interesse amoroso de um indivíduo por outro. Observa – se que os casais de um modo geral se comportam, apresentando comportamentos simultâneos, inclinação do corpo em ângulo de 45º em direção ao parceiro e pés em direção ao parceiro quando têm por objetivo demonstrar que o conteúdo, no determinado momento da relação ali estabelecida, é o mesmo para ambos, ou seja, que o conteúdo desenvolvido é concordante à ambos. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ÁLVARO, C. & NICK, E. Dicionário técnico de psicologia. 7.ed. São Paulo, Cultrix, 1994. 406 p. GARRET, H.E. Grande experimento da psicologia. Trad. Maria da Penha Pompeu de Toledo. 3.ed. São Paulo, Nacional, 1974. 494 p. v.70. KRECH, D. & CRUTCHFIELD, R.. Elementos da psicologia. Trad. Dante Moreira Leite e Mirian L. Moreira Leite. 5.ed.. São Paulo, Pioneira, 1974. 416 p. v.1. MAGALHÃES, A. Dicionário enciclopédico brasileiro. 9.ed. Porto Alegre, Globo, 1964. 805 p. v.1. NIERENBERG, G. & CALERO, H. Como conhecer as pessoas. Trad. Ana Lúcia Deiró Cardoso. Rio de Janeiro, Record, 1971. 192 p. SILVA, A.A. A arte da paquera. Veja. São Paulo, v. 25, n. 9, p.7-9, fev./1992. SILVA. A.A. A química do amor. Claudia. São Paulo, v.34, n. 9, p.17-9, set./1994. SILVA, A.A. As seis faces do amor. Claudia, São Paulo, n.386, p.16-20, nov./1993. SILVA, A.A. Comunicação não - verbal. In: Encontro paranaense de psicologia. 01/02, Foz do Iguaçú. 1987/1998. Anais. Curitiba, CRP-80, 1991. p.91-8.
SILVA, A.A. Rituais do flerte: a vez do olho no olho - comportamento inclui várias estratégias para unir as pessoas. Documenta CRP-80, Curitiba, v.1, n.1, p.49-52, set./dez., 1991. SKINNER, B.F. Questões recentes na análise do comportamento. Trad. Anita L. Neri. 2. ed. Campinas, São Paulo, Papirus, 1995, 193p. WEIL, P.; TOMPAKOW, R. O corpo fala; a linguagem silenciosa da comunicação não verbal. 42.ed., Petrópolis, Vozes, 1998, 288p.
26.3-GRAFOLOGIA COMO MÉTODO ALTERNATIVO NO COMPLEMENTO DO PROCESSO SELETIVO DE R.H. MARUYAMA, L.S. A Grafologia ainda é um método pouco conhecido e não reconhecido como ciência no Brasil. Porém muitas empresas já estão utilizando esta técnica como método alternativo no complemento do processo seletivo. Para exemplificar um pouco mais o que vem a ser esse processo e como ele está sendo explorado atualmente, foram realizadas algumas entrevistas com Empresas que utilizam a técnica juntamente com outras metodologias psicológicas, que utilizam a técnica por si só e algumas empresas que não utilizam a grafologia, mas que possuem o conhecimento dessa metodologia. No decorrer das entrevistas pode ser constatado, que normalmente este é um trabalho que deve ser feito por pessoas que possuam muito conhecimento e habilidade, como ocorre com qualquer outro teste utilizado em práticas psicológicas, pois é unanime aqueles que julgam a falta de conhecimento destes “queimarem” os testes e técnicas psicológicas e até mesmo os profissionais da área de psicologia. Os profissionais que utilizam esta técnica, alegam eficácia comprovada, pois por ser metodologia nova, acabam fazendo acompanhamento constante de suas avaliações e constatam a satisfação das Empresas com o desempenho do funcionário . Esta metodologia é considerada ainda como de fácil aplicação e por ser o ato de escrever, um mecanismo automático para as pessoas, acaba eliminando a ansiedade de estar sendo avaliado, auxiliando assim no processo seletivo. Portanto, atualmente grandes empresas (pequenas e médias também) estão solicitando constantemente os serviços da grafologia para o estudo das aptidões e da edoneidade a fim de promoverem seus empregados a cargos qualificados e selecionarem seus candidatos a um emprego certo. Em nosso país já vai para alguns anos que foram substituídas as cartas de recomendação por informações grafológicas, em benefício da própria empresa e do requerente, pois já está fora de dúvida que a inaptidão para um cargo é tão prejudicial para o empregado quanto para o empregador. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MANDRUZATO, Maria Lucia. A Grafologia e a Empresa. SP, Qualimark, 1997 VELS, A. Escrita e personalidade. São Paulo, Pensamento, 1995.
26.4-ASPECTOS PSICOLÓGICOS ENVOLVIDOS NA PRÁTICA DO TRIATHLON. MORAES, C.T.L. de O conteúdo deste trabalho buscou explicar e entender o comportamento de adesão de atletas competidores à prática do Triathlon. Esta modalidade de esporte, hoje bastante difundida, exige sacrifícios como a privação do convívio familiar e social e um desgaste físico e psicológico a que poucos são capazes de se submeter e suportar. Como explicar tanto compromisso e dedicação do atleta ao Triathlon? Tendo como base teórica o modelo cognitivo de Beck, cujo pressuposto é de que os pensamentos influenciam as emoções e o comportamento, buscou-se uma outra possibilidade de explicar um comportamento, levando em conta os processos cognitivos além do modelo de Skinner e de Hull, que trataram de outros aspectos, como reforçamento e motivação. Utilizando-se de uma amostra de sete atletas competidores, foi criado um questionário com sete perguntas diretivas e hipotéticas com o objetivo de avaliar-se quais os pensamentos dos atletas em algumas situações específicas. Os resultados obtidos sugerem que os pensamentos mais freqüentes podem explicar o comportamento de adesão dos atletas. Assim, foi possível concluir-se que, de acordo com o modelo cognitivo de Beck, os pensamentos podem influenciar o comportamento. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BECK, A.T.; FREEMAN A. - Terapia Cognitiva dos Transtornos de Personalidade. Trad. Alceu Edir Fillman. Porto Alegre, Artes Médicas, 1993. BECK, A.T; RUCH, A.J; SHAN, B.F.; EMERGY, G. Cognitive Therapy of Depression. Guilford Press, New York, 1979. BECK, S. J. Terapia cognitiva; teoria e prática. Trad. Sandra Costa. Porto Alegre, Artes Médicas, 1997. DOMINGUES Fº, L.A. Triathlon. Rio de Janeiro, Sprint, 1995. HOYENGA, B.K & HOYENGA, T.K. Motivational explanations of behavior; evolutionary, phisiological and cognitive ideas. Belmont, Brooks/Cole Publishing Company, 1984. SKINNER, B.F. Ciência e comportamento humano. Trad. João Carlos Todorov, Rodolfo Azzi. São Paulo, Martins Fontes, 10.ed. 1998. SKINNER, B.F. About behaviorism. New York, A. Knopf, 1974.
26.5-A ESCOLHA PROFISSIONAL DE ADOLESCENTE: A CLASSE SOCIAL E A ESCOLARIDADE DE PAIS COMO FATORES DE INFLUÊNCIA. TOMINAGO, T.H.S. O objetivo deste trabalho é identificar o tipo de influência exercida pelos pais no momento da escolha da profissão de seus filhos, comparando as classes sociais e os níveis de escolaridade dos mesmos pais. Verificando assim, o grau de influência dos pais na decisão de seus filhos. Para tal, foi utilizado como instrumento de verificação do nível de influência exercida pela família na escola profissional dos adolescentes um questionário auto preenchível , através do qual foram obtidos todos os resultados desejados. Com o trabalho, foi verificado que realmente existe a influência dos pais durante o processo da escolha profissional dos jovens, isso independente do grau de escolaridade ou nível sócio-econômico dos pais em questão, o que nos faz perceber que a família tem papel determinante no momento de decisão dos adolescentes. Foi possível identificar também que, os pais de uma forma geral estão preocupados com a situação futura que a escolha profissional irá causar a seus filhos. Preocupam-se com a situação financeira, com o fator social e vocacional, porém, pais de classes menos favorecidas demonstram preocupação maior com o fator financeiro, justamente, por terem sido afetados pela falta de planejamento econômico de suas próprias famílias. Os pais demonstram grande interesse em repassar para os filhos suas experiências profissionais e da vida, na intenção de prepará-los melhor para a decisão de suas carreiras, procurando poupá-los de situações desagradáveis e conduzi-los mais rápido ao sucesso profissional REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: CARVALHO, M.M.M.P. Orientação profissional em grupo. Campinas, Workshopsy, 1995. CASTANHO, G.M.P. O adolescente e a escola. São Paulo, Geração 2000, 1988. NEIVA, K.M.C. Entendendo a orientação profissional. São Paulo, Paulus, 1995. SOARES, D.H.P. O jovem e a escolha profissional. Porto Alegre, Mercado Aberto, 1987.
27-Orientador (a): Tânia Aldrighi 27.1-A VISÃO DO ADICTO DENTRO DA ABORDAGEM FAMILIAR SISTÊMICA SALES, L. C. J. D. Este trabalho apresenta uma revisão bibliográfica sobre a Terapia familiar Sistêmica, tendo em vista o posicionamento do adicto dentro do sistema familiar em que vive. Para tanto, fez-se necessário uma caracterização sobre a teoria dos sistemas como sendo um complexo de elementos em interação, que propôs uma nova perspectiva para a compreensão dos fenômenos humanos, dando um impulso muito grande à terapia familiar. Paralelamente a isso, apresenta-se os postulados da cibernética, os quais alguns autores propuseram para a investigação científica dos processos sistêmicos na qual, apoiaram-se para a compreensão das relações humanas. Outro ponto discutido e de difícil conceituação, trata-se do significado de família, sob essa denominação existe uma pluralidade de composições. O funcionamento do sistema familiar mostrou-se ser um questão muito importante, visto que, a família possui limites, mas são abertos e têm constante relacionamento de trocas com o meio. E como qualquer outro sistema, opera de acordo com certos princípios como homeostase, morfogeneses, “feed-back”, causalidade circular e não-somatividade . Na medida que utiliza-se tal visão para uma observação da posição do adicto dentro da família, reconhece-se também este em constante manifestação com o meio, que podem ser observáveis e que tem como veículo a comunicação. Com isso reserva-se um espaço significativo para caracterizar a comunicação. Utiliza-se a Pragmática da Comunicação Humana Watzlawick (1967) para falar dos tipos de comunicação, bem como sua patologia. Aponta-se o paradoxo comunicacional tendo em mente que famílias de adictos, estão presos numa dupla vinculação paralizante, podendo levar o indivíduo ao enlouquecimento. Reconhece-se os padrões de comunicação e de interação utilizados pelas famílias em sua relações com o meio, como sendo mantidas sempre em seqüências, pois estão modeladas e assim repetem no tempo a mesma classe de interação. Como muitos estudiosos da comunicação, dentro da teoria de sistemas, enfoca-se as triangulações, principalmente do ponto de vista da dupla vinculação. Pois em família de adictos ocorrem triangulações perversas. Quando utiliza-se a teoria de sistemas para um leitura de família, considera-se, como sendo um todo orgânico, em interação, que supera e articula dentro de si os vários componentes individuais válidos para todos os sistemas. Assim, esse movimenta-se através dos tempos, adaptando às exigências das diversas fases do seu ciclo de desenvolvimento, seguindo sempre regras e os mitos da família. Portanto verificou-se necessário pontuar dos ciclos de vida das famílias e as mudanças que requer a cada ciclo. Posicionando-se o adicto no ciclo de vida, tendo em vista, que sintoma da adicção aparece em grande parte na adolescência. Encerra-se o trabalho, conceituando-se os segredos, as lealdades e a origem da negação e da mentira, posicionando os indivíduos adictos, nesse funcionamento familiar, segundo Krestan (in: Imber-Black 1993).
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ACKERMAM, N.W. (1958) Diagnostico y tratamento de las relaciones familiares. Hormé, Buenos Aires, 1971. ANDOLFI, M. A terapia familiar. Trad. Antônio Barbosa. Vega Universitário, Lisboa. ANDOLFI, M. & Angelo, C. (1987) Tempo e mito em psicoterapia familiar. Artes Médicas, Porto Alegre, 1988. ANDOLFI, Maurizio et all.(1984) Por tráss da máscara familiar. BATESON, G. (1972) Pasos hacia una ecologia de la mente. Carlos Lohlé, Buenos Aires, 1976. BERESTEIN, I. (1979) Família e doença mental. Escuta, São Paulo, 1988. BERTALANFFY, L.V. (1968). Teoria geral dos sistemas. Vozes, Rio de Janeiro, 1973. BOCKUS, F. (1988) Terapia do casal. Imago, Rio de Janeiro. BOZORMENYI-NAGY, I. & Spark, G. M. (1973) Lealdades invisibles. Amorrortu, Buenos Aires,1983. BOZORMENYI-NAGY, I. & Framo, J.L. (1965) Intesive family therapy: theoretical and pratical aspects. New York, Harper & Row. CAMPBELL, J. (1991) O poder do mito. Palas Athena. Inc. & Alfred Mrch, Texas, USA, 1988. CANEVACCI, M. (1981) Dialética da família. Brasiliense, São Paulo. Dialética della Famiglia. Savelli Spa. Roma, 1976. CAPRA, F. (1989) O ponto de mutação. Cultrix, São Paulo. Bantam Boooks, New York, 1982. CARNEIRO, T.F. (1975) Um novo instrumento clínico de avaliação das relações familiares. Tese de Mestrado, PUC, Rio de Janeiro. CARNEIRO, T.F.(1981) Entrevista familiar estruturada: sua consistência, validade e aplicabilidade em psicologia clínica. Tese de Doutorado, PUC, São Paulo. CARTER, B. & MCGOLDRICK, M. (1989) As mudanças no ciclo de vida familiar: uma estrutura para a terapia familiar. Artes Médicas, Porto Alegre, 1995. CERVENY, C.M.O. (1982) O scenoteste como instrumento de investigação das relações familiares, no processo do diagnóstico psicológico com crianças e adolescentes. Tese de Mestrado, PUC, São Paulo. CERVENY & PASSOS (1992). A interface terapêutico. Congresso Ibero Americano de Psicologia . Madri, julho/1992. CERVENY, C.M.O. (1992) A linha de tempo familiar. 3o encontro de terapeutas de família. Brasília/1992. CORRÊA, M. (1982) Repensando a família patriarcal brasileira. In: Colcha de Retalhos. Brasiliense, São Paulo, 1982. DA MATTA, R. (1989) A família como valor: considerações não familiares sobre a família à brasileira em pensando a família no Brasil. Rio de Janeiro, 1987. ELKAÏM, M. (1989) Se você me ama, não me ame - abordagem sistêmica em psicoterapia familiar e conjugal. Papirus, São Paulo, 1990. IMBER-BLACK, E. (1993) Os segredos na família e na terapia familiar. Artes Médicas, Porto Alegre, 1994. MINUCHIN, S. & Fishman, H.C. (1981) Family therapy techniques. Porto Alegre, Artes Médicas, 1990.
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27.2-O DESENHO E O ABUSO SEXUAL. KRAICZYK, J. A violência contra a criança e o adolescente ocorre desde as civilizações mais antigas, contudo, é neste século que as crianças e os adolescentes são reconhecidos como ser em fase peculiar de desenvolvimento que precisa acima de tudo de proteção para poder desenvolver plenamente suas potencialidade. A partir da violência doméstica é negado á criança e ao adolescente os direitos de liberdade e igualdade a criança deixa de ser sujeito para tornar-se objeto do desejo de alguém e seus direitos fundamentais são negados, direitos estes que garantiriam o desenvolvimento adequado, físico, moral, espiritual e social do indivíduo. A violência sexual é um fenômeno multifacetado e afeta toda a família, nestas ocasiões a vítimas têm que lidar com o Complô do Silêncio” com sentimentos diversos como: amor , ódio, medo, culpa, raiva, etc. A relação sexual entre um adulto e uma criança ou adolescente é inapropriada e inadequada , já que a criança é invariavelmente dependente e imatura no seu desenvolvimento não estando apta á dar seu consentimento no que se refere as relações sexuais. O sujeito da minha pesquisa foram crianças e adolescentes com idade entre 6 a 12 anos. O instrumento que baseou minha pesquisa foi a interpretação dos desenhos de três jovens, que sofreram abuso sexual. A análise se deu de maneira qualitativa e os dados foram analisados através das teorias de técnicas projetivas. Como resultado foi possível identificar que, as conseqüências do abuso variam de pessoa para pessoa, porém fica claro , a dificuldade destes indivíduos em relação ao: controle e organização emocional, em lidar com os limites internos e externos no estabelecimento de relações afetivas com o ambiente; de forma geral apresentam forte ansiedade e desorganização afetiva. Através do acompanhamento sistemático do desenho livre é possível perceber as seqüelas do abuso sexual no desenvolvimento do indivíduo. O desenho poderá servir como um valioso instrumento na prevenção da violência doméstica. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ADRADOS, I. Método Projetivo, São Paulo, Campos,1978 AZEVEDO, M.A & GUERRA, V.N.A .Pele de Asno Não é Só História, São Paulo ROCA,1988. DUARTE, J. C. & ARBOLEDA,M.R.C. Malos tratos y abuso sexual infantil, Espãna, Siglo Ventiuno de Espanã Editores,S.A ,1997 ERIKSON,E. Infância e Sociedad. Buenos Aires, Paidós. HAMER,E.F. Aplicações Clínicas dos Desenhos Projetivos São Paulo, Casa do psicólogo, 1991 IBGE. Política públicas para o atendimento1à violência doméstica. São Paulo.(Texto para circulação interna no curso de Profilaxia da Violência do Instituto Sedes Sapientae)
KOLCK, V.L. Testes projetivos gráficos no diagnóstico psicológico, São Paulo, EPU, 1984 LEITE, O Valor científico do trabalho do teste do Rorschach, Rio de Janeiro, Vozes. 1973 MIRA, A .Psicodiagnóstico Miocinético (PMK), São Paulo, Vetor. 19871 RAPAPPORT,C. R. Testes projetivos gráficos no diagnóstico psicológico- São Paulo: EPU, 1984. TESTE DE APERCEPÇÃO TEMÁTICA (TAT) (apostila do setor de psicologia aplicada da Faculdade de Psicologia da Universidade Mackenzie) WARTEGG Técnicas de Exames Psicológicos III (apostila do setor de psicologia aplicada da Faculdade de Psicologia da Universidade Mackenzie) 1997.
28-Orientador (a): Tereza Marques de Oliveira 28.1-“A GÊNESE DO AUTISMO BASEADA NO CONCEITO DE POSIÇÃO AUTÍSTICA – CONTÍGUA.” MONTENEGRO, M.R.G.N. Investiga a Gênese do Autismo Psicogênico a partir do Conceito de uma posição Autística Contígua, como fundamentação teórica, a fim de compreender como a sensibilidade sensorial, presente no início da vida do bebê, cria uma matriz de sensação autogerada que possibilita a experiência de “ser-sensação” e, consequentemente, através da integração das partes corpo, possibilita a integração da personalidade. Propõe, com base nesta fundamentação teórica, um procedimento de atuação terapêutica possível para o universo de estudo em questão. Os Ss são crianças, entre 0 a 6 anos, que apresentam autismo de etiologia psicogênica, sem retardo mental ou distúrbios neurológicos severos, de ambos os sexos. Utiliza objetos ricos na diversificação de suas propriedades, no que diz respeito à textura, forma, temperatura e peso. Os objetos são apresentados à criança em duplas de contrários, para que possam estabelecer as diferenciações sensoriais através do tato. O procedimento ocorre em atendimento individual com frequência mínima de duas vezes por semana. Pretende desenvolver na criança autista, através do tato, a diferenciação sensorial básica, para que possa estabelecer a integração das diferentes modalidades sensoriais e a partir desta integração, iniciar a integração das partes corporais e mais tarde a formação da personalidade, para que possa surgir o sujeito que está por traz da patologia. Conclui que um método com estes objetivos não é encontrado atualmente nas Instituições brasileiras e pretende despertar nos profissionais da área, o interesse por um trabalho voltado, não apenas para o condicionamento da criança autista, mas para o nascimento de um sujeito. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVAREZ, A. Companhia viva - psicoterapia psicanalítica com crianças autistas, borderline, carentes e maltratadas. Porto Alegre, Artes Médicas, 1994. 255p. ANZIEU, D. O eu - pele. São Paulo, Casa do Psicólogo, 1989. 286 p. BICK, E. A experiência da pele em relações objetais arcaicas. Jornal de Psicanálise, 1987, Ano 20, n.41, p.27. FREUD, S. Além do princípio do prazer. 3.ed. Rio de Janeiro, Imago, 1976. 341 p. v.18. MAHLER, M. As psicoses infantis e outros estudos. 3.ed. Porto Alegre, Artes Médicas, 1989, 157p. OGDEN, T.H. Sobre o conceito de uma posição autística. Contígua. 1996 Revista Brasileira de Psicanálise. p.341-364. v.30. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE . CID - 10: classificação de transtornos mentais e de comportamento. Trad. Dorgival Caetano. Porto Alegre, Artes Médicas, 1993. 354p. SEGAL, H. A obra de Hanna Segal. Rio de Janeiro, Imago,1983, 313p. TUSTIN, F. Barreiras autísticas em pacientes neuróticos. Porto Alegre, Artes Médicas, 1990. 259p. _________. Estados autísticos em crianças. Rio de Janeiro, Imago, 1984. 333p.
29-Orientador (a): Terezinha Calil Padis Campos 29.1-A APLICAÇÃO DA LUDOTERAPIA EM CRIANÇAS ANSIOSAS. BAI, S.A. Criança, ansiedade, ludoterapia. Três palavras que estão ligadas um ao outro, direta ou indiretamente, pela força do inconsciente. Se a criança estiver com muita ansiedade, isto pode lhe trazer vários sintomas que não são desejáveis, mas sim preocupantes. Uma criança ansiosa sente uma antecipação de um perigo, mas não sabe de onde vem. Se sente mal e tenta romper este cerco de sentimento. Por isso, uma criança ansiosa é agitada. Mas o que poderia ter levado a criança a se tornar ansiosa? Pode ser qualquer trauma ou frustração que houve durante o seu desenvolvimento e que foi o suficente para marcar na sua vida. Agora faz parte dela. Porém se esta criança participar na ludoterapia poderá se liberar, de pouco em pouco, dessa ansiedade que a envolve. Ela pode expressar os seus conteúdos mais profundos de variadas maneiras. Melanie Klein, provou que o brincar é um dos meios que a criança utiliza para expressar os seus pensamentos inconscientes. A criança tem a capacidade de simbolizar, podendo assim vencer realidades que foram dolorosas e dominar medos através da projeção no brinquedo. O terapeuta interpretando o brincar da criança através do uso de mesmas palavras expressadas pela criança, vai aliviando a ansiedade desta até chegar `a verdadeira fonte da ansiedade. A externalização deste ponto de origem da ansiedade aumenta o estado de alívio da criança e conduz aos progressos. É necessário que haja uma transferência entre a criança e o terapeuta para que a sessão possa progredir. Tornar consciente o inconsciente, ajuda a criança a resolver o que estava pendente. É um modo de aliviar a ansiedade dela. Para que assim, a criança possa se desenvolver de uma maneira mais saudável e tenha uma vida menos ansiosa. Este trabalho foi realizado através de pesquisas teóricas de vários autores que tenham trabalhado com o tema em questão. Procurou clarificar o que seria uma criança ansiosa e quais os efeitos da ludoterapia nelas. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ABERASTURY, A. Psicanálise da criança: teoria e técnica. Trad. Ana Lúcia Leite de Campos. 5.ed. Porto Alegre, Artes Médicas, 1982. ADRADOS, I. Orientação Infantil. 3.ed. Rio de Janeiro, Vozes, 1977. AXLINE, V.M. Dibs em busca de si mesmo. Trad. Célia Soares Linhares. Rio de Janeiro,Agir, 1992. BANDET, J. & SARAZANAS, R. A criança e os brinquedos. Trad. Maria Manuel Tinoco. Estampa, 1972. CABRAL, A. & NICK, E. Dicionário técnico de psicologia. São Paulo, Cultrix. ERIKSON, E.H. Infância e sociedade. Trad. Gildásio Amado. Rio de Janeiro, Zahar, 1971.
GRUNSPUN, H. Distúrbios neuróticos da criança. 2.ed. Rio de Janeiro, Atheneu, 1966. HINSHELWOOD, R.D. Dicionário do pensamento kleiniano. Porto Alegre, 1992. LEBOVICI, S. & DIATKINE, R. Significado e função do brinquedo na criança. Trad. Liana de Marco. Porto Alegre, Artes Médicas, 1985. KLEIN, M. Psicanálise da criança. Trad. Pola Civelli. 3.ed. Sâo Paulo, Mestre Joer, 1981. KLEIN, M.; HEIMAN, P.; MONEY-KYRLE, R.E. Novas tendências na psicanálise. Trad. Álvaro Cabral. 2.ed. Rio de Janeiro, Guanabara, 1986. PEREIRA, M.L. D. Da angústia ou de quando indicar análise a uma criança. São Paulo, Cortez, 1990. WINNICOTT, D.W. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro, Imago, 1975.
29.2-O DESENHO COMO FORMA DA CRIANÇA SE COMUNICAR COM O MUNDO: ASPECTOS PSICOLÓGICOS. CARVALHO, G.de A pesquisa mostra a importância que o desenho tem como um instrumento a mais para se chegar ao conhecimento da expressão e comunicação que a criança estabelece com o mundo e os aspectos psicológicos envolvidos na produção artística. Buscou- se conhecer as manifestações do desenho na linguagem, no grafismo, na arte e o modo de expressar uma idéia pelas imagens e rabiscos produzidos. O desenho infantil coloca- se nesse trabalho como uma expressão espontânea, de caráter inventivo e originado pela própria criança. Através da percepção que a criança tem do mundo, ela transfere suas experiências, fantasias para o papel, tornando o desenho um meio de linguagem através de códigos gráficos. Rabiscos desordenados ou aqueles que obedecem uma seqüência lógica, a harmonia das cores e o fator estético apreciado em um desenho, refletem características da criança por meio do simbolismo expressado nas figuras. Realizou- se um estudo bibliográfico que trouxe informações sobre a história da arte, sua repercussão até os dias atuais e uma coleta de desenhos realizada com crianças de um a doze anos para verificar dados que comprovem o problema estudado na pesquisa. Percebe- se que o desenho assume um papel importante num tratamento psicoterápico, auxiliando o psicólogo a compreender o mundo interno da criança. O desenho traduz a forma como a criança se localiza no ambiente e a maneira de se relacionar com seu corpo. As reações que a criança traz ao realizar um desenho são importantes na avaliação que o psicólogo faz, relacionando ao contexto em que o desenho está inserido. Para que se possa compreender o valor simbólico presente no desenho de uma criança, é preciso que este desenho seja originado por ela, resultado da criatividade da criança. O estudo do desenho infantil auxilia na compreensão do pensamento e das emoções da criança, levando o psicólogo a conhecer os conflitos e sentimentos que emergem num processo psicoterapico. É claro que para fazer uma análise psicodinâmica da criança o desenho por si só não é suficiente, é necessário levar em consideração outros fatores, sendo no entanto, o desenho um auxiliar importante. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ABRAHAM, A Desenho da figura humana. s/ed. São Paulo, 1963. AJURIAGUERRA, J. A escrita infantil. Trad. Iria Maria Renault de Castro Silva. Porto Alegre, Artes Médicas, 1988. ALENCAR, E.S. Como desenvolver o potencial criativo. Petrópolis, Vozes, 1991. ALVES, I.C.B. Desenho da figura humana; desenho da casa; evolução e possibilidades de diagnóstico. São Paulo, 1986. Monografia em Psicologia - Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo. ARNOLDI, M.A.G.C. Treino em balé clássico e desenvolvimento da imagem corporal avaliada pelo auto desenho e pelo desenho de uma pessoa. s/ed. São Paulo, 1982. BARBOSA, A.M.T.B. Teoria e prática da educação artística. São Paulo, Cultrix, 1975.
BARCELLOS, F. Desenho da figura humana: a personalidade através do desenho. Tecnoprint, 1984. BONILHA, C.L. Desenho da figura humana: comparação entre elementos da projeção gráfica e de auto- avaliações. s/ed. São Paulo, 1974. BROMBERG, M.H.P.F. Desenho da figura humana: a terapêutica do trabalho corporal: o ponto de vista psicológico. s/nt. CABRAL, A.; Nick, E. In: Dicionário técnico de psicologia. Cultrix, 1993. CEREZETTI, C.R.N. Desenho da figura humana: desejo de viver, desejo de morrer. personalidade de paciente que tenderam ao suicídio. s/ed. São Paulo, 1993. COELHO, T. O que é a arte. 9.ed. Brasiliense, 1988. DAVIDO, R. A descoberta de seu filho pelo desenho. Arte Nova, 1972. DEBIENNE, M.C. O desenho e a criança. Moraes, 1977. DERDYK, E. Formas de pensar o desenho: desenvolvimento do grafismo infantil. Scipione, 1989. DERDYK, E. O desenho da figura humana. Scipione, 1990. DEVRIES, R.; KAMIL, C. O conhecimento físico na educação pré- escola. Trad. Maria Cristina R. Goulart. Porto Alegre, Artes Médicas, 1986. DUARTE, W.F. Desenho cinético da escola. s/ed. São Paulo, 1992. EDWARDS, B. Desenhando o lado direito do cérebro. Ediouro, 1984. FERNANDES, M.A. Fantasias inconscientes de primigestas através dos procedimentos de desenho-estórias. Campinas, Monografia em Psicologia. Pontifícia Universidade Católica FERREIRA, J.D.S. Motivos da escolha da profissão e características de personalidade através do desenho da figura humana em estudantes de psicologia e Administração. s/ed. São Paulo, 1995. FERRO, A. A técnica na psicanálise infantil. Imago, 1995. FONSECA, W.C. Como as crianças vêem seus professores através da técnica do desenho do professor. São Paulo, 1995. Tese (Mestrado) Instituto de Psicologia Universidade de São Paulo. FREINET, C. O método natural, a aprendizagem do desenho. Estampa, 1977. v.2. FREUD, S. Cinco lições de psicanálise: Leonardo da Vinci e outros trabalhos. Imago, 1970. GOODNOW, J. Desenho de crianças. Moraes, 1977. GREEN, A. Revelações do Inacabado. s/ed.1994. JÚNIOR, J.F.D. Porque arte- educação. 5.ed. Campinas, Papirus, 1988. JÚNIOR, R.M. Fisiologia das emoções. Sarvier, 1936. KLEPSCH, M. Crianças desenham e comunicam: uma introdução ao uso projetivo dos desenhos infantis da figura humana. Artes Médicas, 1984. KOLCK, O.L.V. Interpretação psicológica de desenhos. 2.ed. São Paulo, Pioneira, 1981. LOWENFELD, V. A criança e sua arte. Mestre Jou, 1954. LOWENFELD, V. Desenvolvimento da capacidade criadora. Mestre Jou, 1970. MARTINS, C.M. Cor verde: aprendiz da arte: trilhas do sensível olhar pensante. Espaço Pedagógico, 1992. MARTINS, R.C. Desenho cinético da família. São Paulo, s/ed. 1972. MERIDIEU, F. O desenho infantil. Trad. Álvaro Lorencini. Curtis, 1979. MOREIRA, A.A.A. O espaço do desenho: a educação do educador. São Paulo, s/ed. 1983
MOSQUEIRA, J.J.M. Psicologia da arte. Brasiliense, 1973. NOVAES, M.H. Psicologia da criatividade. 3.ed. Vozes, 1975. PEDROSA, M. Forma e percepção estética. Edusp, 1995. PRODET, N.M.S. O jogo do rabisco: um espaço compartilhado, reflexões sobre contribuições de Winicott ao diagnóstico psicológico. s.n.t. RABELO, S. Psicologia do desenho infantil. Nacional, 1935. REAL, H. A educação pela arte. São Paulo, Martins Fontes, 1982. REAL, H. A redenção do robô- meu encontro com a educação através da arte. Sumas, 1986. V.2. SILVEIRA, N. Mundo das imagens. Ática, 1992. SILVEIRA, N. Imagens do inconsciente. 4.ed. Alhambra, 1981. STERN, A. Compreensão da arte infantil. Kapelrsz, 1962. TRINCA, W. Diagnóstico psicológico, a prática clínica. EPU, 1984. TRINCA, W. Formas de investigação clínica em psicologia: procedimentos de desenhoestórias, desenhos de família com estórias. Vetor, 1997. WIDLOCHER, D. Interpretação dos desenhos infantis. Trad: Zeferino Rocha 2.ed., Vozes,1971.
29.3-SOBRE OS SENTIMENTOS DA MÃE DIANTE DO ENCAMINHAMENTO DE UM FILHO PARA PSICOTERAPIA. OLIVEIRA, F.R.M. de O objetivo deste trabalho é possibilitar o conhecimento acerca dos sentimentos que ocorrem à uma mãe quando seu filho é encaminhado para psicoterapia. O intuito deste conhecimento refere-se a possibilitar uma maior adequação dos responsáveis encaminhamento, bem como dos profissionais incumbidos do atendimento da criança. Neste contexto, é importante salientar o papel da figura materna diante dos padrões sociais e a influência destes sobre a conduta da mulher de hoje. As mães são, ainda na atualidade, cobradas em relação a um incondicional amor materno que devem dedicar a seus filhos. Badinter (1985) relata que o amor materno, considerado instintivo, de fato não o é, não é algo intrínseco à mulher, pode realmente ser apresentado por muitas mães, mas não se trata de uma regra. Lidar com o encaminhamento de um filho para um atendimento psicológico é algo que mobiliza reações na mãe, pois se depara com a questão que algo não está bem com seu filho, o que pode lhe gerar um impacto, que pode tomar forma de alívio ou mesmo se tornar desesperador, por remeter a mãe a um sentimento de incapacidade na criação de seu filho. Isso fica claro no pensamento de Sprovieri (1995) que diz que os filhos trazem à família o contato com a própria capacidade e potência de dar estrutura a uma vida e quando ocorre uma falha neste processo, a frustração pode surgir, pois as premissas fundamentais encontram-se falidas. Para investigar tal assunto, foram entrevistadas duas mães, cujos filhos encontravam-se em atendimento psicológico, bem como duas profissionais da Psicologia Infantil, isto através de um roteiro. Ficou evidente que os sentimentos podem variar de acordo comas vivências pessoais de cada mãe, conforme os recursos internos que cada uma possui. Os sentimentos que se destacaram são o de impotência, quando a mãe se defronta com o fato de não poder solucionar o problema de seu filho sem uma ajuda profissional; o sentimento de perda do filho ideal, o que faz com que na psicoterapia, as mães busquem o retorno dessa idealização, através de uma “cura” definitiva para o filho e todos os problemas que podem estar presentes nesta situação. As mães, de modo geral, buscam o reasseguramento de que tenham desempenhado satisfatoriamente seu papel maternal. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BADINTER, E. Um amor conquistado: o mito do amor materno. 2.ed. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1985. CORDIOLI, A.V. Psicoterapias: abordagens atuais. Porto Alegre, Artes Médicas, 1993. CRAMER,B.; PALACIO-ESPASA, F. Técnicas psicoterápicas mãe/bebê: estudos clínicos e técnicos. Trad. Francisco Franke Settineri. .Porto Alegre, Artes Médicas, 1993. DOLTO, F. Dificuldade de viver: psicanálise e prevenção das neuroses. Trad. Gildásio Amado. 2.ed. Rio de Janeiro,Zahar Editores, 1976. LOPEZ, M.A. Atendimento a pais no processo psicodiagnóstico infantil: uma abordagem fenomenológica.Tese de doutorado, PUC. São Paulo, 1987.
MALDONADO, M.T. Maternidade e paternidade. Rio de Janeiro, Vozes, 1989. MANNONI, M. A criança, sua doença e os outros. Rio de Janeiro, Zahar, 1971. OMOTE, S. Reações de mães de deficientes mentais ao reconhecimento da condição dos filhos afetados: um estudo psicológico. Dissertação de mestrado, USP. São Paulo, 1980. REGEN, M.; ARDORE, M.; HOFFMANN, V.M.B. Mães e filhos especiais: relato de experiência com grupos de mães de crianças com deficiência. Brasília, Corde, 1994. SPROVIERI, M.H.S. Família, autismo e sociedade. In: Schwartzman, J.S. Autismo infantil. São Paulo, Memnon,1995. p.267-27.
29.4-PSICOLOGIA DA GRAVIDEZ. RODRIGUES, A.N.P. Objetivo Tenho por objetivo abordar como a psicologia compreende esse processo da gestação, esclarecendo as fundamentações teóricas e como estas se articulam na intervenção. Síntese Teórica Segundo Maldonado (1997), a maternidade e a paternidade são momentos existenciais importantíssimos no ciclo vital que podem dar à mulher e ao homem a oportunidade de atingirem novos níveis de integração e desenvolvimento da personalidade. Desta forma, a gravidez é um período de transição caracterizado por mudanças metabólicas complexas, estado de equilíbrio instável devido às grandes perspectivas de mudanças envolvidas nos aspectos de papel social, necessidades de novas adaptações, reajustamentos interpessoais e intrapsíquicos e mudança de identidade. Assim, a gravidez pode representar uma possibilidade de se atingir novos níveis de integração, amadurecimento e expansão da personalidade. Ou pode-se adotar uma solução patológica criando uma expectativa de que o bebê preencha certas necessidades suas, como por exemplo, evitando a solidão, satisfazendo a carência de afeto ou fazendo com que se sinta útil. Essas expectativas impedem a gestante de perceber e satisfazer de modo adequado as necessidades do bebê, vendo-o como um indivíduo diferenciado. Metodologia - Sujeitos: A pesquisa foi feita por meio de obras que tratam sobre à psicologia da gravidez e através da pesquisa de campo. - Instrumento: Entrevista semi-aberta. - Procedimento: A coleta de dados foi realizada por um entrevistador, individualmente, nos consultórios dos psicólogos, onde ocorreu a entrevista sobre o trabalho que realizam na área da psicológica da gravidez. - Plano de análise dos Resultados: Os resultados serão obtidos por meio de uma análise comparativa do conteúdo obtido por meio das obras pesquisadas e das entrevistas feitas com os psicólogos. Discussão Por meio da análise comparativa entre o conteúdo obtido por meio das obras pesquisadas e das entrevistas é possível compreender alguns aspectos psicológicos envolvidos na gravidez. Com relação ao mito do amor materno verifica-se, que na maternidade há uma reprodução social. Pois, nesta há valores que a muito tempo vêem ditando o papel de como ser mãe. Entretanto, a maternidade é algo construído paulatinamente, no decorrer da convivência. No qual, cada mulher de maneira diferente irá criar o vínculo com a criança. Isso nos é possível observar, em relação as mulheres que rejeitam os filhos, que possuem um sentimento seletivo, dando preferência a um dos filhos ou as mulheres que não geraram mas, que exercem a maternidade. Diante deste dado nos é possível compreender a variabilidade de sentimentos presentes na gravidez. No entanto, comparando o conteúdo das obras pesquisada e das entrevistas é possível observar que para se abordar as variações de vivência da gravidez é preciso considerar a interação de vários fatores como a estória pessoal da grávida, o contexto existencial dessa gravidez, a característica de evolução da gravidez, o contexto socio-econômico, o contexto assistencial e a estrutura de personalidade da grávida.
A origem dos estados emocionais na gravidez, ainda é muito discutida. Porém, nesse período há uma grande mobilização hormonal, que provoca algumas mudanças no corpo e consequentemente adaptações corporais e psicológicas, à essas mudanças. Alguns aspectos psicológicos são comuns na gravidez, mas o que elas suscitam em cada uma e na mesma pessoa em diferentes momentos não são iguais. Por exemplo, a hipersonia pode ser vivênciada como algo ruim para uma pessoa e bom para outra. Outro aspecto observado é que a gravidez sendo um período de transição, pode representar uma possibilidade de crescimento emocional, atingindo novos níveis de integração, amadurecimento e expansão da personalidade. Isso se confirma pela psicologia do desenvolvimento em considera que o desenvolvimento psicológico nunca cessa. Entretanto, dependendo do fatores citados anteriormente, essa pode ser uma vivência difícil, desestruturando uma personalidade já comprometida. Assim, é possível verificar que a gravidez ocorre como resultado da interação de vários motivos conscientes e inconscientes como buscar uma extensão de si própria, preencher desejos e lacunas de sua vida, manter um vínculo desfeito, competir com irmãos, dar um filho para a própria mãe ou dar expressão criativa a uma relação homem-mulher. No entanto, a gravidez somente ocorre quando o inconsciente permite. Pois, na maioria das vezes não está associada a um planejamento, embora as condições externas sejam favoráveis. Com relação ao atendimento psicológico à gestantes foi possível observar, que em um trabalho que integre a informação, junto com a vivência emocional da maternidade possibilita diminuir o medo do parto, baixando a ansiedade, corrigir noções errôneas, tornálas mais responsáveis por si mesmas e com um maior preparo, por terem recursos. Pois, o medo, a ansiedade também são decorrentes da falta de informação. Mas, com a orientação elas adquirem elementos para se posicionarem e eventualmente terem um manejo mais saudável para se defenderem. E quando o conhecimento faz sentido, permanece como um recurso à ser utilizado no decorrer da vida. Conclusão Diante dos dados abordados é possível observar que devido a complexidade do ser humano, a compreensão da gravidez nos é ainda muito desconhecida. Pois, apesar de termos algum conhecimento sobre essa vivência, ela será sempre vivida de uma maneira particular, individual não nos possibilitando o acesso ao significado dado por cada um. No entanto, através do que já nos é conhecido verificamos que o seu caráter de transição, a constitui como uma das fases do desenvolvimento no ciclo vital da mulher. Dessa forma, apesar de a estrutura de personalidade ser a base para haver mudanças significativas, reorganizaçõoes e aprendizagem. A continência é de fundamental importância, para que neste momento em que se encontram regredidas possam reagir por se sentirem amparadas. É neste momento em que os profissionais da saúde e particularmente o psicólogo tem sua parcela de contribuição. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BADINTER, E Um amor conquistado: o mito do amor materno. Trad. Walternsir Dutra. 3. ed. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1985. 370p. GALLBACH, M.R. O arquétipo materno na gravidez: um estudo de temas oníricos na abordagem junguiana. São Paulo. 1990. 157p.
MALDONADO, M.T. Psicologia da gravidez. 14.ed. Rio de Janeiro, Saraiva, 1997. 229p. SOIFER, R. Psicologia da gravidez, parto e puerpério. 4.ed. Porto Alegre, Artes Médicas, 1980. 124p.
29.5-A IMPORTÂNCIA DO PAI NO DESENVOLVIMENTO DO INDIVÍDUO: ASPECTOS PSICOLÓGICOS. ROSA, A.G.S. O leitor terá oportunidade de refletir sobre o pai e a sua importância tanto física como psicológica na vida do filho. Primeiramente terá contato com o objetivo e a justificativa da escolha desse tema, como também o referencial teórico e a metodologia. Logo em seguida poderá conhecer um pouco do histórico da paternidade e ver como era o papel do pai desde o Império Romano até a Idade Moderna. Entenderá que o pai é importante desde a gravidez, servindo como apoio para a mulher e também para o filho, tanto na hora do parto como no pós-parto. Com a chegada do bebê que precisa de cuidados, verá que o pai beneficiará o filho e a si mesmo, cuidando da criança. E que a função de pai vai além de amparar materialmente, ele tem importância fundamental nas necessidades psicológicas, tanto que se o pai não for presente, a criança poderá ter dificuldades no desenvolvimento emocional, social, cognitivo e sexual. Isso será mostrado através de resultados de pesquisas realizadas por médicos e psicólogos nas décadas de 50, 60 e 70. Também verá resultados mais recentes que mostram a ausência paterna e como conseqüência a delinqüência dos jovens, tanto nos Estados Unidos da América como no Brasil. Comprovando assim que, pai é tão importante quanto a mãe para o desenvolvimento dos filhos. Objetivo: O objetivo desse trabalho é aumentar o conhecimento sobre esse assunto, tanto a nível pessoal como profissional, como também proporcionar ao pai conhecer a sua importância na vida do filho. Metodologia: Esse trabalho foi realizado através de pesquisa bibliográfica. Conclusão Ao concluir este trabalho posso dizer com certeza que alcancei a primeira parte do meu objetivo que era aumentar o conhecimento sobre esse assunto, tanto a nível pessoal como profissional. Minha consciência sobre a importância do pai na vida de uma pessoa aumentou depois que fiz este trabalho, pois pude constatar através do resultado das pesquisas realizadas, em várias décadas e por vários profissionais, que a presença do pai faz diferença. Números mostraram que crianças com pais ausentes tiveram dificuldades cognitivas, sexuais, emocionais e sociais maiores do que as que conviviam com seus progenitores. O atendimento na clínica também foi beneficiado pois, neste semestre atendi em Orientações de Pais, e muitas das pontuações que fiz foram com base no que li para este trabalho, principalmente quando expliquei ao pai que o importante não era a quantidade do tempo que ele passava com o seu filho, mas sim a qualidade. No caso em questão, o pai trabalhava quase 12 horas por dia e quando chegava em casa, muitas vezes cansado, não dava a atenção devida ao seu filho. Depois que se conscientizou da importância que tinha o seu papel na vida da criança, se propôs a ter outra postura, ou seja, ser mais participativo, carinhoso e atencioso. Isto foi possível constatar-se, visto que o pai declarou que estava se empenhando para melhorar como também a mãe testemunhou, e o filho relatou e expressou tal empenho através de seus desenhos.
Diante disso posso dizer que a segunda parte do objetivo, que era proporcionar ao pai conhecer a sua importância na vida do filho, também foi alcançada. Este trabalho foi muito importante porque a minha percepção da figura paterna foi melhorada e isso ao meu ver cooperará muito como futura psicoterapeuta. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BARBOSA, M.F.B. Tese: a paternidade na visão do homem moderno; um estudo multidisciplinar. Tese de mestrado. UnG, São Paulo, 1996. BERNARD, T. O pai: ato de nascimento. Trad. Mário Fleig e Luiz Carlos Petty. Porto Alegre, Artes Médicas, 1987. BETTELHEIN, B. Uma vida para seu filho: pais bons o bastante: ajude seu filho a ser a pessoa que ele deseja. Trad. Maura Sardinha e Maria Helena Geordane. Rio de Janeiro, Campus. CAMPOS, J.C. Tese: ausência paterna: correlatos cognitivos e de personalidades dos filhos na idade pré-escolar. Tese de doutoramento. USP,1979. CAMPOS, J.C. & CARVALHO, H.A.G. Psicologia do desenvolvimento: influência da Família. São Paulo, Edicom, 1981. CORNEAU, G. Pai ausente, filho carente: o que aconteceu com os homens? Trad. Lúcia Jahn. São Paulo, Brasiliense, 1989. CARTER, B. As mudanças no ciclo de vida familiar: uma estrutura, para a terapia familiar. Trad. Maria Adriana Veríssimo Veronese. Porto Alegre, Artes Médicas. DOR, J. O pai e sua função em psicanálise. Trad. Dulce Duque Estrada. Rio de Janeiro, Jorge Zahar. HANDKE, P. História de uma infância. Trad. Nicolino Senione Neto. São Paulo, Companhia de Letras. HERSEY, P. & Blanchard, K.H. Psicologia para vida familiar: uma abordagem situacional. Trad. Walter Françoso Domingues e Eduino A. Royer. São Paulo, EPU. LEVY, J. O despertar para o mundo: os três primeiros anos da vida. São Paulo, Martins Fontes. MALDONATO, M.T. Maternidade e paternidade. Rio de Janeiro, Vozes. v.2. RAPPAPORT, C.R. Pai e filho. A idade escolar e a adolescência. São Paulo, EPU. SILVA, A.S.B.P. Tese: papel da figura paterna na formação da personalidade; um estudo com adolescente toxicômanos. São Paulo, 1981. VELLOSO, B. & Crivellaro, D. et all. A paternidade em transe. Revista Época. ano I, n.12. 10/agosto/1998. Globo. WINNICOTT, D.W. Tudo começa em casa. Trad. Paulo Sandler. Martins Fontes, São Paulo, 1996.